Vida Abundante - Parte 42

Parte 42 - Os Cinco “Vs” da Vida Pessoal e Familiar Abundante
NOSSOS PAPÉIS NA FAMÍLIA
Ouçamos o Senhor:
“Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como convém no Senhor.
Vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não as trateis asperamente.
Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor.
Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados". ( Cl 3.18 a 21).

Estes quatro versos são muito significativos. Eles são a síntese bíblica dos papéis dentro da família. O que queremos dizer quando falamos de papéis? Que Deus, que é, ao mesmo tempo, o criador da família como também Aquele que conhece os problemas que os pecados trouxeram para o lar, não deixou este tema de profunda importância para nossa própria apreciação e decisão, mas estabeleceu como cada um deve ser para que a família ande para frente e não para trás.

A MOLDURA DO QUADRO
Falar em papéis, que significa “o padrão de comportamento esperado de pessoas em relação à posição que ocupam dentro da organização familiar” (repetir), é falar de função, é falar de cooperação, é falar de um organismo vivo onde cada parte deste organismo funciona numa interdependência vital, cumprindo seu papel e sabendo da importância dele para o bem de todos. Ou seja, com dizem os filósofos contemporâneos, em outras palavras: “cada qual é cada qual” e “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”, ou ainda, a primeira regra de convivência na constituição dos primatas “cada macaco no seu galho”.
Para falar de papéis precisamos olhar também para a moldura do quadro. Todo o artista, quando termina sua obra numa tela preocupa-se com a moldura. Um pintor sabe que a moldura é aquilo que fecha, delimita sua produção criativa. Da mesma forma, os papéis na família tema uma moldura, algo que, ao mesmo tempo que delimita, protege e também embeleza a obra.
Na família explicada neste texto a moldura tem dois objetivos.
Primeiramente, ensinar que todos têm direitos e todos têm deveres. Vivemos num tempo em que as pessoas gostam de saber bastante sobre seus direitos, mas não gostam muito de saber sobre seus deveres. José Saramago, Nobel de literatura português, discursou no cinqüentenário da ONU e afirmou: “Agora que já temos os direitos humanos, precisamos legar para as próximas gerações os deveres humanos. É muito bom que já esteja universalizado o conceito de que os seres humanos têm direitos; mas não haverá o que comemorar daqui a cinqüenta anos se não começarmos a trabalhar em cima dos deveres que todo o ser humano deve cumprir.” Ora, neste sentido a humanidade sempre tropeçou desequilibrada vivendo de extremos em extremos. Houve tempo em que o marido, o homem, era um tipo de senhor de escravos, senhor feudal, mandando e desmandando em tudo.
Somente depois da revolução francesa a mulher começou a ter direitos de administrar os bens da família na ausência do cônjuge. Há algumas décadas atrás a mulher não tinha direito a voto na maior parte dos países do mundo. É claro que tudo isso é anti-bíblico. No cristianismo todos têm direitos e deveres e há uma evolução, visto que “Deus não faz acepção de pessoas” e, em Cristo, “não há grego nem judeu, escravo ou livre, nem homem nem mulher...” (Gl. 3:28).
Assim precisamos trabalhar os deveres para não vivermos no extremo só dos direitos, pois se todos não cumprirem seus deveres como todos terão seus direitos atendidos.
O outro extremo: as crianças são reizinhos. Tânia Zagurey, sobre “os direitos dos pais” declara os pais tem direitos sim.... Lembrado que todos temos direitos e deveres, é bom relembrarmos:
- “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais; porque isto é agradável ao Senhor.
- Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados".
Todos são responsáveis. Uma família abençoada é uma construção que pressupõe a participação e responsabilidade de todos. Os papéis não são opcionais, tão pouco são apenas uma sugestão, eles se revestem aqui de uma missão, uma responsabilidade dada por Deus.
Nossos papeis estão relacionados com Deus. Deus é o princípio, visto que Cristo é o cabeça do homem. Devemos ao Senhor nosso Deus todo respeito, obediência e submissão em nossa vida familiar. Esta é a única forma de Construirmos uma família saudável, abençoadora e que glorifica a Deus.
Precisamos entender que respeitar a Deus e obedecê-lo como bons MARIDOS e PAIS::
- É “amar nossa esposa como nossa própria carne “;
- É “não provocar nossos filhos a ira e criá-los na admoestação (orientação) do Senhor”;
- É “administrar bem a nossa casa”, nos dedicando a sermos homens de “uma só mulher”; e
- de cumprirmos o grande projeto de sermos a “imagem e semelhança de Deus”- santificados.
Devemos entender, ainda, que para ser boas ESPOSAS, que reverenciam e se submetem a Deus, é necessário que a mulher:
- seja “auxiliadora idônea” de seus maridos, apoiando e respeitando-os”
- viva alegrando e fortalecendo seu lar como “videiras frutíferas”,
- ajam com sabedoria nos lares e aconselhando as mais jovens;
- cuidando bem do seu lar, como “mulher virtuosa”.
Podemos ver a benção de Deus quando por respeito e obediência maridos e esposas santas santificam seus cônjuges e seu lar, com suas boas condutas;

Poderemos, ainda, ser filhos que se submetem a Deus e o respeitam:
- quando somos filhos que honram seus pais (cuidando e amando-os);
- filhos que apóiam os pais quando as questões, lutas e dificuldades da vida batem à porta deles.
- quando somos filhos que seguem os passos de seus pais e/ou avós que serviram ao senhor
Temendo, se submetendo e obedecendo a Deus;
- quando reconhecemos que ser filhos é uma dádiva de Deus e exige de nós sacrifícios e cuidados,
como Seu filho Jesus.

Quando tudo isso for entendido e executado por nós, então estaremos cumprindo nossos papeis na família. E a família será UM INSTRUMENTO DA GRAÇA E GLÓRIA DE DEUS.
Sendo uma Família abençoadora, onde maridos, esposas, pais e filhos vivem na dependência de Deus, adorando e reverenciando com suas vidas de profunda obediência.
Onde a verdadeira adoração se dá através de nossas vidas. Surge de atitudes que buscam cumprir a orientação de Deus para seu projeto familiar. E onde santidade é uma máxima pela obediência a Palavra e pelo respeito a Deus, a meu cônjuge e a meus filhos.

PARA REFLETIR
“Tenho plena certeza que não há lugar melhor para se lapidar um caráter,
para melhor ensinar os valores de Deus e para desenvolvermos
nosso nobre missão de amar e servir do que no seio familiar.
Daí a necessidade de acreditarmos e investirmos cada vez mais
em nosso casamento e nossa família;
pois creio que a família é um poderoso instrumento de Deus
para transformar o mundo e abençoar as pessoas”
Pr Alex . Carneiro
Chegamos ao final desse estudo e a pergunta que fica é: temos usado esse instrumento de Deus para bênção ou para maldição?.
Que tipo de instrumento tem sido sua família? Se é um instrumento de graça, com certeza é porque vocês resolveram viver um vida cristã abundante. Deus os abençoe.