UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO ESPIRITUAL

UM OLHAR SOBRE A INCLUSÃO ESPIRITUAL

Deus é claro em demonstrar seu desejo de ações em favor da inclusão e responsabilidade social, não sem motivo que seu grande livro de sabedorias declara:
“Abre a tua boca a favor do mudo, a favor do direito de todos os desamparados” (Pv 31.8).

Jesus em sua obra redentora inclui e foca todos que precisam de amparo e os que apresentam necessidades especiais. Jesus, logo após de sua passagem pelo deserto, volta para região da Galiléia, e chegando em Nazaré, entra na Sinagoga, no sábado (dia de culto) e levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías (Cap. 61, escrito a cerca de 400 anos antes); e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” ( Lc 4.14 a 21).

Uma vez que a Palavra de Deus nos ordena a inclusão e responsabilidade social e que o próprio Senhor Jesus se faz protagonista da principal de nossas necessidades – a espiritual. E que o ministério de Cristo mostra sua visão de cuidado integral do homem. Ao falarmos de inclusão, torna-se imprescindível refletirmos, ainda que brevemente, sobre ações que cuidem também da inclusão espiritual de pessoas com necessidades especiais.

Pela graça de Deus, tivemos a benção, em nosso ministério, de vivenciarmos ações de inclusão espiritual de pessoas com deficiência auditiva e uma jovem com distúrbios de aprendizagem causados por deficiência neurológica que atingiam sua maturidade mental. Em ambos os casos, cremos que em regra geral, podemos propor as seguintes ações contribuintes para a inclusão espiritual:
1- A conscientização da igualdade de oportunidades e da nossa missão cristã de inclusão;

2 - O treinamento e preparação de equipes para se relacionarem com as pessoas com necessidades especiais, respeitando suas particularidades e restrições específicas;

3 – A criação ou aquisição de material didático ou de linguagens (como LIBRAS etc.) adequados a comunicação e aprendizado a pessoa com necessidade especial (às vezes materiais infanto-juvenis são mais objetivos e simples e com um espectro audiovisual melhor). Há entidades que doam material em Braile ou com áudio-mensagens.

4 – Estabelecer ações e eventos que permitam a ambientação e integração da pessoa com necessidades especiais a comunidade;

5 – Envidar todos os esforços para que essa pessoa possa aprender e conhecer o amor de Deus por ela.

6 – Preparar atividades que possibilitem a pessoa com necessidades especiais a desenvolver suas capacidades no meio eclesiástico e social.

7 – Ter sempre a humildade de saber que todos nós temos necessidades emocionais e espirituais e que nossas diferenças não nos fazem melhores nem piores, mas simplesmente, pessoas que podem contribuir, juntas, para o crescimento um do outro.

Deus nos ajude e abençoe.
Pr. Alex e Anna Paula Carneiro
Face: Diálogo Cristão