ADUBANDO E RESTAURANDO O JARDIM DO CASAMENTO - Parte VI

ADUBANDO O JARDIM: A SEXUALIDADE - Parte 6
SEXO: UMA RELAÇÃO DE TOQUE E CONEXÃO

O sexo tanto pode ser amigo de um casal como seu inimigo. Tudo vai depender da atenção que damos a ele, pois como dissemos, ele abrange não só aspectos fisiológicos, mas também espirituais e emocionais.
A seguir apresentamos alguns exemplos de problemas sexuais no casamento relatados por alguns conselheiros em suas experiências ministeriais. Aproveitamos algumas frases citadas impessoalmente em seus livros, podem nos ajudar a entender um pouco melhor o que estamos falando:
- “sinto-me usada... ele nem me faz carinhos (ou espera que esteja pronta)”.

- “não consigo entender a frieza sexual de minha mulher”

- “Até hoje não experimentei orgasmo”.

- “ele ficaria arrasado se soubesse que finjo todo esse tempo”.

- “ela (ou ele) é dominadora, agressiva e não se cuida... não me importo mais... não tenho interesse algum de fazer sexo com ela (ou ele)”.

- “não temos problemas específicos... esperamos um dia que nos sentimos dispostos e simplesmente praticamos nossa obrigação sexual... não há alegria ou romantismo nessa área de nossa vida... mas ta tudo bem já me acostumei.”...

- “ele me usa; depois vira para o lado”.
Precisamos entender que antes de chegarmos a um relacionamento sexual agradável ou admirável é preciso haver: comunicação, necessidades satisfeitas, certo romance, conexão emocional entre outros aspectos.

A questão é que homem e mulher vêem o sexo de modo diferente. Um está no pólo-norte e outro no pólo- sul. Resultado, quanto ao sexo: Ele está centrado na satisfação física Ela na satisfação emocional. Contudo como imã se atraem, só precisam se posicionar de modo certo.

Para o homem o toque, a caricia são um canal de demonstração de amor e de alívio emocional e sexual completo, por isso sua preocupação com orgasmo. Para a maioria dos homens, ficar juntinho e fazer apenas carinho. É ganhar o primeiro lugar na terceira divisão do campeonato de futebol amador. È não usar toda sua masculinidade e, portanto, não demonstrar a mulher seu amor e vigor.

Para a mulher o toque tem outra perspectiva, não é simples preparo, mas proximidade. A carícia é sentir-se cuidada, segura e valorizada. Ela não visa em primeiro lugar o alívio sexual, mas sim a conexão emocional. Toque e carícias não são simples preparo, é parte do todo. Toque é uma parte da conexão que se inicia com a atenção dispensada no cuidado do dia a dia.
Para o homem sexo é um momento (às vezes um instante – brincadeirinha) dentro da relação. É parte de sua sensação de vigor e relaxamento. Para mulher e parte de um todo da relação. É meio de expressão e complemento emocional.
Precisamos entender que a mulher não conseguirá desfrutar do sexo se não houver uma conexão emocional, um cuidado afetivo. A conversa e as carícias são atenção, a recepção de suas necessidades e pessoalidade. Por isso o sexo começa no bom dia de manhã, passa pela atenção ao chegarem em casa e se finaliza com o cuidado ao deitar-se.
Assim, com seus sentimentos quanto ao sexo, homem e mulher, se completam na relação. Devemos olhar para estas diferenças não como um problema ou como certo e/ou errado, mas sim como complemento relacional. Como forma de ser de cada um que coopera para o crescimento e bem estar do outro. Veja a sabedoria de Deus - o ardor carnal do homem sendo completado pelo valor emocional da mulher. Nossa racionalidade sendo equilibrada com a sensibilidade feminina. Sem isso o sexo seria um ato biológico e mecânico, não uma benção relacional.
Portanto, os homens estão certos, o toque é uma ótima forma do casal se preparar e se “estimular” para relação sexual. E as mulheres também estão certas, as emoções são uma ótima forma do casal se sentir conectado, de ser suprido emocionalmente. E, assim, com o toque e a conexão ambos podem crescer em intimidade e alegria.
Por isso a sexualidade é toque e conexão. É Deus criando um instrumento que nos completa e nos faz uma só carne e sentimento, para nosso crescimento, alegria e prazer. Eis a essencialidade do sexo no casamento e na vida pessoal.