ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - Parte 3

ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - PARTE 3
Refletindo sobre casos e atitudes
Podemos tentar compreender alguns conflitos e nosso modo de lidar com eles a partir de algumas visões ou respostas ao tratarmos de certas situações. Tomemos como exemplos as frases abaixo.
- “quando eu vejo ( ou estou) com ele (pessoa ou problema) simplesmente não consigo me controlar”;

- “Pau que nasce torto morre torto”;.....

- “o que não tem remédio remediado está” . Isto é, dDiante de alguns problemas a saída é se acomodar ou fugir”.

As frases acima são um exemplo de que, em geral, diante dos problemas, muitos de nós adotamos como postura, ou respostas, ditos populares ou visões pessoais motivados por nossas emoções e que nos afastam da realidade do conflito. Contudo, ao enfrentar nossos problemas buscando soluções precisamos ter uma visão real dos fatos e das pessoas. Precisamos olhar para nossa vida honestamente, sem fugas, ilusões ou sonhos. É preciso que vivamos de modo a tratar a responsabilidade do problema de modo claro. Por isso muitos profissionais, como advogados, médicos e psicólogos não tratam seus próprios problemas ou de seus parentes. Para tratar de conflitos precisamos de objetividade.

A partir das expressões apresentadas, gostaria de pensar um pouco sobre nossa postura diante dos problemas ou de nossos conflitos de relacionamento, e de modo breve, sugerir como primeiro passo para enfrentarmos as coisas ruins que acontecem conosco, uma visão objetiva da realidade.
Se não vemos os conflitos e problemas objetivamente, não vemos a realidade, logo não trataremos da origem dos problemas. Não é isto que a Bíblia nos recomenda, pois quando Jonas quis fugir Deus o trouxe( Jn 2 e 4). Quando Elias fugiu de Jezabel Deus foi ao seu encontro é o fez ver as coisas objetivamente ( 1 Rs 19).

Por isso precisamos tratar das visões segundo as expressões acima. Primeiro, a expressão “quando eu vejo( ou estou) com ele (problema ou pessoa) simplesmente não consigo me controlar”, isto é, não sei porque faço isso, ou digo isso, significa que vivo com meus sentimentos e ações condicionados pelas circunstâncias ou pelo outro. Em regra o sentimentos que temos é de sem ação, sem condições de reagir, sem esperança. O importante é sabermos que o ambiente e as pessoas podem nos influenciar, porém não devem ditar nossas reações e/ou vidas.

A segunda: “Pau que nasce torto morre torto”;...“o que não tem remédio remediado está”; nós coloca diante da perspectiva que tudo é inútil pois as circunstâncias ou pessoas não mudam, ou pior, eu não sou capaz de mudar. Ficamos tão cansados que não conseguimos ver luz no fim do túnel. Jacó, Nabucodonozor, Pedro, Tiago e Onésimo ( da carta de Filemon), e centenas de biografias, como Confissões, de Agostinho, são exemplos que as pessoas e circunstâncias podem mudar. Em Cristo, nós somos exemplo disto. Logo, precisamos olhar para realidade com perspectiva que há respostas ou saídas para nós, ainda que as vezes não seja a que esperávamos ou queríamos.

“O que não tem remédio...”, isto é, “as vezes a saída é se acomodar ou fugir(se esconder). Esta visão ou postura é inadequada porque pode nos limitar. É fato que há problemas que exigem aceitação, porém aceitar a realidade imutável não é deve gerar acomodação ou fuga. A expressão “a minha situação não tem jeito”, em regra, é a resposta de quem está sem esperança, a um passo da depressão ou do desespero.

Buscar uma visão objetiva da realidade é recusar como verdadeiras as expressões acima ou os ditos populares. É não deixar que, simplesmente, nossas emoções ou achismos conduzam nossas ações, ou seja, é não olhar para as circunstâncias e conflitos subjetivamente, apenas com nossas expectativas(que podem ser falsas ) ou com nossas emoções. Elias não estava só, pois mandou seu moço embora e ignorou a conversa que teve com (1Rs 18.13 e 14), no entanto por medo e pela dor de enfrentar os problemas pediu a morte, e depois declarou a Deus (1Rs 19. 10e14), “eu fiquei só”.

O que fazer então? Que posturas ou visões podem ser sugeridas para esta objetividade?