A TRINDADE NA SALVAÇÃO - Parte 2

II A TRINDADE NA SALVAÇÃO
PROPÓSITO, PLANO, AGENTES e MÉTODOS
“...Assim como nos escolheu nele(Cristo) antes da fundação do mundo, para sermos santos...para adoção de filhos por meio de Jesus...”(Ef 1:4,5)... e “no qual temos redenção, pelo seu sangue a remissão de pecados, segundo a riqueza da sua graça...( v.7) ...o evangelho da vossa salvação, tendo nele crido, fostes selado com o Santo Espírito; o qual é o penhor da nossa herança até o resgate...(v.13).
Através da sua presciência, Deus tinha plena consciência de que o homem iria cair em pecado, antes mesmo de criá-lo. Mesmo assim Ele o criou e planejou uma maneira de redenção, um plano para salvá-lo.

1. A ELABORAÇÃO DO PLANO - Deus que tudo provê e governa foi o elaborador deste plano, e a salvação foi providenciada antes da fundação do mundo( Tt1:2; Ipe 1:2; Rm 8:29; 2Tm1:9 ) ,em “stricto senso” visa apenas os eleitos(Rm8;29 e 30) , e Deus providenciou este plano na pessoa e obra de Seu Filho, foi feita com o propósito de no livrar da culpa, do castigo, do poder e por fim da presença do pecado, e em “lato senso” visou a todos o mundo, pois também inclui a redenção da natureza, o conserto de todas as coisas( Ap 21:1-2). Assim Deus preparou um plano e o dotou de um propósito. Para sua efetivação Ele adotou métodos , no passado, dentro de cada período determinado, desde o Edênico até o Mosáico, no presente, pela vinda do Salvador e ação do Espírito, no período chamado Eclesiástico( da Igreja), e no futuro, pela instituição de seu Reino Eterno.

2. O CUMPRIMENTO DO PLANO - Cristo, na elaboração do plano da salvaçào pelo Pai, voluntariamtente se dispos a executá- lo, a pagar o preço pela injusta ofensa à santidade de Deus( Hb 9:14-15 e Ap 5:8-9; Sl 40:7-8). Realiza-o mais particularmente em Sua encarnação, em Seus sofrimentos e em sua morte(Ef 1:3-14; Is 52:13-15 e Is 53). Começando do “Protoevangelium” – Gn3:15 e através do VT, Deus prometeu mandar seu Filho ao mundo ( Is 9:6; Mq 5:2), e há duas linhas de profecias sobre Ele, viria como Salvador, pela prefiguração dos sacrrifícios ( Sl16:8-10; Dn 9:26; Zc 11:12-13) e Rei ( Dt17:14-20; Jr 23:5; Zc 14:9), para tudo isto se encarnou, para se qualificar como fiel Sumo Sacerdote, como se ensina em Hebreus (5:1-2 e 4:15-16) e poder intermediar nossos pecados diante de Deus. Fez-se Profeta, Rei e Sacerdote. Logo os propósitos principais de sua atuação no Plano da Salvação foi para aniquilar o pecado por sua morte substitutiva ( Jo 3:5-8 ; Hb 9:26b ; Mc 10:45) e como corolário destruir as obras do Diabo( Hb 2:14-15; Jo 12:31), mas não somente isto, porque hoje Ele nos liberta da escravidão do pecado, no futuro porém nos libertará da presença do pecado, na “parusia” (Ap 21:1-7 e 22: 6-7) .

3. A APLICAÇÃO DO PLANO - Certas obras são atribuídas ao Espírito Santo, tanto gerais, o sopro de vida, como especial, no tocante a redenção, cabe assim a Ele a aplicação da Salvação em determinados pontos, podemos relacioná-los em : (1) O preparo e a qualificação de Cristo para sua obra mediadora (Lc1:35, Hb 10:5-7 ; Lc3:22) ; (2) O convencimento do mundo de seu pecado (Jo16: 7-8); (3) A inspiração das Escrituras para revelação do Plano da Salvação ( Ico 2:13; I Pe1:21) ; (4) A formação e aumento da Igreja, pela regeneração e santificação ( Ef 1:22-23 , 2:22 Ico 3:16), (5) Ensino e direção do Povo de Deus (Jo 14:26, At1:5 e 8). Portanto o Espírito Santo dá testemunho de Cristo, convencendo do pecado e guia a Igreja em toda verdade. Fazendo isto Ele manifesta a glória de Deus e de Cristo, aumenta o nosso conhecimento do Salvador, livra de erro a Igreja e prepara o seu destino eterno (Jo 14:26;e 15:26; At 5:32; Hb 10:15; I Jo 2:27).

III – CONCLUSÃO
O Senhor Deus em sua presciência da queda elaborou o Plano da Salvação antes da criação, na eternidade, Cristo voluntariamente se dispôs a cumprí-lo, deixando sua glória e morrendo a morte expiatória e substitutiva de nossos pecados, o Espírito Santo incumbiu-se de aplicar tal plano, pelo derramamento da Graça, convencendo do pecado, regenerando, santificando o povo de Deus e conservando-os para o Reino Eterno.
“Ex positis”, concluímos a nossa miserabilidade e o amor intenso da Trindade para nos conceder tão grande benção imerecida, e o envolvimento do Pai, do Filho e do Espírito Santo para a efetivação desse Plano da Salvação eterno, visando a redenção dos eleitos antes da fundação do mundo.