DE BABEL A PENTECOSTE - Parte 1

DE BABEL A PENTECOSTE
Parte I
Gn 11.1-9 e At 2.1-4

“Meu mundo caiu” diz a célebre frase do poeta, cantada por muitos. Talvez este tenha sido o sentimento dos americanos, e porque não do mundo, quando do fatídico atentado de 11 de Setembro. E com certeza este é o nosso sentimento quando algo que temos como certo, no qual confiamos que será alcançado ou mantido, não ocorre. É o que sentimos quando o inesperado da vida nos atinge e o chão abre aos nosso pés.
Com certeza é isto que ocorre quando nosso sentimento de auto-suficiência é abalado. Este é o lado negativo dos fatos.
Será contudo que fatos dessa natureza têm algo a nos ensinar ?
Creio que sim. Temos também um fator positivo a vislumbrar: Deus sempre cumprirá seus desígnios e que o melhor da vida está em depender de Deus e ser objeto de seu amor.
Isto que gostaria de demonstrar, ou melhor de levá-lo a ver na Bíblia. A refletirmos sobre a ação providencial e amorosa de Deus de Babel a Pentecoste.
A fim de conseguirmos enxergar que Deus pode permitir as dificuldades e nossas ações equivocas para que seus desígnios sejam efetivados e para que possamos ver a intensidade de seu amor. Isto, nos permite, ainda, ver que o homem é incapaz de alcançar a Deus e que o Senhor é misericordioso e amoroso suficiente para vir ao homem.
Isto foi o que aconteceu de BABEL A PENTECOSTES, foi um lapso da providência de Divina para o despejar de sua graça sobre nós.
Para entendimento de nossa proposta é necessário iniciarmos por alguns conceitos.
BABEL - Vem do hebraico “Babhel” – portão de Deus. Arqueologicamente não há confirmações sobre esta construção, na época designada em Gn 10. Não obstante existe uma construção, de 1800 a.C., na Babilônia, hoje Iraque, denominada Torre de Zigurate, a qual, através da tradição e escritos de Sharkalis, rei de Agade, em 2500 aC, que fala da restauração de uma torre na região do Eufrates.
Segundo a arqueologia a torre de Zigarote, era uma torre de cinco pavimentos (zigurates), com cerca de 90m de altura, com argila e betume, o que era um avanço fantástico para época. Esta torre tinha um santuário repleto de jardins, em seu último pavimento, talvez daí a idéia dos jardins suspensos da Babilônia. Interessante é que o edifício – templo era feito por uma lenda de que Deus descia ali para ter contato com os homens. Mas o homem mudou este panorama tentando ir a Deus, e alcançar os céus, ou seja, ser tão divino e poderoso como Deus.

PENTECOSTES - Festa instituída em Lv 23.15 e Dt 16.9, chamada Festa das Semanas ( 50d ou 7 Sem) até a Páscoa. Onde todos os homens judeus deviam ir diante de Deus para fazer oferta de sua colheita, junto com sua oferta animal para expiação dos pecados. Tinha como escopo trazer um lembrete do sustento e livramento de Deus. A propiciação pressupunha a remoção do pecado e a reconciliação com deus. Durante o período inter-testamentário foi também usada par comemorar a entrega da Lei no Sinai.
No NT passou a ser vista como símbolo de união e unção de Deus. Sinal do ES descendo sobre o homem, como selo da graça, pois demonstra Deus habitando em nosso coração, como diz Ef 1.23, como “penhor de nossa herança”, garantia de nossa salvação.
Nesse episodio o homem sendo servo e dependente de Deus passa a apresentar-se como uma figura totalmente distinta de Babel.
Por hora, louvemos a Deus por Sua providência graciosa em nossas vidas.
Até a próxima mensagem. Deus o abençoe.
Se quiser falar sobre este tema estou pronto a ouvi-lo no e-mail pr.alexcarneiro@gmail.com - Pr ALEX RIBEIRO CARNEIRO