Vida Frutífera - Parte 14

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Lc 18.14 e Jo

Lição 14 – O Senhor Jesus: o mestre da humildade

Vimos vários aspectos essenciais para uma vida produtiva em Cristo. Dedicação. Dependência. Reverência e Amor são alguns desses aspectos. E ao olharmos para esses pontos e para aquilo que o Espírito Santo pode produzir precisamos refletir sobre a humildade.
Sobre a virtude que nos dá o sentimento de nossa fraqueza. A postura de modéstia, de voluntariamente se submeter a alguém ou a uma condição.
A necessidade de nos debruçarmos sobre essa virtude, surge por alguns aspectos:
1º - As qualidades de nossa vida espiritual frutífera, como já vimos, vem de nossa submissão ao Espírito. Submissão que se expressa por nossa disposição de nos colocarmos debaixo da orientação do Espírito de Deus. Não é sem motivo que a Palavra nos diz:
“Andai no Espírito, e não satisfareis a cobiça da carne” (Gl 5.16).
Logo, andar aqui é ter a humildade de reconhecer nossas fraquezas e de entender que precisamos ação do Espírito em nós. E não podemos ter essa visão e sem sentimento de humildade.
2º - Não podemos perder de vista que nosso Senhor e mestre, Jesus, é um modelo de humildade. Sobre isso a Palavra de Deus nos exorta (Fp 2.5 a 8):
“Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus,
o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.
O modelo de humildade de Jesus foi demonstrado em seu ministério.
Ele demonstrou toda sua humildade não só se submetendo a cruz, como também servindo a seus discípulos.
Ao tratarmos do modelo de humildade e serviço de Jesus, o chamado “lava pés” é importante para nos mostrar a intensidade do ministério da humildade de Jesus. Bem como é uma fonte que nos apresenta seu mandamento, sua ordem de vivermos como discípulos que, como seu Mestre, humildemente servem e amam.
Ele nos disse: (Jo 13. 3-5; 12-17 e 33-35).
3 Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que viera de Deus e para Deus voltava,
4 levantou-se da ceia, tirou o manto e, tomando uma toalha, cingiu-se.
5 Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
12 Ora, depois de lhes ter lavado os pés, tomou o manto, tornou a reclinar-se à mesa e perguntou-lhes: Entendeis o que vos tenho feito?
13 Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou.
14 Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
15 Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.
16 Em verdade, em verdade vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.
17 Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.
33 Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Procurar-me-eis; e, como eu disse aos judeus, também a vós o digo agora: Para onde eu vou, não podeis vós ir.
34 Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros.
35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

3º - Uma vez que nossa condição é de servo e discípulo. Daqueles que se submetem a Seu Senhor buscando repetir suas ações. Precisamos buscar no submeter ao modelo do ministério de Cristo para produzir seus frutos. Por isso insistirmos nas palavras do Senhor Jesus em João 15 (4 e 5):
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”.
4º Preciso pensar sobre humildade, porque preciso confessar minhas fraquezas. Preciso refletir quantos vezes digo, faço ou penso o que não devo.

CONCLUSÃO
Precisamos buscar viver como discípulos que servem a Seu Senhor seguindo seu modelo de amor.
Isso requer de nós uma visão e postura de humildade. Pois, nosso amor a Deus e nosso amor ao próximo, ambos expressos em servir, só ocorrerão se nos submetermos a Deus e ao outro.
Desta forma, queremos ratificar nosso proposta, dizendo que precisamos nos debruçar sobre os diversos aspectos e valores da humildade para que efetivamente possamos ter o Espírito operando em nossas vidas e por meio de nós, nos conduzindo a uma vida de discípulos, que em humildade, produzam muito fruto, glorificando a Deus e abençoando ao próximo .
A humildade é não só um requisito para que o Espírito possa operar em nossas vidas, mas também uma benção para nos aproximar da vontade de Deus, glorificá-lo, gozar de suas bençãos e abençoar o próximo.
E não esqueçamos que o Cristo nos mostrou toda a força da humildade, pois deixou sua glória para nos salvar, se obedientemente se entregando a morte na cruz (Fp 2.5 a 11).
Devemos ter a humilde consciência de saber que jamais seremos capazes de expressar a intensidade do amor de Deus.
Mas tenho certeza que humildemente nos submetendo ao Espírito podemos ser reconhecidos como seus discípulos.

- Somos realmente humildes?
- Reconhecemos nossas fraquezas?
- Submetemos essas fraquezas a força do Espírito?