“MÃE: um chamado ao desprendimento”
1 Samuel 1.10,11 e 20 a 28
Há uma expressão de uso comum que declara que “ser mãe é uma vocação”. Acredito que esta expressão exista haja vista alguns aspectos que caracterizam o ministério de ser mãe. Digo ministério, por que ser mãe não simplesmente uma questão biológica ou jurídica. A maternidade é um chamado que existe no coração antes mesmo de se dar a luz. Chamado que envolve atitudes que caracterizam uma verdadeira mãe.
A Bíblia traz histórias de várias mulheres que se destacaram nesse ministério. No NT Maria, mãe de Jesus é a de maior expoente. N VT, creio que Ana, mãe do profeta Samuel se destaca. Assim, nos debrucemos um pouco sobre a vida de Ana para refletirmos sobre aspectos desse chamado.
1. Primeiramente Ana nos ensina que uma atitude para o ministério SER DEPENDENTE de DEUS (v.10 e 11).
A dificuldade de Ana era grande. Ela tinha uma condição que aos nossos olhos era intransponível – a infertilidade. Além disso, ela sofria com o desprezo de Penina, segunda esposa de Elcana. Contudo, Ana fez o que devemos fazer quando cremos que Deus tem um chamado para nós. Se apresentou à Deus orando e abrindo seu coração, crendo que o Senhor poderia ouvir sua petição.
A oração é o principal ato de declaração de nossa dependência, com ela declaramos que precisamos da ação e direção de Deus. Assim, ela colocou sua angustia e condição na mão de Deus, o único capaz de suprir sua necessidade.
A mãe cristã é aquela que sabe que pode ter várias formas de resolver problemas, mas o único que lhe dá a resposta definitiva e certa é Deus.
Daí, com a dependência sobressair outro aspecto essencial da missão de ser mãe – a HUMILDADE.
A maternidade é um condição perene de pôr-se a disposição. E não há como se dispor sem a humildade de reconhecer que ser mãe é viver uma vida de serviço.
Ainda que fosse necessário humilhar-se e ser mal entendida, Ana se coloca diante de Deus, porque Dele dependem todas as coisas.
Quantas mais precisamos humildemente tantas vezes humildemente depender de Deus. A grande benção e que ao fazer isso Deus responde sua oração.
2. Em segundo lugar, Ana nos ensina que o chamado a maternidade requer FIDELIDADE a DEUS (v.22 e 23).
Ainda que tenha que abrir mão de bênçãos, a mãe segundo o chamado e propósitos de Deus é aquela que ela cumpre seus votos, numa conduta de fidelidade. Faz isso porque sabe que aquele de quem ela depende não falha e sempre tem melhores desígnios para nossas vidas. Fidelidade que se funda não só no fato do Senhor ouvir nossas petições, mas principalmente para dispormos a nós e nosso família na mão de Deus.
3. Por isso o chamado a maternidade é também um meio de ADORAÇÃO (v.24 E 28).
- Ela não busca ao Senhor somente na angústia e na necessidade; mas lembra de requerer perdão e adorar na bênção.
- E não somente faz isto per si, mas leva seu próprio filho para adorar.
- E adora a Deus entregando seu único filho ao Senhor, como prometerá. Pois sabia que o melhor que tinha a fazer como mãe era levar seu filho a servir a Deus.
Por tudo isso, creio que ser mãe é um chamado ao DESPRENDIMENTO (v.28)
O menino Samuel era seu maior tesouro, era o objeto principal de seu desejo. Era o motivo de não ser mais desprezada. No entanto ela entende que o ela tem não lhe pertence, mas vem e é de Deus.
Louvamos a Deus por nossas mães e rogamos que todas possam ser mulheres que colocam-se dependentes e fiéis. Numa vida de adoração. Mas acima de tudo, louvemos a Deus, pelo desprendimento e amor delas a Deus e a seus filhos.
Mães que ao servirem a Deus dessa forma são exemplos e influem não só em nossas famílias, mas também na igreja de Cristo e na sociedade.
Feliz dias da mães, Pr. Alex R. Carneiro