FILIPENSES – AMOR UM PRICÍPIO ORIENTADOR
Alex Ribeiro Carneiro texto do Sermão: Filipenses I P Pinda Maio/Jun 2011
INTRODUÇÃO
Filipenses 1.9
Gratidão e incentivo são as marcas da Carta aos Filipenses.
Vimos que o apóstolo expressa gratidão tanto pelo seu ministério como pela boa obra de Cristo no meio dos irmãos de Filipos. Se sente grato por toda cooperação dispensada pelos irmãos ao apóstolo e fala abertamente disso no Cap. 4.10 a 18.
Paulo está diante de uma igreja amorosa e operosa. Aspectos que sonhamos para nós e toda igreja. Contudo, ainda que os Filipenses tenham essas fortes características, Paulo no início de sua carta aponta para algo importante a ser desenvolvido – o crescimento no amor: essa é sua oração
Filipenses 1.9.
“E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em toda percepção” (ou discernimento).
É interessante pensar nisso diante de uma igreja que é cooperadora do ministério de Paulo e apoiadora da obra missionária. Na verdade a oração de Paulo revela um grande principio bíblico o do crescimento contínuo.
A oração é para que o “amor aumente mais e mais” uma expressão clara da idéia de crescimento – aumente; e de continuidade neste crescimento “mais e mais”.
E como disse, isso é interessante porque é muito comum nossa acomodação diante de algumas condições conquistadas.
Já sou casado mesmo... Já sou crente mesmo... Já estou aposentado mesmo... Já ... mesmo...
A oração do apóstolo nos aponta para uma primeira verdade incentivadora: não podemos nos acomodar. E não podemos principalmente no desenvolvimento de nosso amor. Amar mais e amar melhor é o nosso desafio, eis um dos aspectos do amor cristão – se desenvolver sempre.
Outro aspecto esta na forma de desenvolvimento e expressão desse amor. Precisamos aumentar nosso conhecimento e discernimento para que nosso amor amadureça. Assim, vemos que amor não é apenas um sentimento mas uma atitude.
Pensar em um crescimento mais e mais na vida cristã é pensar em maturidade. Maturidade que tem como princípio o amor, uma vez que o nosso Deus é amor. E a nossa maturidade está em se aproximar mais e mais de sua semelhança.
Lembrando que o conhecimento aqui não tem haver com cultura ou ciência, pois o próprio apóstolo chama atenção aos coríntios, como igreja cheia de dons e potencial que: os que
»I CORINTIOS [13] 1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
O conhecimento aqui irmãos está ligado ao saber viver em amor. Ao entendimento da palavra que me faz praticar o mandamento de Jesus. Que nos diz, o meu mandamento é este: que vós vos ameis uns aos outros como eu vos amei. (Jo 15.12).
Conhecimento é o fato pelo qual eu sou capaz de transformar informação em prática. É a capacidade de fazer coisas segundo o aprendido. Não há conhecimento que possa ser assim chamado se não resultar em ações úteis.
Assim o que Paulo estava dizendo é: oro para que vocês possam cada vez mais expressar o amor de Deus como tem feito e que isso seja a expressão de vossa maturidade cristã.
Por isso que associado ao conhecimento está à percepção. A capacidade de discernir. A sensibilidade para perceber as coisas e dirigir a vida segundo o amor. E dizemos segundo o amor porque é ele que deve ser aumentado em conhecimento e discernimento em tão estes são instrumentos para o amadurecimento dele.
Não é sem razão que isso é um requisito para se provar as coisas excelentes de Deus e para um caráter cristão irrepreensível. Para uma vida de frutífera em justiça, como diz os versos 10 e 11 do Capitulo1
O pedido de Paulo a Deus pelos Filipenses deve nos despertar para olharmos a nossa vida segundo a perspectiva do amor. Tendo o amor como um princípio orientador de nosso pensar, de nosso sentir e agir. Como um meio de discernimento espiritual para nossa visão e atitudes.
Precisamos revestir a forma pela qual entendemos as coisas segundo o amor. Precisamos ter nossa sensibilidade para conosco e para com as pessoas cheios de misericórdia. Precisamos regrar nossas atitudes não com legalismos e regras e hábitos arraigados pelo tempo, por manias mas sim por atitudes de bondade.
Por isso o apostolo apresenta como caminho excelente aos coríntios para solução de suas lutas, rivalidades e falta de espiritualidade o amor. Por isso ele declara que mesmo cheios de boas obras sem amor nada adiantaria, pois:
13. 3 E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O apostolo mostra em sua oração o seu desejo de crescimento ao Filipenses e deixa para nós e aos Corintios uma amostra dessa vida regrada pelo principio orientador do amor quando aponta as qualidades e atitudes do amor maduro, cheio de conhecimento e percepção no Capitulo 13 de sua Carta aos Corintios ao dizer que:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
E aponta para a maturidade obtida nessa perspectiva pela condição de menino e de homem ao continuar dizendo:
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
E encerra com toda essencialidade e força do amor ao dizer:
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
Por isso, amados irmãos, o amor precisa ser nossa fonte de crescimento continuo. A expressão de nossa fé em nossos relacionamentos.
Deve ser nosso exercício constante e incansável.
Precisamos nos cobrir de pensamentos bondosos. De sentimentos misericordiosos. De atitudes cheias de graça. Precisamos crescer e continuar crescendo por meio de um amor fervoroso em nossa alma e equilibrado pela palavra e orientação do ES.
Precisamos nos esforçar para desenvolver a boa obra começada em nós por Cristo Jesus, para que muitos como Paulo possam ter de nos um sentimento de gratidão e de cooperação, pois esses são as marcas que se vêem em relacionamentos cristãos maduros e abençoadores, cheios de graça.
Deus nos salva para o crescimento.
É hora de crescer amadurecendo nosso amor em todo conhecimento e discernimento.
