Vida Frutífera - Parte 2

Lição 2
Textos Chaves: Jo 15. 8 a 12

A vida humana saudável deve ser uma vida frutífera. Pois a vida em Cristo, surge pelo Espírito e se desenvolve gerando coisas boas pela operação desse Espírito.
O Texto de João nos fala disso apontando o perfil de nosso caráter ligado a Cristo como uma vida que deve dar muito fruto. Isto é uma vida que deve ser frutífera.
Frutífero é qualidade do que dá muito fruto. Que tem frutificação. Frutificação que se define por aquilo que dá fruto, pois é o ato ou efeito de frutificar. Que produz uma conseqüência benéfica ou vantajosa. Sendo até mesmo sinônimo de desenvolvimento.
Assim a VIDA FRUTÍFERA é aquela que tem desenvolvimento e produz benefícios.
Este é um ponto importante ao falarmos dessa vida frutífera. Uma vez que em nosso caso essa frutificação só é possível em Cristo, por meio do Espírito. E que o “dar muito fruto” de Jesus para glorificar o pai está inserido no contexto de amar uns aos outros. O que nos revela que a frutificação em nós tem tanto um fator pessoal como relacional.
De Cristo flui vida em nós para que por nós se gere mais vida. As qualificações da frutificação produzida pelo Espírito em nós conforme Gálatas 5.22 envolve tanto elementos de caráter formativo de nosso caráter como reflexivo em nossos relacionamentos.
A Paz é pessoal, mas também relacional porque reflete a confiança em Deus em nossos relacionamentos. A alegria é formativa, pois constrói uma atitude positiva em nós e que reflete na vida dos que convivem conosco.
Mas antes de pensarmos em como desenvolver esse fruto em nós e em nossos relacionamentos, precisamos pensar em alguns fatores essenciais a frutificação. O que desejo chamar de adubos espirituais – atitudes que nutriram nossa frutificação, pois são requisitos para que a nossa dependência de Cristo – de “sem Mim nada podeis fazer” se efetive.

O primeiro adubo espiritual é a DEVOÇÃO. Devotar é se dedicar de modo intenso. Em nosso caso a devoção está ligada a Deus que nós da vida, é único e que requer de nós está atitude – daí os primeiros quatro mandamentos de Ex 20.
Intensidade de dedicação que requer a reconhecimento da importância a quem se devota e a consciência de dependência de quem vamos nos dedicar.
Por isso Satanás afastou do homem no Éden a reverência e temor a Deus, pois assim o homem se afastaria da ordem dada pelo Senhor de “sede fecundos”, bem como seguiria sua vida sem a dependência e devoção a Deus, pela busca de ser ele mesmo deus.
Essa perspectiva nos aponta para a oposição do egocentrismo contra o teocentrismo da vida frutífera e devotada a Deus (Mt 27. 37 a 40).
Daí a ligação de Cristo em João e Deus no Éden. Pois o homem foi feito para frutificar, mas não poderá fazer isso se não estiver centrado em Deus. Pois ele é a fonte de nossa frutificação.
Não vida que produza fruto do Espírito se não estiver a ele ligado por uma intensa dedicação ( 1 Co 10.31 e Cl 3.22).
Assim nossa frutificação pessoal (formativa de nossa caráter cristão) e relacional (como canal de graça na vida das pessoas) não ocorrerá se não nos devotarmos a Deus, nos dedicando e, portanto, nos submetendo ao Espírito (1 Pe 2.13).
A frutificação passa pela devoção porque todas as qualificações que podem ser produzidas pelo Espírito em nós são para nos encher de coisas que são agradáveis a Deus e que o glorificam em nossas vidas e em nossos relacionamentos. Assim o fruto do Espírito se torna uma expressão pratica de nossa reverencia e amor a Deus.
Não sem motivo que nosso Senhor nos diz (Jo 15.8 a 12):
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.
Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
Estas coisas vos tenho dito, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”.
CONCLUSÃO
A nossa reflexão portanto é:
A quem tem sido minha devoção?
A quem tenho atendido aos meus interesses ou de Deus?
Aquilo que faço tem sido para Deus, ou no fundo está ligado a minha imagem, meu conforto nos relacionamentos, ou até meu medo de reprovação?
Quem é o centro de minha dedicação: eu ou Deus. Qualquer outra coisa fora disso é idolatria – devoção a outro ídolo que não Deus.

Pr. Alex Ribeiro Carneiro