Vida Frutífera - Parte 8

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: 1 Jo 4. 8 a 10.

Lição 8 Amor e temor
Temos insistido na proposta de que nossa vida frutífera se apresenta por meio de nosso serviço a Deus. Servir que só pode ser classificado como cristão quando está dentro da exata visão do Senhor. De sua glória e graça. E portanto só ocorre quando para glória de Deus somos transformados por meio de sua graça, que nos faz servos e seus filhos, pela mudança de nossa condição espiritual e de nosso coração.
Assim a vida que produz furto para gloria de Deus (Jo 15.8) surge dessa consciência e do cultivo em nossas vidas de elementos fortalecedores de nossa vida espiritual, os quais temos chamado de “adubos espirituais”, pois são os nutridores essências de nossa capacidade de produzir frutos saudáveis (isto é, dentro de um perfil cristão). Sem devoção, dependência, responsabilidade, crescimento e a piedade não podemos gerar frutos agradáveis a Deus e abençoadores para as pessoas.
Destes, temos dispensado uma atenção especial para a piedade pois ela é essencial para minha busca da exata visão de Deus, uma vez que por ela passamos a servir dentro de um temor-grato - expressão de meu temor pela excelência de Deus e de minha gratidão pela graça de Deus.
Assim, a piedade é composta por três elementos: o temor, o amor e o desejo de conhecer e servir a Deus. Uma vez que na busca de uma vida pia, isto é, de ações agradáveis a Deus, o temor e o amor sustentam e impulsionam minha motivação para servir a Deus.

AMOR REVERENTE
Já trabalhamos vários aspectos do temor – da reverência a majestade e santidade de Deus. Gostaria, agora de convidá-los a refletir sobre o amor. Primeiro na sua relação com o temor a Deus e depois em sua relação com a graça, pois já expressamos nossa visão a partir de certo autor que diz:“O cristão reverente e piedoso contempla a Deus primeiro na glória transcendente, majestade e santidade, antes de vê-lo em seu amor, misericórdia e graça.”
Desta forma não podemos falar de serviço de amor sem entender a soberana condição de quem devemos dedicar nosso amor. “Somente o cristão reverente pode apreciar verdadeiramente o amor de Deus” (Bridges p.31).
O TERMO NOS DÁ A CLARA VISÃO DO ABISMO QUE NOS SEPARA DE DEUS, e o entendimento que o amor expressado na morte e ressurreição de Cristo é a ponte que afasta este abismo.
O Apostolo João nos ajuda nesse entendimento quando escreve: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”. (1 Jo 4.8 a 10).
Não há como dissociar da visão do amor de Deus o cumprimento de sua justiça por meio de Cristo, uma vez que para amar era preciso justificar a pena do pecado cometido contra a santidade do Senhor.
Não podemos falar servir sem compreender o custo de nossa admissão para prestação desse serviço. O modo porque fomos adotados como filhos é resultado do amor e da justiça de Deus. Amor dispensado a nós e justiça lançada sobre o Deus Filho, Cristo.
Precisamos servir a Deus em amor, mas isso só acontecerá quando entendermos como esse amor foi originado em nós e a que custo. E que isso foi resultado de um Deus excelso e justo que resolveu nos amar primeiro. Nas sociedades monárquicas os servos devem ser devotos de seu soberano e dispensar-lhe benesses sem receber nada em troca. No reino de Deus os servos só podem dispensar serviço porque o soberano Deus os libertou e dispensou graça primeiro, mesmo sendo soberano.
É minha visão da excelência de Deus que pode permitir meu correto servir por meio de meu amor por ele. Mas não um amor simplesmente sentimental e apaixonado, mas um amor reverente que reconhece a excelência de Deus e a excelência de sua obra em nossas vidas.

CONLUSÃO
Não podemos esquecer que é quando passamos a ver a Deus em sua excelência é que passamos a reconhecer a profundidade de seu amor e misericórdia. É dessa forma que reconhecemos a excelência de seu amor. Pois como um Deus tão grandioso pôde amar tão grande pecador? Por isso o temor é o elemento da piedade que nos conduz ao amor. E o amor é o elemento da piedade que deve se expressar pela reverência a Deus e seus atos de justiça e amor.
Por ora devemos pensar:
- Tenho entendido o meu pecado e a excelência da justificação – isto é, da morte do Deus filho por meu pecado?

- Temos expressado nosso amor a Deus reverenciando sua palavra que nos diz: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.Ninguém jamais viu a Deus; e nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado”.