Vida Frutífera - Parte 9

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: 1 Jo 4. 8 a 10.
Lição 9
AMOR RETRIBUITIVO (de gratidão) –
A vida cristã deve ser uma vida produtiva. Serviço é o centro do discipulado de Jesus. Fomos criados para ser fecundos e para gerir o que Deus nos deu. Daí o apóstolo Paulo falar em bom despenseiro.
O ministério de Jesus e a salvação são elementos claros da obra de Deus em nós. Lembrando que a salvação não é pelas obras (Ef 2.8), mas somos salvos “para as boas obras que de antemão Deus preparou para que andássemos nelas”.
Desta forma, precisamos entender que fomos atingidos pela graça por meio da produtividade de Cristo e somos conduzidos graciosamente pela obra do Espírito. Recebemos a salvação e vivemos pela graça por meio do amor gratuito de Deus. Não é sem razão que a Palavra nos diz:
“Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação (entrega sacrificial) pelos nossos pecados”.
Por tudo isso o amor de Deus deve receber uma contrapartida de nós. Pois o que dizer de alguém que tendo sido salvo da morte não tenha consideração ou vire as costas para seu salvador. O que dizer de alguém que não se sente agradecido pelo bombeiro que o salvou do incêndio.
Creio que é a reflexão que a Palavra nos leva a ter diante da seguinte verdade: “Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; e nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado”.1 Jo 4.13
Assim podemos dizer que o amor tem alguns elementos que o expressam de modo pleno. E um desses elementos é o reconhecimento de quem é Deus sua excelência e glória para que este amor seja desenvolvido na dimensão correta, como a reverência devida a condição de quem me salvou. Daí termos falado em amor reverente em nossa última reflexão. Mas este amor não pode se desenvolver apenas como respeito ao perdão dispensado por nosso Senhor e Rei, ele deve ser resultado também de nossa gratidão por tão grande amor imerecido. Por isso outro elemento desse amor é a gratidão. O sentimento de retribuição por tudo que o amor gracioso de Deus nos concede. Por isso o apostolo João em continuidade ao texto acima declara:
“Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados – e completa: Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.Ninguém jamais viu a Deus; e nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado”.
Retribuição que se expressa em nosso aperfeiçoamento, em nossa postura adequada diante da benção recebida, a saber: pelo amor ao próximo. Desta forma a suma de nossa retribuição está em produzir frutos de amor em nossos relacionamentos, por isso Jesus declara em João 15. 8 a 12:
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”.
Assim a vida que produz furto para gloria de Deus (Jo 15.8) surge da consciência de quem é Deus e do cultivo em nossas vidas de elementos fortalecedores de nossa vida espiritual, os quais temos chamado de “adubos espirituais”, pois são os nutridores essências de nossa capacidade de produzir frutos saudáveis. Sem devoção, dependência, responsabilidade e a piedade não podemos gerar frutos agradáveis a Deus. Frutos agradáveis que se refletem em nosso modo de ver e viver a vida. De ver a vida com a alegria e esperança e de viver nossos relacionamentos de modo abençoador.

CONCLUSÃO
Não podemos esquecer que é quando passamos a ver a Deus em sua excelência é que passamos a reconhecer a profundidade de seu amor e misericórdia. É dessa forma que reconhecemos a excelência de seu amor. Pois como um Deus tão grandioso pôde amar tão grande pecador. A essa postura devemos adicionar nossa vida piedosa por meio da reverência e amor retributivo a Deus. Pois se vivemos pela graça é porque Deus salvou nossa vida, nós dando a alegria e esperança de viver.

- Como temos retribuído a graça recebida. Em nosso relacionamento temos dispensado a mesma graça recebida? Lc 7.36 a 50