UM DEUS OBSTINADO - Parte 2

UM DEUS OBSTINADO - parte 2 - Jo 6. 5 a 11.

Comentamos anteriormente que há muitos famintos a espera o pão; o pão da vida. E que em nossa realidade podemos dizer que uma parte da igreja está rica mas pobre da verdade; outra parte está forte na verdade mas fraca de ânimo. Uma talvez estejam lutando com poucos meios. Mas apesar de tudo Deus é Senhor e não depende da ação humana nem das notícias para derramar Sua graça. Embora queira nos usar se falharmos Deus não deixará de agir, pois DEUS É UM DEUS OBSTINADO, que não desiste de dar ao homem aquilo que ele mais precisa “o pão da vida”.
O texto de Jo 6. 5 a 11 nos dá bons ensinamentos sobre isso. Suas circunstâncias são muito atuais. Em seu contexto próximo vemos que há sinais e prodígios 6.2 ( A cura do filho do oficial do Rei Jo 4.46; a cura do paralítico do tanque de Betesda. 5. 1). A Igreja está em Missões e os Apóstolos são enviados e obtêm êxito(Mc 6.7 e 30). Mas também existe lutas; João Batista Morreu Mt 14.10 e Mc 6.14. Bem como há algumas coisas que o seguidores de Jesus não entendem - parábolas, que Jesus tem que explicar aos apóstolos - Mt 13.36.
Dentro desta realidade vemos que Cristo não abandona a multidão nem a Igreja, e deseja experimentá-la (V.6). Creio que o Senhor deseja ver a atitude, a intenção e a fé de seus discípulos para ensinar sobre seu poder e amor pelas pessoas.
E por quê? Porque Ele é UM DEUS DETERMINADO A AMAR. UM DEUS OBSTINADO que deseja sempre abençoar sua igreja e dar o pão da vida aos que o buscam. Por isso podemos dizer primeiramente que: Deus é OBSTINADO - Apesar dos calculistas
O Senhor Jesus começa esta história com uma pergunta a Filipe: onde compraremos pães para lhes dar de comer? De Felipe, um discípulo de Cristo esperaríamos uma profunda resposta de fé, pois estivera expulsando demônios e curando em Mc 6.13. Entretanto, o que temos é um administrador calculista, quiçá desinteressado com dificuldade do povo; ou talvez preocupado com o custo que teriam. Suas palavras são: - “Senhor seria necessário trabalhar um ano para comprar pão suficiente para este povo”( v.7) . Ele cita as estatísticas, mas não pensa numa saída. Ele calcula, 1 denário um dia de salário; 200 denários 200 dias de trabalho; 1 ano de esforço sem retorno para a igreja. Ele mexe com os números, entretanto, ou não alcança uma resposta, ou acha que o investimento não é possível ou não vale a pena. Não há lucro ou o custo é grande para o benefício que teriam.
Creio que responde assim porque não compreende, ainda, que a resposta esta diante dele; esperando apenas sua fé, não seus cálculos e sua habilidade administrativa ou seus interesse pelos valores e riquezas. Não era uma questão de custo-benefício, mas uma questão de graça e poder.
As vezes creio que agimos assim, como mercantilistas evangélicos. Calculamos tudo, mas não consideramos o valor das almas, não calculamos ou conhecemos a extensão do poder e do amor de Deus. E agindo dessa forma desejam os bônus mas sem os ônus.
Os calculistas estão com o mestre mas não aprendem. Estão com o Senhor mas não se submetem. Avaliam as coisas mas não valorizam as almas. Mas a grande bênção é que há um Deus obstinado apesar de nós, apesar dos mercantilistas - ou quem sabe pessimistas.
E a graça de Deus e sua preocupação conosco é tão grande que Deus nos ama a todos com nossas limitações e perspectivas simplesmente administrativas ou humanas. E deseja que sejamos determinados a abençoar como Ele, mesmo que não tenhamos recursos e que nossas estatísticas sejam desfavoráveis, pois Deus está acima de toda a capacidade humana. E portanto, creio que o Senhor quis em João 6 não só mostrar o amor e messianidade de Cristo mas também que ele pode agir além de nossas expectativas e projeções.
Ocorre que neste texto Jesus tem que lidar não só com os calculistas mas também com os negligentes, temerosos, ou, quem sabe, desanimados. É sobre estes que falaremos um pouco em nossa próxima abordagem. Mas por hora já temos muito que refletir sobre como temos respondido a Deus diante dos desafios. Temos ficado limitados em nossas projeções humanas? Temos respondido a Deus com nossas possibilidades administrativas? Ou temos olhado para o Senhor como um Deus que é determinado a cuidar de nós e usar de sua graça e poder para suprir nossa necessidades? Pense um pouco nisso. Minha palavra para você é: calcule os riscos, faça os planos, mas entregueseu caminho ao Senhor confie nele e o mais ele fará. Creia Deus é determinado em cuidar de você e abençoa-lo.