Vida Frutífera - Parte 26

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Ef 4. 1 a 3

Lição 26 – Paciência um atributo de Deus para nós

Paciência é uma virtude! Dizem muitas pessoas diante de situações adversas. Essa expressão é comumente usada porque a paciência é entendida como controle emocional equilibrado. Tolerância ou compreensão diante de erros, situações ou comportamentos indesejados. Capacidade de suportar dificuldades ou de esperar e compreender as pessoas que ainda não tenham obtido certa maturidade ou conhecimento. Por isso a Palavra nos diz que: o fruto do Espírito é: o amor, a alegria, a paz, a paciência... (Gl 5.22).
Sua origem para alguns está ligada a conjunção de Paz + ciência, mas ciência da paz não é o sentido próprio para paciência, ainda que a paz exija certo esforço como a paciência nos relacionamentos. A paciência tem um sentido próprio com outro significado que vai além de entendimento da paz.
Paciência tem como raiz central a expressão "pati" do latim sofrer, suportar, e "pathe" do grego como sentimento de suportar a dor prolongadamente.
No grego do NT, duas palavras são usadas para expressar o significado de paciência como fruto do Espírito em Gálatas.
O primeiro é "hupomone", traduzida como resistência, firmeza e fortaleza em circunstâncias irreversíveis. A segunda palavra, "makrothumia", significa ter espírito “que não perde o ânimo” – de langanimidade. Sendo o oposto do temperamento irritado e que se frustra facilmente.
Em geral, significa não ser desviado ou abatido pela adversidade. Normalmente, a palavra é aplicada a ter paciência com as pessoas. Assim, uma pessoa paciente é gentil, compreensiva e constante em todas as circunstâncias.
O verdadeiro teste de paciência que temos não está em nossa simples capacidade de esperar, mas na maneira de se comportar enquanto espera. “Tenha, porém, a paciência (PERSEVERANÇA) a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tg 1:4).
Essa abordagem inicial deve nos conscientizar que a paciência é furto do Espírito porque ela é um atributo de Deus. Vejamos um exemplo em Êxodo 34.6, na adoração de Moisés ao Senhor quando da entrega das Tábuas da Lei, que nos mostra: “passando o Senhor por diante dele, clamou (Moisés): Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo (paciente) e grande em misericórdia e fidelidade” (Êx 34:6)
Este não é o único exemplo, pois uma das muitas histórias da Bíblia que ilustram a paciência de Deus foi Seu trato com Nínive e com o Profeta Jonas. O profeta Jonas reconheceu a paciência de Deus: “Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-Se, e grande em benignidade, e que Te arrependes do mal” (Jn 4:2). E Jonas nem considerou a paciência de Deus com sua rebeldia e desobediência.
Podemos ver outras qualidades que fluem com a paciência nas posturas de nosso Deus como: a graça, a misericórdia, a clemência no trato até mesmo com pecadores a fim de lhes dar o máximo de tempo e vantagem para mudar de vida – como em Nínive, com o povo de Israel e conosco.
Vejamos o que nos diz o apóstolo Pedro sobre isso (2Pe 3:8, 9 e 10):
“Mas vós, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se.
Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há, serão descobertas”.

CONCLUSÃO
É importante lembrarmos que o exercício da paciência poder ser muito difícil. Esse desafio deve nos incentivar a querer desenvolver a paciência, pois ela nos aproxima de Deus e permite que melhoremos nossos relacionamentos e contribuamos para o crescimento pessoal e dos outros.
É claro que essa prática da paciência passa por situações de provas e dificuldades, mas que valem a pena, uma vez que permitem gerar este fruto do Espírito, difícil de exercitar mas abençoador de produzir.
Por isso a paciência está diretamente ligada a graça de Deus e como fruto do Espírito deve ser desenvolvida por nós em nossos relacionamentos, afinal foi assim que Deus fez conosco.