Vida Frutífera - Parte 28

Pr. Alex R. Carneiro Textos Chaves: - Gl 5.22 e 6. 10

Lição 28 – BONDADE, O EXERCÍCIO DA BENIGNIDADE.
A benignidade é o sentimento ou disposição de desejar a felicidade e o bem do outro. A bondade é a ação que concretiza esta disposição. A benignidade está na esfera íntima e a bondade na relacional.
Pode parecer despretencioso que benignidade e bondade sejam tratadas juntas, mas se pudermos dizer algo sobre isso, é o fato de que a bondade é a benignidade em ação, daí seu tratamento em conjunto.
Posso desejar que alguém receba coisas boas ou receba ajuda em alguns momentos, mas posso não contribuir para isso. Posso ter boas intenções, mas essas não bastam. É importante que eu possa contribuir para que esse sentimento se concretize, para que ele se transforme de benignidade em bondade. Por isso elas devem andar juntas.
Gálatas 6.10 fala da oportunidade para isso. Entendemos que essas qualidades concedidas pelo Espírito podem se manifestar por meio de um simples sorriso, um obrigado até pela ajuda com uma dificuldade de alguém. Por isso essas qualidades produzidas pelo Espírito devem nos ser levar a refletir sobre benignidade e bondade quanto nossa identidade cristã, o testemunho e seu campo de atuação.

1 - Benignidade e bondade são da natureza cristã. Somos feitos para sermos benignos e bondosos. Ef 2.8 a 10 nos mostra isso ao dizer que fomos salvos para as boas obras que de antemão Deus preparou para que andássemos nelas.
A Bíblia nos dá exemplo de identificação do exercício de uma vida frutífera por meio da benignidade e bondade em 1 Tm 5.9,10 falando sobre a conduta das viúvas. E mesmo tratando sobre viúvas, precisamos lembrar que assim como elas em 1 Tm, somos cristão. Desta forma, suas condutas não são exclusivas das mulheres, ou só para viúvas, são recomendadas a elas, mas no conjunto bíblico podemos entender que cabe para todos nós.
Se o Salmo 23 nos diz que a bondade e a misericórdia nos seguirão todos os dias de nossas vidas e tantos outros Salmos falam da bondade e misericórdia de Deus, e se somos feituras Dele para as boas obras, fica claro que faz parte de nossa natureza cristã a benignidade e bondade.

2 – Testemunho. Por ser da natureza do crente, a benignidade e bondade nos dão a oportunidade de nos aproximarmos do caráter de Cristo, da bondade de Deus. Portanto, contribui com nosso testemunho. Vejamos o que a Bíblia nos fala sobre isso em Lc 6.35, Rm 2.4 e Tt 3. 4,5.
E nesse caso fica claro que ainda que o texto de Gl 6.10 nos fale dos irmãos, não podemos ser benignos e bondosos apenas com as pessoas que gostamos ou simpatizamos.
É fato que ela deve ser exercida prioritariamente em casa e na família da fé, mas o texto ao falar isso não exclui os outros, pois inclui a todos, dando prioridade ao que estão próximos. O que faz com que a benignidade e bondade sejam excelentes meios de exercitarmos a graça e a misericórdia.

3 - Campo de atuação. Como a bondade e benignidade devem visar o bem, englobam dificuldades, necessidades do convívio cotidiano, precisamos entender que elas se aplicam a nossas lutas tanto nas questões materiais quanto espirituais e emocionais. Não devemos pensar nelas apenas nas questões físicas ou materiais.
A benignidade e bondade são importantes e devem nos levar a sair do simples campo abstrato, da simples disposição mental ou da vontade para o campo concreto. Assim, podemos dizer que não basta pensar ou querer devemos também fazer. Nesse caso, fazer o bem em casa, na igreja, no trabalho, na sociedade etc.
Em casa (1 Tm 5.8) – assumir tarefas desagradáveis são boas para o exercício do bem. Se colocar pronto a cooperar nas dificuldades de convívio são outra boa forma de desenvolver a benignidade e bondade.
Na igreja (Gl 6.10) temos um grande campo para desenvolver tais qualidades por meio de uma vida frutífera cheia de ações que abençoe o corpo de Cristo e os irmãos individualmente. Neste ponto, entendemos, que é necessário um alerta. Não transfira a oportunidade que Deus está lhe dando para fazer o bem para a igreja. Às vezes para não nos expormos usamos o discurso que isso é com a liderança, com o pastor, com a administração. Que não levo jeito. Mas não esqueça, não estamos falando de um dom, mas de ações produtivas de manifestação do fruto do Espírito por meio de nossa vida cristã. O que é uma responsabilidade de todo crente.
No trabalho podemos desenvolver essas qualidades olhando para nossa atividade profissional como mais um meio de graça que Deus nos deu. Como uma vocação. Um chamado para desenvolver minhas habilidades pessoais de modo a abençoar pessoas e contribuir para o bem de suas vidas e para o negócio ao qual faço parte como colaborador. Conselhos, ajuda, apoio, orientação a um profissional menos experiente, um trabalho bem feito tudo isso são formas de desenvolver essas qualidades.

CONCLUSÃO
Se considerarmos nossa vocação cristã em todas as áreas de nossas vidas, poderemos ver várias oportunidades de fazer o bem e transmitir graça. Se ficarmos atentos, descobriremos várias oportunidades para bondosamente exercitarmos a benignidade em situações corriqueiras e extraordinárias (Mt 9.36), para isso precisamos entender que fazer o bem é uma responsabilidade cristã.