Vida Frutífera - Parte 18

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Gl 5.13 a 23

Lição 18 – Vida Frutífera se desenvolve nos relacionamentos,

Na Bíblia a expressão fruto tem dois usos, o literal, falando dos frutos que são produzidos pelas árvores, e metafórico, representando a idéia de produtividade.
A forma mais conhecida de uso representativo de fruto é o texto de Gl 5.22 que faz referência ao fruto do Espírito, isto é, a tudo que o Espírito pode produzir de positivo em nós.
Daí precisarmos entender que a lista das qualidades produzidas pelo Espírito é representativa, pois o que vemos na Bíblia que aponta para a ação restauradora de Deus em nós por meios de boas obras vem da obra do Espírito em nós.
Por isso alguma confusão quanto a usar a expressão no singular e plural. O mais correto é o singular por tratar da ação produtiva do Espírito, mas não há erro e falar de frutos porque várias são as boas obras que o Espírito pode operar em nós, tais como os nove que encontramos em Gálatas:
amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Essa condição existe porque, como já afirmamos, a vida cristã deve ser uma vida produtiva tanto como meio de glorificar a Deus como de nos aproximar de Jesus (Jo 15.8).
Precisamos ter consciência que essa produtividade se expressa em nossos relacionamentos, pois a produtividade de nosso discipulado está em cumprir o mandamento de amor, serviço, respeito, entre outros aspectos, isso só ocorre quando nos relacionamos.
Por isso nossa afirmativa de que a vida frutífera se desenvolve nos relacionamentos. Mas como fazê-la frutífera segundo os padrões de nosso Senhor? Pelo que temos visto, com base no texto de gálatas isso ocorrerá pela nossa aproximação no Espírito e nossa firme atenção com a carne. Essa é a melhor forma de interpretação de Gl 5. 13 a 18.
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne, antes pelo amor servi-vos uns aos outros. Pois toda a lei se cumpre numa só palavra, a saber: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros.
Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”.
Os versos 13 a 15 mostram que nossa libertação nos dirige ao uma vida abençoadora no relacionamento com nosso próximo. E logo depois nos orienta a seguir na direção do Espírito e nos afastamento da influência da carne.
Assim, é por nosso relacionamento com Deus e com próximo que podemos expressar o fruto produzido em nós pelo Espírito. É em nossos contatos diários que produziremos obras do Espírito ou obras da carne.
É interessante vermos que o contexto dos versos 22 e 23 estão inseridos numa realidade pautada pela religiosidade, não fundada na graciosa ação do Espírito, mas nos méritos humanos da lei. Por isso Paulo chama atenção em Gálatas para as questões o apego excessivo da lei ou seu uso sem base na graça (5 1,2 etc)
Isso é importante para que entendamos com clareza que a vida frutífera não deve ser pautada simplesmente nas obras humanas ou modo de viver uma religiosidade ritualística e sem graça. Mas na graça e poder do Espírito.
Para expressar amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio e outras qualidades espirituais precisamos ser crentes fieis e religiosos, mas acima de tudo devemos ter profunda atenção para que essas obras do espírito se manifestem me nosso lar, trabalhos, igreja e qualquer outro lugar que o Senhor nos levar a conviver.
Por isso é tão difícil produzi-los. Precisamos vencer nossa carne em meio as lutas do dia-a-dia e em relacionamentos íntimos, como o familiar e conjugal, onde ficamos muitos vulneráveis e onde as pessoas nos conhecem bem.
A grande benção é que Gálatas deixa claro que podemos fazer isso. Primeiro porque não somos mais escravos dominados por Satanás, mas livres para servir a Deus e sermos conduzidos por Seu Espírito.
O ponto central e nossa completa atenção para andar segundo o Espírito. Além dessa atenção, uma boa forma é atentarmos para nos mantermos distantes das obras da carne e daqueles que as praticam, conforme nos orienta Gl 5.19 a 21.
“Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus”.

CONCLUSÃO
Assim, ao refletirmos sobre as qualidades produzidas pelo Espírito precisamos nos focar nos relacionamentos.
Com Deus para nos fortalecermos e submetermos a sua vontade.
Em nosso lar, trabalho, escola e etc., para nos esforçarmos em produzir ações graciosas do Espírito.
Com aqueles que produzem obras da carne para nos afastarmos de suas obras, mas estando prontos a apresentá-los a obra salvadora de Cristo e o fruto do Espírito produzido em nós.
Pois nossa vida frutífera se desenvolve nos relacionamentos, por meio de nossa aproximação no Espírito e nossa firme atenção com a carne.