Vida Frutífera - Parte 17

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Lc 18. 9-14 e Tg 4. 6-8

Lição 17 – Quebrantamento: um caminho para humildade.

A vida cristã deve ser uma vida produtiva tanto como meio de glorificar a Deus como de nos aproximar de Jesus. Por isso Cristo nos disse que um modo de glorificarmos ao nosso Pai e sermos seus discípulos (Jo 15.8) dando muito fruto... Fruto do Espírito que se expressa em nossos relacionamentos por meio da humildade.
“O fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei”, estes qualificativos surgem quando andamos no Espírito, isto é, nos submetendo a ação do Espírito.
Dada a essencialidade da humildade para vida cristã, podemos começar a pensar em como desenvolver a humildade.
A primeira forma já tratamos ao dizermos que a vida cristã de amor a Deus e ao próximo, são expressos em servir, o que só ocorre por nossa submissão a Deus e a sua Palavra.
A segunda forma de caminharmos na direção da humildade em nossas vidas é o quebrantamento pessoal. Não é sem motivo que o Senhor Jesus nos diz: “Todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” (Lc 18.14).
Sobre essa atitude também é ressaltada pelo apóstolo Tiago ao dizer: “Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós” (Tg 4. 6 a 8). Deixando para nós ainda a dica de que nossa submissão e busca de Deus nos aproxima Dele.
Assim, a humildade é não só um requisito para que o Espírito possa operar em nossas vidas, mas também uma benção para nos aproximar da vontade de Deus e de gozar de suas benções. Contudo precisamos lembrar que essa proximidade requer quebrantamento.
O significado da palavra quebrantamento pode nos ajudar entender melhor porque essa atitude é um caminho para humildade.
O Aurélio conceitua quebrantar como – mortificar, quebrar, abatimento, fraqueza.
Esses conceitos são muito interessantes porque nos permitem pensar que precisamos mortificar nossa natureza adâmica – a carne, para que andemos no Espírito. Precisamos quebrar nossa vaidade e orgulho para que a vontade de Deus prevaleça. Devemos reconhecer nossa fraqueza para abater nossa auto-suficiência e vermos a graça Deus em nossas vidas.
O apóstolo Paulo é usado por Deus em 2 Co 4. 1 a 7 para nos mostrar algo interessante sobre quebrantamento. Diz o texto:
“Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos;pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de Deus.Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.
Pois não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor; e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus.
Porque Deus, que disse: Das trevas brilhará a luz, é quem brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte.”
O evangelho que nos anunciou a graça é anunciado tendo Jesus como Senhor e nos como servos (humildes) e isso é colocado em vasos de barro para que a glória seja de Deus.
O vaso na antiguidade era um instrumento muito interessante porque bem vedado podia conservar documento e alguns objetos, como aconteceu com os rolos do evangelho encontrados em vãos nas cavernas do deserto de Qunrã no Mar Morto. Bem como é algo sem beleza e frágil.
Assim a figura do vaso aqui vai ao encontro do quebrantamento pois alem de sua função de conservação da palavra ele precisa ser quebrado para que essa palavra seja revelada.
Assim, como humildes vaso podemos ser instrumento de conservação da Palavra de Deus, mas só pelo quebrantamento ela será revelada para salvação e glória de Deus.
CONCLUSÃO
Num mundo onde se prega a auto-suficiência a Bíblia nos mostra que o caminho para nos aproximarmos de Deus e glorificá-lo é nos apresentarmos como humildes vasos que precisam ser quebrados para gloria de Deus.
A grande benção de Deus é que Ele nos incentiva a humildade dizendo: humilhai-vos perante a poderosa mão de Deus, e em momento oportuno Ele vos exaltará. Mesmo requerendo humildade de nós, Deus por seu amor nos honra.
Assim, nos quebrantemos para gloria de Deus, para revelação do evangelho. E se alegre com isso pois o Senhor nos honrará.