Vida Abundante - Parte 12

Parte 12 - Os Cinco “Vs” da Vida Pessoal e Familiar Abundante
- Vícios que Asfixiam a Alma (continuação)
MALDADE e MALEDICÊNCIA - definições
Há tanta confusão nesta área que algumas pessoas tem dificuldades para entender o que significa a maledicência, ou seja, algumas pessoas são tão maledicentes, e em algumas igrejas a maledicência é uma prática tão comum, que os crentes ficam com a mente cauterizada, insensíveis ao toque do Espírito Santo, que nem sequer se apercebem do mal que estão fazendo a si mesmas e também a seus irmãos. O vício da maledicência está aqui no texto de Colossenses ao lado da maldade, são duas faces da mesma moeda, quem é mal é maledicente e o maledicente é um especialista em praticar maldades através da palavra. Por isso a maledicência é um mal que nos vicia. É incrível como as pessoas gostam de novidades, de histórias picantes, de falar da vida dos outros, de passar, em primeira mão, a mais nova fofoca adiante, gostam de cuidar de problemas e assuntos que não lhes dizem respeito. O ser humano tem um prazer mórbido em ver a luz da estrela dos outro apagar, achando com isso que a sua brilhará mais... Mas, que é a maledicência? Maledicência é qualquer palavra pronunciada sem pensar, onde se procura enfatizar o lado negativo das coisas ou das pessoas, tendo como características principais a falta de misericórdia e o envolvimento com coisas que não são da minha conta (repetir). O pastor e escritor Lowell Bailey comenta assim esta questão: “Muitas vezes falamos sem pensar, não considerando o impacto negativo que essas palavras terão sobre a pessoa criticada quando chegarem aos seus ouvidos. Outras vezes menosprezamos ou ridicularizamos um irmão, com sarcasmo ou gozação pelo seus erros ou deficiências. [Maledicência] Pode ser também o passar adiante histórias que para nada servem, ou ainda o ódio que se disfarça no ataque sutil à reputação das pessoas”.
Irmãos, por favor, prestem atenção: maldade e maledicência são vícios, asfixiam a alma e impedem o cristão de viver a vida abundante, e tem se constituído na principal arma do inimigo para destruir as pessoas. É muito triste, mas eu já testemunhei a língua destruir igrejas, famílias, casamentos e amizades de longos anos, eu já vi palavras destruindo infâncias, sonhos e paixões.
Tudo isto acontece porque as pessoas não levam a Palavra de Deus a sério. Observe exortações de Deus acerca disto: “Alguém há cuja tagarelice é como pontas de espada, mas a língua dos sábios é medicina” (Pv. 12:18), os tagarelas, os que falam demais, ferem as pessoas como pontas de espada. Não se brinca com uma arma, a espada é uma arma, porque alguém pode sair machucado, mas há pessoas que brincam com a língua esquecendo o quanto as palavras são perigosas. “O que guarda a boca e a língua guarda sua alma das angústias” (Pv. 21;23), a língua é uma porta de entrada para as doenças da alma, todos aqueles que querem uma espiritualidade sadia, sem angustias e sem perturbações, devem primeiro aprender a guardar a língua; (Pausa-brincar) um pastor discutia com a esposa... O clima foi esquentando, e o tom de voz aumentando, até que a discussão virou briga, e ele disse à esposa “eu não sei como é que eu pude casar com uma mulher tão linda e tão estúpida como você”; a mulher, no mesmo tom, respondeu: “linda, para atrair otários que nem você, e estúpida para poder me casar com um otário pobre...”. Como é que diz o ditado popular? “Quem fala o que quer ouve o que não quer...”. “Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra seu irmão julga o seu irmão, fala contra a Lei...” (Tiago 4:11), o mandamento é claro: não falem mal, se você tiver algo de bom para falar de alguém, então fale, mas se você só tiver algo de mal para falar de uma pessoa, então não fale nada. Não pode passar despercebido por nós os argumentos de Tiago para nos exortar cuidado: primeiro, quem fala mal do irmão se faz juiz do irmão, e tudo o que uma pessoa fraca, que está em dificuldades precisa é de um irmão, e não de um juiz. Aquele que quiser uma vida abundante e quiser vencer o mal uso da língua deve dizer em todas as conversações que participa “eu não quero ser juiz de ninguém”. Segundo, quem fala o mal de seu irmão “fala contra a Lei”. Ninguém aqui teria a ousadia de dizer que o mandamento da Lei não adulterarás não vale mais; ninguém, em são juízo, cometeria a insensatez de afirmar que o mandamento da Lei não roubarás não vale mais, isto seria “falar contra a Lei”. Mas esquecemos que usar a língua para enfatizar coisas negativas, não nos damos conta de que passar para frente coisas que não edificam, e não consideramos que falar qualquer coisa de um irmão sem antes pensar muito bem no que vamos falar também é “falar contra a Lei”.