ALEGRIA E MOTIVAÇÃO EM FILIPENSES - Parte 14

ESFORÇOS DA VIDA CRISTÃ
Alex Ribeiro Carneiro Texto: Filipenses 2.19 a 2.30 IP Pinda / 28 Ago 2011

INTRODUÇÃO
Fp 3. 3 a 8
Os esforços de nossa vida cristã devem ser uma resposta as atitudes e perigos que rondam nossa vida e a igreja. Devem ser uteis para nos aproximar de Cristo.
Por isso após nos exortar sobres os perigos do legalismo religioso, da falta de diligência e das pessoas que podem nos usar ou consumir, o apóstolo aponta posturas que nos protegem desses perigos.
Sua primeira proposta está ligada ao nosso

SERVIÇO A DEUS NO ESPÍRITO v.3
De focarmos nossas vidas em nos colocar a disposição de Deus e das pessoas.
Da atitude de se preocupar com as pessoas e ajudá-lo, para fazer coisas que o auxiliam.
E não de qualquer forma, mas no Espírito, conduzidos e capacitados pelo Espírito.
Esse é um bom antídoto contra os perigos e tentações de nossa carne, pois é uma forte expressão de discipulado cristão e de humildade.
Essa conduta é um dos maiores exemplos de nosso Senhor. Serviço que nos levará a outro resultado que nos colocará mais perto ainda da submissão a vontade de Deus – o amor ao próximo. Por isso o mais clássico texto do serviço do Senhor Jesus está dentro do contexto de humildade de Cristo e de sua recomendação ao amor para nós (Jo 13. 12 a 17; 31 a 35).

Como ESSE SERVIR pode se desenvolver de modo efetivo e agradável a Deus? Paulo também nos responde isso nos versos 3 a 8.

Precisamos ressalvar que o modo de ver e atitudes que veremos têm seu valor, porém não podemos por nossa confiança e força nelas. Por isso tratamos dos esforços de nossa vida cristã no sentido de:

1) NÃO DEVEMOS CONFIAR APENAS EM NOSSAS CAPACIDADES
Devemos entender que tudo em nossa vida deve ser uma forma de agradecermos e glorificarmos a Deus. V.3
Usamos a expressão “não... apenas”, porque nossa capacidade tem valor, mas não podem suplantar a ação graciosa do Espírito e devem ser direcionadas para se colocarem a disposição de Deus e como meio de sua glória.
Por isso como diz a Palavra, todo dom e dádiva vem dos céus.
Deus é um deus tão bondoso que nos faz e nos salva para louvor da sua glória, mas não afasta de nós capacidades, pelo contrário, nos concede competências e habilidades para que sejamos uma ferramenta (meio de servir) para que Ele seja exaltado.
Isso requer um esforço de nós porque nossa carne tende a nos valorizar de tal forma que as vezes esquecemos da dádiva recebida e caímos em nossas vaidades e orgulhos.
Precisamos a todo tempo nos lembrar que toda nossa vida é sustentada pela provisão graciosa de Deus.

2) NÃO CONFIAR APENAS EM NOSSO HISTÓRICO V.5 e 6

Se não devemos nos pautar apenas em nossas capacidades, obviamente que não podemos nos firmar simplesmente em nosso histórico. Nasci em berço..., sou filho de crentes fieis..., estamos na igreja desde ....
Tudo isso é louvável e abençoador, mas precisamos voltar ao “não apenas” - porque nosso histórico e tradição têm valor, mas não podem ser o que sustenta nosso relacionamento com Deus e nosso convívio na igreja.
Ou até mesmo que isso seja uma forma de nos acomodar ou envaidecer. Ou até mesmo termos a falsa sensação de que por nosso histórico há suficiente trabalho ou louvável a tal ponto que esquecemos de confiar e submeter nossa vida ao Senhor.
A benção do Senhor é para nós e para nossos filhos. Mas o senhor que dirige e cuida de nossa historia. Somos o que somos. Fizemos o que fizemos porque o Senhor é nosso Deus.
Esse sentimento com certeza não só agrada e glorifica a Deus mas nos encoraja servir mais e mais, pois nos conduz a uma historia final como a de Paulo que “combateu o bom combate completou a carreira, sabia da coroa de justiça que o Senhor nos destina, no entanto, sempre escreveu doxologias – versos de exaltação ao Senhor, como
Ef 1:
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; 4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;5 e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado;7 em quem temos a redenção pelo seu sangue, a redenção dos nossos delitos, segundo as riquezas da sua graça, 8 que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência,
9 fazendo-nos conhecer o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que nele propôs 10 para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra,
11 nele, digo, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade,12 com o fim de sermos para o louvor da sua glória..

3) NÃO DEVEMOS CONFIAR APENAS EM NOSSA CONDIÇÃO DE VIDA V.7 e 8
“Não apenas” - porque assim como nosso histórico, nossa condição de vida é fruto da providência de Deus, portanto não pode ser à base de nossas forças e confiança.
É interessante que para tratar disso Paulo fala da postura de desprendimento e dedicação que precisamos ter para que o que é visto como “lucro” no mundo ou em nosso passado seja abandonado e seja substituído por nosso esforço para sermos agradáveis a Deus.

CONCLUSÃO

Essas SÃO ATITUDES IMPORTANTES, pois além de nos afastarem e protegerem dos perigos da religiosidade excessiva, da falta de disciplina e da tentação de se aproveitar das pessoas e situações no aproximam de uma vida de esforço ao discipulado cristão.
Contudo o mais importante é que essas posturas nos permitem ter resultados abençoadores em nossa vida cristã.
Resultados que trataremos em nosso próximo encontro.

Tudo o que temos e somos vem de nosso Deus.
Será que essa é mesmo nossa visão?
Estamos aptos a servir ao Senhor em Espírito, usando nossas capacidades, ensinados por nosso históricos e conscientes das bênçãos de nossas vidas, mas com gratidão em nosso coração, buscando a glória de Deus.