ALEGRIA E MOTIVAÇÃO EM FILIPENSES - Parte 11

VIDA CRISTÃ: UM MINISTÉRIO DE COOPERAÇÃO
Alex Ribeiro Carneiro Texto: Filipenses 2.19 a 2.30 IP Pinda /Ago 2011

Ninguém é uma ilha, declarou Edgar Alan Poe em uma de suas poesias. Essa frase emblemática ressoa as própria Palavra de Deus ao dizer “não é bom que o homem esteja sós da Bíblia, dar-lhe-ei uma auxiliadora idônea – isto é, alguém apta e capaz a cooperar.
Esses versos nos permitem dizer que A VIDA CRISTÃ É UM MINISTERIO DE COOPERAÇÃO. Sem Deus e sem as pessoas não fazemos ou construímos nada.
Acredito nisso porque tanto no texto lido como na história da Igreja vemos alguns aspectos que deixam claro que a vida cristã e a obra de Deus são ministérios de cooperação - de operar junto, isto é, de ações em conjunto.
Se assim não fosse porque Jesus teria escolhido apóstolos e discípulos para seu ministério na terra e para dar continuidade à igreja. A própria igreja denominada de corpo traz a idéia de membros que funcionam como um conjunto harmônico.
Na história da Igreja Primitiva, em particular em Atos 11 quando o evangelho começou a ser divulgado aos gregos e gentios os Apóstolos enviaram Barnabé para dar andamento e supervisionar o desenvolvimento do evangelho na Macedônia e Paulo provou de espírito de cooperação.
Uma vez que para essa missão na Macedônia Barnabé levou Paulo - o judeu fariseu recém convertido.
Creio que Barnabé tinha em mente apoiar a obra em Antioquia, fortalecer a confiança da Igreja em Paulo e incentivar e treinar o apóstolo para seu ministério com os gentios. Barnabé era um cooperador dos apóstolos e queria desenvolver essa visão em Paulo.
A lição calou fundo no apóstolo. Paulo abre este capitulo falando de unidade, nada mais adequado do que encerrar apresentando homens que unidos a Ele servem a Deus e seriam enviados para servir a igreja.
Assim ele nos mostra que a unidade também se expressa pela cooperação.
Obviamente que a cooperação como qualidade da vida cristã não é uma novidade para nós. A Carta aos Filipenses ´´e marcado por essa atitude já em sua abertura.
A cooperação é um instrumento de fortalecimento da Igreja, ao refletirmos sobre essa FORÇA DA COOPERAÇÃO vimos que:
A vida cristã e da igreja cristã devem ser marcados pela cooperação como reflexo da trindade, pelo modelo de Cristo e pelo retrato da história de Igreja. Por isso afirmamos que
- A cooperação trás alegria e gratidão, bem como fortalece relacionamentos (Fp 1.4 a.7) e ajuda a vencer as dificuldades ( 1.7 e 4. 10 a 15)
. Por isso Paulo declara:
3 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
4 fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria
5 pela vossa cooperação a favor do evangelho desde o primeiro dia até agora;...
7 como tenho por justo sentir isto a respeito de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós sois participantes comigo da graça, tanto nas minhas prisões como na defesa e confirmação do evangelho.
8 Pois Deus me é testemunha de que tenho saudades de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus.
9 E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento.
Esses resultados surgem porque cooperar é operar junto. Significa trabalhar junto. É colaborar num mesmo sentido. E esse é elemento tão importante que Paulo faz referência a ele mais uma vez ao falar de Timóteo e
Epafrodito.
Nesse trecho não são os efeitos da cooperação que nos fortalece como cristão e igreja que são ressaltados, mas as atitudes que expressam um espírito cooperador. Primeiro com relação ao próprio apóstolo, depois com relação a Timóteo e Epafrodito.
Atitudes que são também necessárias para que se possa fazer missões, uma vez que a obra missionária é eminentemente cooperadora. Tanto por arte dos que enviam e colaboraram com o trabalho missionário, como do próprio missionário que cooperar para que a igreja pregue o evangelho onde não pode ir.
Vejamos as ATITUDES de uma ESPÍRITO COOPERADOR

1) Quanto a Paulo vemos um ESPÍRITO COOPERADOR pelo RECONHECIMENTO do valor pessoal e a vontade de TRABALHAR.
Paulo tinha provado do reconhecimento de suas qualidades e potencial quando foi escolhido e conduzido por Barnabé para o ministério aos gentios em Antioquia. A igreja tinha designado Barnabé para o trabalho e este reconhece o valor de Paulo não só o leva para a missão aos gentios como e o principal pregador.
A Bíblia nos respeitar e honrar as QUALIDADES DE UMA PESSOA. Em Filipenses Paulo faz isso não só com Timóteo e Epafrodito, mas como vimos pelo sentimento de gratidão da carta, os próprios irmãos de Filipo.
O reconhecimento honra. Incentiva. Valoriza. E permite que vejamos o quanto precisamos uns dos outros.
Por isso o apóstolo quando fala de Timoteo e Epafrodito diz:
21 Pois todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus.
22 Mas sabeis que provas deu ele(TIMOTEO) de si; que, como filho ao pai, serviu comigo a favor do evangelho.
29 Recebe, pois, EPAFRODITO no Senhor com todo o gozo, e tende em honra a homens tais como ele; 30 porque pela obra de Cristo chegou até as portas da morte, arriscando a sua vida para suprir-me o que faltava do vosso serviço.
Juntamente com esse sentimento vemos a VONTADE DE TRABALHAR.
23 A este (Timóteo), pois, espero enviar logo que eu tenha visto como há de ser o meu caso; 24 confio, porém, no Senhor, que também eu mesmo em breve irei.

2) Quanto a Timóteo, vemos um ESPÍRITO COOPERADOR pela LEALDADE, CUIDADO e VISÃO DE CORPO
19 Ora, espero no Senhor Jesus enviar-vos em breve Timóteo, para que também eu esteja de bom ânimo, sabendo as vossas notícias.
20 Porque nenhum outro tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide do vosso bem-estar (LEALDADE e CUIDADO).
Timóteo podia ser enviado com segurança, pois sua sinceridade era fator de lealdade para Paulo e era necessária para difícil obra de cuidar dos problemas de unidade que havia entre os Filipenses.
Lealdade que podia ser vista em Timóteo por seu histórico cuidado com a obra do Senhor e seu trabalho em prol do corpo de Cristo. Ele estava sendo enviado porque tinha em seu currículo perfil de trabalhar para a coletividade.
21 Pois todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus.
22 Mas sabeis que provas deu ele de si; que, como filho ao pai, serviu comigo a favor do evangelho.

3) Quanto a Epafrodito vemos um ESPÍRITO COOPERADOR pelo seu DESPREENDIMENTO e DEDICAÇÃO.
25 Julguei, contudo, necessário enviar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nas lutas, e vosso enviado para me socorrer nas minhas necessidades;
26 porquanto ele tinha saudades de vós todos, e estava angustiado por terdes ouvido que estivera doente.
27 Pois de fato esteve doente e quase à morte; mas Deus se compadeceu dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
28 Por isso vo-lo envio com mais urgência, para que, vendo-o outra vez, vos regozijeis, e eu tenha menos tristeza.

CONCLUSÃO

Irmãos, talvez estejamos longe de ser cristãos como Paulo, Timóteo e Epafrodito. Mas uma vez tendo nos debruçado sobre a força da cooperação e agora passado os olhas pelas atitudes que expressão um espírito cooperador a pergunta que precisamos fazer é:
- Nosso convívio tem produzido alegria e gratidão, bem como tem fortalecido nossos relacionamentos?
- Nosso convívio e serviço têm ajudado a vencer as dificuldades?
- Temo cuidado para honrar e respeitar uns aos outros reconhecendo os valores e a necessidade que temos uns dos outros?
- Temos expressado nossa unidade cristã por meio da lealdade, cuidado e interesse coletivo?
- Temos nos esforçado para servir de modo dedicado a Deus e uns aos outros?
Se nossas respostas forem positivas, ´louvado seja Deus. E continuemos nossa caminhada pois o Senhor vai operar em nossas vidas.
Se há respostada negativas em alguns desses pontos, peçamos misericórdia ao Senhor e lutemos para termos atitudes que expressem nossa identidade com Jesus a cooperação pelo amor uns aos outros.

Que Deus nos abençoe e ajude!