Vida Frutífera - Parte 27

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Rm 15. 1 a 5

Lição 27 – O CAMPO DE ATUAÇÃO DA PACIÊNCIA.

Vimos que a prática da paciência passa por situações de provas e dificuldades, mas que valem a pena, uma vez que permitem gerar este fruto do Espírito, difícil de exercitar mas abençoador de produzir.
Bem como entendemos que a paciência está diretamente ligada a graça de Deus, pois é um de Seus atributos e como fruto do Espírito deve ser desenvolvida por nós em nossos relacionamentos, pois o Senhor agiu assim conosco.
Deus expressou sua paciência com Israel. Jesus exercitou sua paciência com os apóstolos em muitos de seu período de ministério terrestre. O Espírito é fonte de paciência. Por isso a Trindade exerceu sua paciência diante de nossa salvação.
Logo a paciência é algo primordialmente relacional. Tanto em nossos relacionamentos na igreja como em nossos lares e a partir desses, poderá ser exercitado em tantos outros grupos de convívio.

O CAMPO DE ATUAÇÃO DA PACIÊNCIA.
A paciência em casa
O que nos deixa impacientes com os outros membros da família?
Quanto tempo devemos orar pelos membros da família que estão fora da fé?
Você conhece alguém que orou por algum familiar por muitos anos antes que a pessoa desse o coração ao Senhor?
De que modos práticos podemos aprender a cultivar paciência com os familiares?
Por que a morte para o eu é tão importante também nesse assunto?
Provavelmente, se pudermos ser pacientes em casa, com os que estão sempre junto de nós, seremos pacientes também com os outros.

A paciência na igreja
A paciência deve ser desenvolvida pois a igreja é uma mistura de pessoas de várias origens e culturas. Também inclui pessoas que estão em diferentes degraus na escada da maturidade. A paciência é necessária para viver bem onde existem tantas diferenças. Para os que são maduros, é uma tentação ser impacientes para com os mais imaturos. Apesar de haverem levado anos para chegar a seu presente nível de conhecimento, frequentemente os amadurecidos estão pouco dispostos a dar aos imaturos a mesma quantidade de tempo e estudo para alcançar seu nível de conhecimento e entendimento.
Rm 14:1; 15:1 A paciência em casa e na igreja pode ser uma coisa tremenda se nos lembrarmos como o Senhor tem sido paciente com você? Como essa realidade pode ajudá-lo a mostrar paciência pelos outros?
Se o Senhor nos tratasse da mesma forma como tratamos os outros, como seria? Por isso, outro campo de desenvolvimento de nossa paciência é a pregação do evangelho.

A paciência na pregação do evangelho.
Num mundo cheio de falsas doutrinas e preconceitos contra a verdade, devemos ser pacientes na missão de levar as pessoas a Cristo. É muito fácil balançar a cabeça e dizer: “Por que eles não entendem? A verdade é tão clara!”
A verdade sempre é clara para quem não a está vendo pelos óculos manchados por doutrinas falsas, tradição, família, e assim por diante. Devemos ser pacientes quando procuramos abrir as mentes e desatar os nós do preconceito e dos ensinos falsos que os ligam ao erro e à tradição.

Mc 4:26-29 com a conversão
A conversão pode ser um processo longo e complicado que, em alguns casos, pode levar anos. Embora muitos de nós estejamos ansiosos por ver logo o fruto de nossos trabalhos, isso nem sempre acontece. O importante é que, em nosso zelo, não podemos nos tornar um empecilho a alguém; isto é, não devemos pressionar tanto até que a pessoa se torne resistente. Ainda mais, nunca devemos condenar ou julgar aquele que não assume um compromisso com as verdades que amamos tão profundamente no tempo preciso em que achamos que a pessoa deveria fazer. Seu trabalho, seu esforço pela pessoa, pode muito bem ser um passo importante em um processo que pode não produzir fruto por anos. Você não sabe. O mais importante é não arruinar tudo condenando ou sendo crítico.
Mc 4:26-29 Disse também: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra,
27 e dormisse e se levantasse de noite e de dia, e a semente brotasse e crescesse, sem ele saber como.
28 A terra por si mesma produz fruto, primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga.
29 Mas assim que o fruto amadurecer, logo lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.;

Mesmo diante dessas realidades precisamos nos perguntar até onde deve ir nossa postura de compreensão. Isto é: a paciência tem limites?
A paciência de Deus durou 120 anos nos dias de Noé enquanto a arca estava sendo construída (1Pe 3:20). Mas chegou o tempo em que a obstinação do povo exauriu a paciência de Deus, e Ele destruiu a Terra com um dilúvio.
Nos casos de Sodoma e Gomorra, Israel no deserto e no cativeiro babilônico, que atitudes do povo provocaram as consequências que o povo sofreu? Dt 31:27; Sl 95:8; Jr 17:23
Pode-se argumentar que, visto como Deus perdeu a paciência, isso nos dá a permissão de fazer o mesmo. Mas quando estudamos a história da longanimidade de Deus, fica evidente que Sua paciência não foi por um dia, uma semana nem mesmo por um ano.
Frequentemente, passaram gerações antes que Sua paciência se esgotasse, o que, evidentemente, não é uma alternativa para nós.
Existe algum ponto em que nossa paciência pode legitimamente se esgotar quando lidamos com pessoas em uma situação difícil?
Depende do que significa isso. Podemos decidir que determinada situação já teve sua oportunidade e concluímos que precisa acabar. Mas isso não é a mesma coisa que ser crítico, sem amor ou cruel nesse processo. Pode ser tempo de agir, mas essa ação nunca deve estar em desarmonia com os princípios de generosidade, amor e cuidado.

CONCLUSÃO
Temos muitas lutas com essa área porque a paciência é difícil. Não é sem razão que é um atributo de Deus que surge de sua graça.
Devemos nos esforçar para exercitá-la em todos os campos de nossos relacionamentos.
As vezes, mesmo agindo com longaminidade, também precisamos estabelecer limites para alguns atos, pois assim como a paciência contribui para os relacionamentos os limites também. Lembrando a base de tudo deve ser o amor.
Oremos para que o Espírito nos dê sabedoria para viver com logaminidade.