PECADORES NA MÃO DE UM DEUS DE AMOR - PARTE IV.

PECADORES NA MÃO DE UM DEUS DE AMOR - PARTE IV.
“Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” Tiago 2.13. A partir estamos tratando sobre juízo e misericórdia – Deus aplicando a pena que merecemos e Deus dispensando ao pecador seu favor imerecido. Este tema visto pela Igreja Primitiva e na Igreja reformada do século XVIII, continuam atuais, afinal o misericórdia e o juízo de Deus, assim como o homem, continuam os mesmos. Afirmamos que estes conceitos são essenciais para teologia e para ética cristã. Pois as muitas vezes nos falta compreender o conteúdo e viver a profundidade da graça. Pois a justiça e pecado, misericórdia e santidade são a raiz e base de nossa vida cristã. Daí propormos uma breve reflexão sobre: Por que Deus julga? Por que Deus opera misericórdia? E para estas reflexões propormos as seguintes respostas – julga porque Deus é santo e justo. E opera misericórdia porque Deus é amor. Porque tem prazer em dispensar sua graça.
Não há como falarmos de um Deus santo e justo que não julgue o pecado. Visto que “não há um justo se quer, não quem busque a Deus” - Rm 3.10-12. Mas dissemos que há, também, uma grande benção neste juízo Deus derrama sua graça - Cl 2.13, 14. Logo o juízo não aponta só para justiça e santidade de Deus, mas também para seu amor e misericórdia. Ele podia exterminar tudo e criar de novo, entretanto, nos adotou como filhos, por isso João diz em sua carta: “vede que grande amor tem Deus para conosco, a ponto de nos tornar seus filhos” O próprio Jesus declara em Mt 20:28: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos”. Eis portanto a razão do juízo e misericórdia de Deus – seu amor por nós. Por isso precisamos ter consciência do porquê buscar a retidão ou santidade?
DEVO BUSCAR A JUSTIÇA E A MISERICÓRDIA POR QUE DEUS ME AMOU. É o mínimo que podemos fazer perto do grande amor de Deus. Como corresponder a tanto amor. Em Levíticos encontramos o Senhor expressando um decreto no qual estabelece que devemos ser santos por que Ele é Santo e nos escolheu para isto. Diante de tão grandes e imutáveis verdades devemos viver e entender que Cristo é excelso e glorioso em si mesmo, contudo muito mais devemos agirmos com santidade não só porque é um dever cristão, mas porque é resultado de nosso amor por Cristo. Ele abandonou tudo isto para pagar o preço de nossa dívida, de nosso pecado, e com isso nos dar a vida eterna. Por isso o evangelho declara que “Deus amou ao mundo de “TAL MANEIRA” que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo3.16). Não houve, e não há amor de tal forma. É algo que suplanta todas as coisas. E se não vivermos em santidade seremos incoerentes com nosso amor e nossa fé. Creio que o que Deus espera de nós com seu amor é que nos revistamos como eleitos de ternos afetos de misericórdia... de bondade... de santidade ( Cl 3. 1 a 21). O livro do profeta Zc 7.9 aponta Deus requerendo isto de nós. O verso 12 de Tg 2 nos conclama a isto. Nisto está os dois grandes mandamento “amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo”. Nisto a essência do propósito de nossa criação – ser a imagem e semelhança de Deus. De um Deus de santidade e amor. Diante de um juízo que resulta em misericórdia por que devemos ser santos? Justamente porque o juízo gerou misericórdia. Porque o juízo virou misericórdia para sermos santos, pois diz o Senhor Eu vos elegi para serdes santos como Eu sou santo.
Caríssimo, diante de tão grande e imutável verdade devemos viver e entender que Deus é excelso, justo e santo em si mesmo. Que Deus é o senhor do julgamento, o reto juiz, autor da lei. Ele penalizará a infração da lei, contudo isto se dará através da misericórdia e de sua graça soberana. Por isso “ Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna” (Jo3.16). E por isso nos salvou para que “se vivemos pelo Espírito, vivamos também no Espírito (Gl 5.25).

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Que nosso Deus de justiça e graça o abençoe profundamente.
Pr ALEX R. CARNEIRO