PALAVRAS FINAIS Alex R. Carneiro Texto: Filipenses 4. 10...
INTRODUÇÃO
Cap 4 – RESULTADOS DA COOPERAÇÃO
Iniciamos nossas reflexões no final de maio deste ano apresentando a Carta aos Filipenses como um texto marcado pela gratidão e incentivo.
Por isso afirmamos naquela ocasião que a carta apresenta pelo menos 16 momentos onde podemos perceber o sentido de gratidão e incentivo desde do capítulo 1 até o 4:
- Cap 1 V.3 (2), V.7 (1), V.12 (1), V.26 (1);
- Cap 2 V.14 (1), V.18 (1);
- Cap 3 v.1, V.14 (1);
- Cap 4 v.1(1), V.4 (1), V.6 (1), V.7 (1), V.10.. (1).
Ao longo de uma conversa que fala de unidade, cuidado com oposições, exortação as virtudes da fé podemos sempre ver o cuidado com o incentivo e o reconhecimento da bondade recebida.
Atos de agradecimento e impulso motivador onde podemos reconhecer bênçãos recebidas.
E agora chegando as palavras finais da carta não seria diferente. O Apóstolo Paulo manifesta sua gratidão e seu reconhecimento por benefícios ou ajuda recebida.
E isso é extremamente importante pois deve nos levar a pensar em nossos relacionamentos. Naquilo que temos recebido de outros e produzido na vida deles.
. E no caso de Filipenses a principal ação graciosa executada pelos filipenses e incentivada por Paulo é a cooperação.
Este foi o primeiro aspecto forte desse sentimento expressado pelo Apóstolo. Leiamos o Capitulo 1 os versos 3 e 7. O verso 3 é explicito quanto a cooperação e o v.7 ratifica essa idéia. Que é tão forte para a identidade cristã e comunhão da igreja que é retomada no final da carta de modo enfático.
É bem verdade que já nos debruçamos sobre a FORÇA DA COOPERAÇÃO. Sobre a ação de operar junto, de trabalhar em equipe, de colaborar num mesmo sentido.
Apesar de já termos tratado desse tema, queremos voltar a refletir sobre isso, não só porque está na ordem da carta que estamos seguindo, mas porque entendemos que algo tão rico e intenso precisa ter seu conteúdo explorado o máximo possível e deve ser sempre lembrado para que cresçamos e nos fortaleçamos como corpo, pois o serviço cooperativo é o centro da igreja.
Naquela ocasião vimos que a cooperação faz parte de nossa identidade cristã, pois a trindade é eminentemente cooperativa e:
1) A cooperação fortalece relacionamentos (1.7)
2) A cooperação ajuda a vencer as dificuldades ( 1.7 e 4. 10 a 15)
Agora a partir do verso 10 do capitulo 4 queremos olhar para os resultados da cooperação em outros aspectos.
1 - A COOPERAÇÃO GERA UM FORTE SENTIMENTO GRATIDÃO
“10. Alegrei-me sobremaneira, no Senhor, porque agora, uma vez mais, renovaste a meu favor o vosso cuidado para comigo; o qual na verdade já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.
1.1 Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre.
12. Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade.
A gratidão que surge não se dá por causa de benefícios materiais simplesmente, mas principalmente pelo modo de cooperar - pela preocupação e cuidado dispensados.
O apóstolo fala dessa forte intenção quando ressalva a renovação do cuidado, que na verdade já tinham, mas faltava oportunidade para demonstrar.
E esse é um fator importante, pois não tem haver com valores, mas com atitude. É a atitude que irá marcar e ficar como ponto de referência do amor cooperativo.
Não é o quanto se faz que conta, mas o como e porque se faz. É o desejo de abençoar que vale. Por isso a alegria de Paulo é “sobremaneira”, isto é uma alegria excessiva, além do normal, extraordinária.
É importante pensarmos nisso, pois são essas coisas que fortalecessem nossos relacionamentos e exprimem nosso espírito cristão de servir.
Essa gratidão existe porque resulta de um sentimento voltado a abençoar a contribuir com as dificuldades, que vai além do aparente ou superficial, por isso dizemos que não tem seu foco simplesmente no material, mas sim em nosso disposição de servir a Deus e a abençoar as pessoas.
Na verdade podemos dizer que a gratidão mais do que resultado cooperação e fruto do caráter cristão dos cooperadores, pois muitas pessoas cooperam mas não produzem esse sentimento em outros porque o a base ou conteúdo de sua cooperação não esta no servir, mas no se sentir bem ou tranqüilo porque está fazendo alguma coisa, ou até mesmo para criar uma boa imagem. Seu foco e a si mesmo, e portanto tem caráter meramente humanístico ou religiosos e não cristão.
A cooperação do filipenses trouxe uma extraordinária alegria porque não se baseava em mera religiosidade, ética social ou formação de uma boa reputação, mas no sentimento de cristão que desejam dividir as cargas, colaborar com as dificuldades e vencer juntos os obstáculos.
Como diz a poesia, a verdadeira cooperação que produz gratidão é fruto de “lábios que confessam o seu nome”. Por isso dizemos em nossa primeira reflexão que a cooperação é parte de nossa identidade cristã.
CONTINUAREMOS NA PRÓXIMA SEMANA A TRATAR SOBRE OS RESULTADOS DA COOPERAÇÃO.
