Parte 3 - Os Cinco “Vs” da Vida Pessoal e Familiar Abundante
– Os Verbos da Vida em Cristo
No texto que estamos refletindo (3:1-4), no primeiro “V” da vida abundante - a vida em Cristo, temos dois verbos que indicam o desejo do cristão em alcançar a vida abundante. Se queremos deixar de viver pela metade, e esta é uma questão importante, “se queremos”, então vamos ter que colocar em prática duas coisas muito importantes. Se queremos o transbordar de Deus em nós, então precisamos prestar atenção em dois princípios.
Primeiro, precisamos “buscar as coisas de Deus”. O verso um diz: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentando à direita de Deus.” Traduzindo, o apóstolo Paulo está exortando a Igreja assim: “agora que vocês já desfrutam da nova vida em Cristo, é preciso caminhar, buscar as coisas do alto, é preciso buscar encher o copo das coisas de Deus”. Deus nos deu uma nova vida em Cristo. A ressurreição do Senhor é um símbolo do viver cristão, porém este viver precisa ser alimentado por uma busca constante daquilo que o apóstolo Paulo chama de “coisas do alto”. Se agora temos a vida em Cristo, é nesta busca das coisas do alto que vamos alcançar a vida abundante. É claro que todos os eleitos de Deus querem a vida abundante. “Buscar as coisas de Deus” ou “buscar as coisas do alto” é aquilo que NSJC ensinou ser a disposição principal na vida dos verdadeiros discípulos: “buscai, pois, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6:33).
Perceba que buscar é uma ação. É por isso que a acomodação é incompatível com a vida abundante. Perceba que o verbo buscar no texto é um imperativo, “buscai”, portanto, um mandamento. É por isso que a desobediência é incompatível com a vida abundante. É por isso que o copo cheio e o transbordar de Deus na vida do crente dependem de uma ação obediente. Há um santo padrão nos evangelhos: quem se encontra com Cristo demonstra uma ação obediente que corresponde à nova vida. Na verdade é isto que Paulo está nos ensinando quando diz: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo”. Jesus encontra Pedro trabalhando lá no mar da Galiléia e diz “vem”, e a ação de Pedro é vir; Jesus cura o coxo no poço e diz “toma o teu leito e anda”; Jesus livra a mulher adultera da condenação e diz “vai e não peques mais”.
Irmão, em nome de Jesus, qual é a ação obediente que está faltando para você caminhar para a vida abundante? Eu não sei, mas eu tenho a certeza que você sabe qual é...
Segundo, precisamos “encher nossa mente de Cristo”. Seguindo a mesma linha de raciocínio do verso um, o verso dois diz: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra.” Ou, em outras palavras, “encham a mente de vocês das coisas do céu”. Assim como nossa saúde física depende da qualidade do alimento que ingerimos, a saúde espiritual depende das coisas com as quais alimentamos nossa mente. As coisas que ocupam nosso pensamento estão diretamente ligadas ao fato de alcançarmos ou não a vida abundante.
(Pausa-gravidade) Há uma coisa aqui que precisamos falar com toda a ênfase: Deus não serve seus banquetes no chiqueiro! Deus não enche copos imundos! Há pessoas que querem que a vida abundante, mas sua mente, seus pensamentos, as coisas com as quais ele alimenta sua cabeça não tem nenhum compromisso com a santidade. Precisamos entender uma coisa importantíssima na vida cristã: nossa mente é uma fortaleza constantemente atacada pelo diabo com as coisas do mundo e da carne. Quando o mundo atinge nossa maneira de pensar, ele alcançou um dos pontos mais estratégicos de nossa espiritualidade. Sim irmãos, mente e espiritualidade, pensamento e alma são unidades determinam nosso cristianismo. Você quer uma vida abundante em Cristo? Então encha a sua mente de Cristo. Você quer uma vida com a plenitude de Deus? Então faça deste verso um lema para toda a sua vida: “eu vou pensar nas coisas do alto e não nas que são da terra”. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rom. 12:2).
Nossa mente é uma fortaleza constantemente atacada. Pior do que isto é que ela é atacada de maneira muito sutil pelas trevas. Somos influenciados em nossa maneira de pensar e muitas vezes nem percebemos. (Brincar) Quem aqui assistiu o filme “Onze Homens e Um Segredo”? Pois bem, é um filme muito lindo... Brad Pitt... é um filme muito lindo... Julia Roberts... Na verdade é uma trama muito bem feita, uma história, enredo bastante inteligente. Mas, veja que coisa interessante, todas as pessoas que assistem este filme torcem pelo ladrão! Há neste filme uma lógica invertida, o personagem principal é o ladrão, o mocinho é o que engana. Nós somos pessoas honestas, amamos a Deus e sabemos que a Bíblia ensina “não roubarás”. Mas que coisa estranha, pessoas honestas saem do cinema felizes porque o ladrão ganhou!
Nas novelas então nem se fala! O maior veículo de formação de opinião e comportamento do Brasil são as novelas globais (e agora também as mexicais... novela mexicana ninguém merece!). Sabe aquela irmãzinha piedosa, boa mãe, que ora, tem bom testemunho, é crente de verdade? Começa a novela... e eles fazem um enredo para enredar... Nos primeiros capítulos eles apresentam um casal de meia idade, geralmente muito infeliz no casamento. O marido é um mala sem alça, e a esposa, pobrezinha, é boa gente, mas sofre na mão daquela coisa de marido... Depois de alguns capítulos aparece um terceiro personagem, tipo Rodrigo Santóro (que raiva que eu tenho desse tal Rodrigo Santoro), que secretamente alimenta uma paixão pela esposa sofredora. A trama do triangulo amoroso está armada. No começo a irmãzinha rejeita aquilo e até pensa “ta amarrado”. Mas ela continua assistindo a novela; capítulo vai, capítulo vem, a trama continua, o marido, aquele “mala sem alça”, vai ficando pior, maltrata cada vez mais a mulher, pobrezinha, e a paixão secreta do outro vai parecendo ser tão pura, tão sincera... Mais alguns capítulos e a irmã, que não perde a novela um dia se quer, começa a pensar “bem que esse marido poderia morrer e desempedir o caminho do Rodrigo” e assim vai... No final da novela, aquela irmãzinha piedosa, muitas vezes sem perceber, ficou muito feliz porque o marido mala foi passado para trás e... a traição, a mentira, o adultério venceu!
Encerro convidando você para refletir em Fl 4.8,9: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Portanto, há mais um imperativo da Vida Em Cristo - “nisto pensai”.
Mensagem (adaptada) do Pr. Cláudio Correa dos Reis – Igreja Presbiteriana do Centenário – SP
Se essa mensagem te interessou e se precisar de ajuda ou aconselhamento, será um prazer conversar com você pelo e-mail pr.alexcarneiro@gmail.com.
E que o grande Deus de misericórdia o abençoe. Pr ALEX RIBEIRO CARNEIRO
