CHINA - PRISÃO DE CRISTÃOS

CHINA - Autoridades prenderam por dez horas três ativistas cristãos
americanos que estavam fazendo uma manifestação na Praça Tiananmen. O
reverendo Pat Mahoney, da Coalizão de Defesa ao Cristão em Washington;
Brandi Swindell, da Geração Vida (Life Generation) de Boise, capital de
Idaho; e Michael McMonagle, diretor nacional do Geração Vida, conseguiram
se ajoelhar e orar, mas foram levados sob custódia no dia 6 de agosto
após exibirem uma bandeira onde se lia em inglês e chinês: "Jesus Cristo
é Rei".
Policiais à paisana foram ao encontro dos três manifestantes e
discretamente tentaram levá-los para outro lugar. Diante da insistência
dos cristãos em ficar, mais e mais policiais vestidos com roupas informais
começaram a chegar, formando um aglomerado ao redor dos cristãos.
Muitos apareceram com guarda-chuvas e os colocaram bem em frente à
bandeira com os dizeres, numa tentativa de evitar que as pessoas
percebessem o manifesto.

Vídeos mostram a discrição das autoridades chinesasNo youtube (título
do vídeo "American Demonstrators Confronted by Police in Beijing") é
possível ver algumas imagens distantes do momento em que os policiais à
paisana abordam os cristãos. O autor do vídeo também foi identificado e
preso pela polícia chinesa. O vídeo do protesto em que um policial de
bermuda aparece e outro mostrando um aglomerado de pessoas ao fundo pode
ser visto no site do Youtube com o título acima.
Os cristãos foram interrogados, tiveram seus vistos suspensos, celulares
confiscados e foram obrigados a pagar US$ 2 mil para retornarem aos Estados
Unidos, numa espécie de multa e convite forçado para deixarem a China.
"Esse é o momento de expor as práticas repressivas da China", disse
Bandi Swindell. O objetivo do protesto, segundo ele, foi mostrar a
perseguição religiosa e os abusos aos direitos humanos, como a política
do governo chinês de forçar que as cidadãs abortem.
O grupo estendeu a bandeira com os dizeres cristãos na praça onde em
1989 estudantes foram mortos em um massacre quando pediam por democracia.