ATITUDES DE MATURIDADE CRISTÃ
Alex R. Carneiro Texto: Filipenses 4.1 a 7
INTRODUÇÃO
Vimos que no capítulo 2 o apóstolo Paulo tratado sobre a unidade e cooperação da vida cristã a partir do exemplo de Cristo e dá a impressão de fechar suas palavras com a recomendação a viver alegremente no Senhor no capitulo 3, quando de repente volta com novas recomendações.
Nesse ponto, a carta que tem como foco gratidão e incentivo ganha também um ar de exortação ao cuidado com alguns esforços da vida cristã.
O primeiro deles é se refere ao esforço de não deixarmos de nos “alegrarmos no Senhor” – em sua graciosa de salvação, de sua provisão misericordiosa e porque Ele é uma Deus de comunhão. Fato que ele busca ratificar também neste capitulo.
A questão é que junto com esse incentivo, quase conclusivo da carta, a uma vida de alegria e gratidão no Senhor e na força do seu poder, Paulo faz um exortação a outros esforços em nossa vida cristã,
para que nos não caíamos em alguns perigos ou tentações ligados a religiosidade excessiva, perfeccionismo e a falta de disciplina.
Em nosso esforços, podemos dizer que essas atitudes são perigos que devemos evitar ou enfrentar.
Abordamos ainda a nossa luta para prosseguir nossa vida apesar da lutas. Tratamos como podemos crescer e vencer as aflições.
Agora no início deste capitulo o apóstolo traz mais algumas palavras tanto de cuidado como de incentivo quanto a atitudes que devem fazer parte de nossa vida cristã.
CONCORDÂNCIA DE FOCO
Somo diferentes, pensamos diferente e isso é bom, pois foi Deus que nos fez diferentes, contudo diante da obra de Deus precisamos caminhar na mesma direção.
Essa questão com certeza vai passar por alguma discordância e nesse caso devemos estar alerta para cooperarmos para que todos tenhamos a mesmo foco – a gloria de Deus e a dispensação de sua graça.
A maturidade cristão não está em nos anularmos, omitirmos ou fugirmos dos conflitos mas sim de sabermos enfrentá-los buscando a unidade do corpo e a saúde da obra de Deus.
Evódia e Sinitque estavam passando por esse momento e o apóstolo sabendo dessas verdades busca, com a intermediação de um líder fiel da igreja e de Clemente e outros irmãos trazer as coisas a bom termo, resgatando a unidade da igreja. Pois vimos que a comunhão é uma grande característica e força do corpo de Cristo.
ALEGRIA
Uma segunda palavra voltada à maturidade é a atitude de alegrar-e no Senhor, isto é, de reconhecer a beleza da vida em Cristo.
- Rm 14.17 ao dizer: “O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo”
Se não bastasse sabermos que a soberana ação de Deus sobre nós, nos conduz a uma vida justa, pacífica e alegre. A consciência sobre esse reinar, surgido pela graça e que nos permite ter uma relação filial com Deus, o que deve ser uma fonte de alegria para nós.
Daí as palavras de 1 Ts 5.16 – Regozijai-vos sempre! E de Fp 4. Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.
Fomos amados por Cristo Jesus. Deus é nosso Senhor e pai. O Espírito é nosso consolador e condutor, nele temos toda possibilidade de viver de modo agradável a Deus.
Esses e tantos outros motivos são nossa base para louvar a Deus e nos alegrarmos nos Senhor.
MODERAÇÃO
Uma terceira atitude de maturidade é a moderação, isto é, a postura de equilíbrio, cuidado, prudência e atenção diante das circunstâncias.
`interessante ressaltar que nesse trecho o comentarista da Bíblia de Genebra declara que ser moderado “no grego se refere a capacidade de superar ofensas”, o que é coerente com a questão de Evódia e Sintique e com o fato de que a moderação deve surgir em momentos delicados e de dificuldades. Quando precisamos agir com sabedoria para não darmos lugar a nossa carne ou oportunidade a Satanás. .
Aqui voltamos a tona o que já tratamos, a alegria da salvação não nos exime de dificuldades e cuidados.
A alegria não pode ser tal que esqueçamos que precisamos ponderar muitas coisas e caminhar com cuidado.
Moderação que o apostolo deixa nas entrelinhas como uma ferramenta de bom testemunho, pois sugeri que seja “conhecida de todos os homens”. Sendo, portanto, uma fonte de testemunho. Tanto que o apostolo alerta para a presença de Deus. Para o temor de agir dentro dos ditames de Deus. E de saber que nossa moderação não é um simples fruto de sabedoria mas também se baseia em nosso temor e reverencia a Deus.
Assim, o apóstolo segue falando sobre ansiedade– isto é, da falta de equilíbrio, calma e sossego diante de algumas circunstâncias. O desassossego pode nos fazer agir sem ponderação.
E nisso está a compreensão não só deste trecho mas do contexto da carta, pois ele tinha falado em muitos opositores e pessoas que traziam perigo a união da igreja, bom como de cuidados que o filipenses deviam tomar diante dessas pessoas.
Toda essa circunstancia requeria cuidado e equilíbrio para se levar a bom termo o evangelho e a própria vida cristã.
Precisamos lutar contra nossas reações para conseguir suportar as lutas por meio de um bom testemunho.
Por meio de uma vida que se alegra em Deus e que caminha segundo sua sabedoria – que nos manda ser simples como as pombas, mas prudentes como as serpentes.
Vivendo não por uma anulação de nossos sentimentos, mas por uma moderação que acredita que o Senhor conduz todas as coisas, inclusive as nossas dificuldades.
E ao abordar a preocupação que poderia advir com nossas lutas ele nos dá uma palavra de admoestação e consolo ao nos conduzir a uma postura de dependência.
Continuaremos na próxima semana com outras atitudes cristãs para atingirmos uma maturidade cristã.