ADUBANDO E RESTAURANDO O JARDIM DO CASAMENTO - Parte XIX

ADUBANDO O JARDIM: A SEXUALIDADE - Parte 19
Uma questão delicada: PENSANDO NA GRAMA SECA DO DIVÓRCIO

Ao falar do jardim do casamento precisamos ter em mente que casamento é uma união permanente (Mt 19.6) que traz em seu desenvolvimento alguns aspectos importantes para o cuidado com a vida conjugal e também da secura de uma separação.
Precisamos lembrar que ele exige reverencia e cuidado porque:
- Tem origem DIVINA: Deus o instituiu – (Gn 2.24,25). È regulado por nossa legislação civil, mas foi o nosso Deus que o criou e portanto requer reverencia me seu trato.
- Tem um fator SOCIAL – é pactuado perante testemunhas e se desenvolve dentro de uma comunidade (Pv 2.17 e Ml 2.14)
- É RELACIONAL - se desenvolve em intimidade e fidelidade física e emocional (Ml 2, G 2.24 e 25, Ef 5.33)
- É ESPIRITUAL – exige cuidado, obediência e pureza bíblica (Hb 13.4). Portanto, não deve ser tratado como mero contrato legal.
Mesmo diante dessa perspectiva, sabemos que muitas vezes a falta de observância desses aspectos tanto podem gerar certas dificuldades e sofrimento como, infelizmente, podem desembocar em divórcio.
Afinal, nenhum de nós está isento a falhar em alguns desses aspectos, pois “enganoso é o coração...” (Jr 17.9). Por isso a poligamia e o divórcio foram aceitos no V.T. mesmo sem serem autorizados por Deus e trouxeram tantas dificuldades e problemas, Abraão e Sara que o digam, bem como a própria história de Salomão resultou em grandes problemas por ferir esses pontos.
Por isso a questão do divórcio foi levado ao Senhor Jesus. Na ocasião o termo usado para adultério por Jesus foi “pornéia” – imoralidade ou falta de pureza sexual no casamento – falta de fidelidade. Citada por Deus no livro de Malaquias mostrando toda a implicação da falta de lealdade sobre nossa adoração, crenças e princípios e, consequentemente, ao nosso casamento (Ml 2.11 a 16). Gostaríamos de ressalvar que, falamos de infidelidade não apenas nos aspecto sexual, mas em todas as partes e promessas feitas em nossos votos conjugais.
A pergunta feita a Jesus (Mt 19 e Mc 10) tinha como fonte a discordância das escolas de Hillel e Shammai. Para Hilel qualquer motivo seria justo para o homem conceder carta de divórcio. Para Shammai só caberia o divorcio em caso de infidelidade da mulher.
A resposta de Jesus aponta para o princípio é do não divórcio, pois a perenidade do casamento deve ser buscada. Sem permitir o Senhor entende ou podemos dizer que se aceita o divórcio - “pela dureza de vosso coração”; e pelo “repúdio” de um dos cônjuges (Mt 19.1-9 e Mc 10.1-12; 1 Co 7). Neste caso a falta de dignidade no trato (violência física ou emocional) se enquadra no repúdio (implícito) por ferir o principio de amor ágape e de honra e respeito (Ef 5. 25 e 33).

A possibilidade do novo casamento - ao entendimento do termo “repúdio”, pois se há adultério e o cônjuge adúltero rompe com o casamento de modo definitivo, trocando o casamento pelo “caso” ou por outro modo de viver a aceitação de novo casamento é cabido. Uma vez que o cônjuge abandonado ou deixado estaria livre “da servidão – do dever de servir (1Co 7.27 e 28).
O divórcio traz muitas dificuldades para o desenvolvimento de nossos ministérios (se o líder for adúltero), pois feri diretamente nossa relação com o cônjuge, com Deus e reflete sobre a igreja/comunidade.
Na verdade o efeito é duro e forte para toda a família (até para netos). Diria tão forte quanto as lutas da restauração, mas essa tem como positivo a fato de poder fortalecer a relação e abençoar quem concede e quem recebe o perdão (o que inclusive nos aproxima da postura misericordiosa de Deus).
Não podemos jamais levantar críticas aos que se divorciam, pois o casamento é o relacionamento de maior exposição de uma pessoa. E no caso de separação a quebra de confiança, o repúdio ou a desonra são difíceis de serem restaurados e até vencidos. Por isso cremos que nosso Senhor deixou claro que apesar de não permitir, como Pai, Deus aceitava a circunstância, mas desde que fundada em parâmetros que atingissem a santidade, fidelidade e dignidade do cônjuge.
Na verdade, o melhor é batalharmos cuidando bem de nosso jardim conjugal, nos esforçarmos para viver fieis a todos nossas promessas, nos afastando das tentações mundanas e das possíveis agruras de um divórcio.

Deus o abençoe!
Pr. Alex R. Carneiro
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