PECADORES NA MÃO DE UM DEUS DE AMOR - PARTE II

PECADORES NA MÃO DE UM DEUS DE AMOR - PARTE II - “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo” Tiago 2.13. Com base neste texto iniciamos nossa reflexão dizendo que juízo e misericórdia estão diretamente relacionados com Deus. Falamos do significado das palavras no Velho e Novo Testamento, e propusemos os conceitos de juízo como Deus operando ou aplicando a pena que merecemos e misericórdia como a dispensação de Deus sobre nós de sua graça, seu favor imerecido diante de nosso pecado.
Afirmamos, ainda, que a época de Tiago, no período de Edwards e, também, atualmente, vivemos a mesma realidade. Uma vida benefícios e sem querer assumir os ônus da vida cristã. Explicamos que isto significa que, muitas vezes, desejamos os benefícios, mas, sem assumirmos o ônus da postura correspondente a graça que recebemos. Por isso o apóstolo Paulo escreve aos colossenses e declara “revesti-vos pois como eleitos de Deus” (Cl 3.12) – e em seguida dá as recomendações de como se revestir como benditos da graça. Por isso falamos muito em bênção, poder e determinação. Porém, ouvimos ou falamos pouco de serviço, pecado, justiça.
E creio que esta é a grande questão porque, as vezes, nos falta entender a profundidade da graça. Pois se não entender a justiça de Deus não entenderemos sua misericórdia. E sem entendê-las não entenderemos a amor de Deus e a raiz ou conteúdo de nossa vida de santidade.
Daí o nosso tema e o motivo de propormos as reflexões: por que Deus julga? Por que Deus opera misericórdia? Por que devo buscar a retidão (santidade)?
Mas antes de pensarmos na primeira, gostaria de dizer que espero que singeleza e objetividade de nossa exposição seja na verdade, o início de sua reflexão e pesquisa sobre o assunto. Mas por que Deus julga? DEUS JULGA PORQUE É SANTO E JUSTO (v. 13a). Em Ap 20.11 a 15 nos aponta como será o julgamento de Deus. Paulo escrevendo na sua Segunda Carta a Timóteo declara que sua “coroa de justiça está guardada, a qual o Senhor reto juiz” o dará, e para todos que amam a sua vinda. A parábola dos talentos nos mostra o Senhor justo tomador de contas. Pela sua santidade e justiça todos nós deveríamos ir para o inferno, pois não há um justo se quer. Muitos a ver a sua glória e santidade se prostraram em terra. Isaías no capítulo seis de seu livro nós dá uma clara ilustração de qual seja a santidade e glória de Deus ( Is 6.1-7). Adão e Eva no Éden se esconderam de Deus após pecarem, infringirem a santidade de Deus, e coseram roupas de folhas de figueira, a fim de fugirem da santidade de Deus (Gen 3. 6-20). Não há, portanto, como falar de um Deus santo e justo que não julgue o pecado. A santidade, retidão e consequente, justiça, requerem que Deus aplique uma pena uma sanção ao pecado. Exige que Deus julgue a transgressão a desobediência a sua ordem. A infração a Sua santidade e retidão. Como humanos nos indignamos com as infrações e ilegalidade que não são julgadas e punidas, como podemos querer que Deus não use de juízo, ou como não queremos aceitar que Deus julgue. E é claro que neste caso precisamos ter consciência que diante da santidade de Deus “não há um justo se quer, não quem busque a Deus” Rm 3.10-12 e Sl 14.1-3. E portanto somos “indesculpáveis se julgamos quem quer que seja, porque no que julgamos... nos condenamos” Rm 2.1. Isto é, todos estamos debaixo deste juízo.
Contudo há uma grande benção neste juízo. Ele demonstra a profundidade da graça de Deus. Que reconhecendo nossa impossibilidade de pagar a pena do pecado, aplica seu juízo, no entanto, paga o preço de nossa pena. E “a vós outros o que estáveis mortos pelas vossas transgressões... e vos deu vida... perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida que era contra nós...” Cl 2.13, 14.
Por que, então, do juízo de Deus? Com certeza por causa da Sua santidade. Mas está não é a única e principal causa. Contudo para sabermos isso precisamos nos debruçar na segunda reflexão: Por que Deus opera misericórdia?

Se desejar compartilhar conosco sobre o tema, o precisar de alguma ajuda ou aconselhamento, teremos prazer em atendê-lo e conversar pelo e-mail
Pr ALEX RIBEIRO CARNEIRO - pr.alexcarneiro@gmail.com
Deus o abençoe profundamente.

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