Pr. Alex Ribeiro Carneiro Textos Chaves: Jo 15. 4 e 5
Lição 3
A vida em Cristo surge pelo Espírito e deve se desenvolver gerando coisas boas pela operação desse Espírito, por isso o propósito da vida cristã é ser frutífera. Isto é ter a qualidade do que dá muito fruto, que tem desenvolvimento e produz benefícios.
Nisso vemos que a vida que dá frutos produz bênçãos na formação de meu caráter e nos meus relacionamentos. Uma vez que a ação do Espírito em nós, conforme Gálatas 5.22, envolve tanto elementos de caráter formativo de nosso caráter como reflexivo em nossos relacionamentos.
A alegria é formativa pois constrói uma atitude positiva em nós e que reflete na vida dos que convivem conosco.
Além desses aspectos vimos que existem fatores que são essenciais para que essa frutificação possa acontecer – os nossos adubos espirituais – isto é, atitudes que nutriram nossa frutificação.
A primeira delas é a DEVOÇÃO. A nossa dedicação intensa a Deus. Nossa reverência a Deus – por sua natureza e pelo que operou em nós.
Vimos que a frutificação passa pela devoção porque todas as qualificações que podem ser produzidas pelo Espírito em nós são para nos encher de coisas que são agradáveis a Deus e que o glorificam em nossas vidas e em nossos relacionamentos.
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor” (Jo 15.8).
Ligada a esta atitude devemos trabalhar como adubo espiritual, como fator essencial para nossa produtividade a DEPENDÊNCIA.
O nosso reconhecimento que todo fruto e poder está em Cristo e nos é concedido pelo Espírito.
O Senhor nos deixa claro isso em Jo 15.5, a dizer: “sem mim nada podeis fazer”. O que é bem lógico, pois nosso caráter deve ser o de Cristo. Nosso fruto deve ser o do Espírito. Logo, a natureza de nossos frutos e é Cristo.
Pode parecer obvio tratar disso mais é importante pois a dependência não pode ser um simples fator de consciência mas uma atitude. Vejamos dois textos: Cl 1.29 e 2.6,7. Estes textos nos dão clareza de nossa dependência mas eles não são nossa única fonte, porque esta visão exige ação. Devem ser associados a outros como Fp 3. 12 -14 e 1 Tm 4.7, trazem as idéias de atitude em nossa dependência pelas expressões: prossigo, avançando e exercita-te.
A dedicação intensa de quem é devotado conduz a visão de dependência que deve resultar numa postura ativa de viver segundo essa devoção e dependência.
Sobre isso nos fala Frederico Godet, teólogo suíço do século 19: “estar em mim expressa o ato continuo pelo qual o cristão põe de lado tudo o que deriva de sua própria vontade, da sua força e do seu mérito, para derivar tudo de Cristo” – neste sentido derivar e sinônimo de fruir. Assim a dependência é uma ação de deixar fruir as coisas de Cristo.
É uma atitude de substituição. Sai minha vontade entra a de Deus. Sai a minha força e sabedoria e assume a de Deus. É o que vimos em Cl 2. 6,7 – nele radicados e edificados.
Substituição que requer minha atitude de deixar fruir – daí a dedicação e dependência.
O teólogo holandês George Bethume sobre isso declara: “o fruto do Espírito são as qualidades e as ações do homem renovado, não produzidas sem ele, mas por meio dele... Que estejamos sempre atentos então a nossa total dependência no Espirito.”.
Assim, a dependência nos faz o canal por onde Deus vai fazer fluir a sua benção. Nossa dependência está em nossa ligação com ele para o que ele deseja possa ser passado por meio de nós. Quer seja para nosso crescimento e benção quer seja para a vida de outros.
CONCLUSÃO
A dependência, portanto é uma ação consciente de se colocar a disposição de Deus, sem exigências, manipulações ou restrições. Assim na frutificação faremos coisas que nos agradam e que não nos agradam, mas se for de Deus, devemos nos dispor a fazer.
O que requer de nós a seguinte reflexão:
- Quais traços de nosso caráter ou atitude são desafiadores para você se colocar na dependência de Deus?
- Quais traços de nosso caráter ou atitude são fáceis para você se colocar na dependência de Deus?
- Pense em como vencer um dos difíceis e como desenvolver mais ainda o que você consegue trabalhar com tranqüilidade.
Como você, pode lidar melhor com a ansiedade e ampliar a sua alegria?
Não deixe de orar pela revelação e operosidade dessas atitudes!