ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - PARTE 6

ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - PARTE 6

A fé na providência e soberania divina, e a forma que sinto e penso são essenciais para as minha visão e atitudes diante dos problemas e conflitos, pois podem me dar objetividade e me levar a atitudes adequadas. Por isso precisamos recusar como verdadeiras os ditos populares. E não deixar nossas emoções e subjetividade conduzam nossas ações. Devemos olhar para as circunstâncias e conflitos não só como um problema, mas também como uma oportunidade para crescer (Tg1.2a4). Por tudo isso, tratar de conflitos requer de nós dependência de Deus e objetividade nas atitudes.
Assim se houver ainda medos e dúvidas, creia no graça de Deus e de Seu cuidado. Peça a “Deus sabedoria, que as todos dá... peça porém com fé”. (Tg 1.5)
Não viva apenas dentro de suas expectativas (que podem falhar ou ser falsas). Não seja simplesmente dirigido por suas emoções, podemos ver os problemas e agir diante dos conflitos de modo inadequado, agravando, ao invés de amenizar ou solucionar nossos sofrimentos.

ATITUDES PREVENTIVAS

Os conflitos podem e devem ser evitados. Devemos cultivar atitudes preventivas, Charles Swindoll, com base na Carta ao Efésios propõe cinco princípios que podem nos ajudar a evitar os conflitos e melhorar nosso relacionamento:
1º VERDADE - Fale sempre a verdade – Ef 4.25 – O relacionamento conjugal tem base na confiança. E confiança se constrói com sinceridade. Logo a verdade é essencial. ;

2º INDIGNAÇÃO - Exteriorize sua ira adequadamente – Ef 4.26, 27 – não a alimente nem a use como arma. Seja profundamente respeitoso ao falar de sua indignação. Por outro lado, não devemos ignorar, menosprezar ou aceitar sem limites a indignação de nosso cônjuge. Trate seu cônjuge com respeito e interesse quando ele estiver expondo suas emoções e sentimento. Não seja sarcástico ou irônico. Precisamos expor nossa indignação adequadamente porque o casamento tem como um de seus fundamentos a dignidade e o respeito.

3º COMPROMISSO (apropriação indébita) Ef 4.28 - Não devemos tomar posse do que não nos pertence. Swindoll chama isso de ‘furto’. O casamento é feito de compartilhar, de promessas e expectativas. Fizemos votos e temos responsabilidades, não assumir a nossa parte ou não cumprir nossos votos é nos apropriarmos do que não nos pertence e tirar do outro o que lhe pertence.
Posso me apropriar indevidamente quando não dedico o tempo que meu cônjuge e família merecem e têm direito. Quando uso mal o dinheiro, quer gastando demais quer guardando mais que o necessário.
Todo o egoísmo é de certa forma uma apropriação indébita pois cuido ou guardo pra mim o que devo compartilhar com o outro. Se cresço e não contribuo para que o outro se desenvolva, não estou compartilhando e estou me enriquecendo com o ajuda do outro sem beneficiá-lo, ou seja, me aproprio dos esforços e dedicação de meu cônjuge sem nada devolvê-lo ou concedê-lo.

4º PALAVRA – Ef 4.29 e 30 nossas palavras devem ser edificadoras. As palavras são ferramentas que devemos usar de modo abençoador e amável. Torpe é algo apodrecido que tem a capacidade de contaminar. No grego a palavra usada em Efésios é aplicável a peixes e vegetais podres, não servem senão para jogar fora em lugar distante por causa de seu forte odor. Deste modo se nossas palavras não abençoam podem contaminar.

5º AMABILIDADE – Ef 4.31,32 nosso relacionamento deve ser coberto de bondade, compassividade, educação. Destacar as qualidades, demonstrar gratidão são sinais de amabilidade. Ser diariamente amável e fazer um investimento para se usar nos momentos difíceis. Alexander White, pastor escocês dizia sobre seu rebanho que “todos os gansos de sua igreja são cisnes”. Como ele podemos sempre ver o melhor nas pessoas, só depende de nossa bondade. Quando nos dispomos a um relacionamento o que esperamos é que amabilidade faça parte dele, logo é essencial a qualquer relacionamento.
“Não erga um santuário em seu coração para abrigar a ira.
O Diabo se intitulará sacerdote deste santuário”
Charles Swindoll