LIDANDO COM OS CONFLITOS FAMILIARES E CONJUGAIS - Lição 2B

ANSEIOS DA DOR LIÇÃO 2 - JÓ 19
Parte 2

1) ANSEIO PELO DESABAFO - V. 1 a 12
- Amados a dor nos aperta, nos quebra. O sofrimento nos deixa abalados, e por vezes desejamos, gritar, chorar. Encontrar alguém que ouça nossa queixa.
- Se seu sofrimento não é consequência de seu pecado, desabafe, procure pessoas para ouví-lo. Chore aos pés de Cristo. Deus permitiu o desabafo de Moíses quando estressado por tantos problemas do povo, e usou seu sogro para ajudá-lo a aliviar seu fardo.
- Deus permitiu o desabafo de Jesus-homem no Getsemani, pois entendia o tamanho de sua dor e do fardo de nossos pecados.
- Por isso chore aos pés do Senhor. Mas se seu sofrimento é conseqüência de seus pecados, chore, mas arrependa-se e confesse os a Deus, que é pronto a perdoar ( porém não confunda responsabilidade, arcar com ônus de seus atos, com os ocasionais sofrimentos da vida).
De qualquer modo divida sua dor. Eis o próximo passo ou necessidade de...

2) ANSEIO PELO AMOR FRATERNAL - V. 13 a 18
O maior abandono e dor que sentimos é aquele que vem de nossa casa. Jó estava só, sem nenhum ente querido; tornou-se insuportável para eles. Mas nos versos de 13 a 18 o que ele deseja mesmo e que isto não fosse verdade. Ele estava só, e com certeza, o que mais lhe faltava era amor da família a presença dos filhos.
- Queridos pais, filhos e irmãos há coisas que todos nos precisamos aprender, mas a hora do sofrimento não é o melhor momento. contudo deixar aprender não deve excluir o ombro amigo.
- As vezes pais e mães cristãs fieis querem julgar no lugar de Deus, a nos cabe ensinar, o juízo pertence ao senhor. Deus nos fez como família para ampararmos uns aos outros. Para mãe dar colo; para o pai dar o apoio material e ambos de aconselhameto. Para filhos carregarem os pais bêbados, para entenderem e abraçarem os cônjuges brigados. Para maridos entenderem a fragilidade e sensibilidade emocional de nossas esposas. Para as esposas suportarem e compreenderem a dificuldade de ter que sustentar a família. Para ambos se amarem profundamente e aceitarem os defeitos e mazelas um do outro.
- Deus quer ver em nós refletido o seu grande amor de Pai. E as pessoas na dor no sofrimento querem ter de nos entes queridos o amor incondicional. Não podemos mudar os membros de nossas famílias e devemos amá-los. Isto pode ocorrer se tentarmos melhorar a nos mesmos, buscando entender suas dores e estendendo carinho, isto sim alivia a dor da alma, a dor da falta de relacionamentos.
- Meus irmãos será que já tentamos tudo? Será que já suportamos o alge da dor? Será que já amamos o máximo. Deus o grande pai e Cristo no senhor, suportaram a dor até a morte e nos amaram até o fim.
3) ANSEIO POR UMA AMIZADE SINCERA V. 19 a 22

- Muitas vezes a única coisa que nos resta na dor são os amigos. Jó suplica por estes no verso 21. Ele pede alem da amizade a compaixão. A solicitação de sentirem no coração a sua dor.
- Mas ao invés disto eles os persegue com teorias teológicas fundadas não no conhecimento de Deus, mas do entendimento religioso judaico, no qual Jó estava sendo castigado porque estava em pecado. 15.4; 8.3 e 4, e assim se dá durante os capítulos 3 e 37 de Jó. Ao invés de amizade recebeu legalismo.
O drama cósmico do capítulo 1 e 2 deixa claro que a pecaminosidade Jó não era verdade. Bem como não é verdade como acham alguns que Deus permitiu a aflição diabólica a Jó por capricho para vencer a Satanás. Ou como diria C.S. Lewis em seu diário de luto, escrito após a morte de sua mulher, nas suas dúvidas de dor “seria Deus um sádico cósmico?”.
Não em verdade Deus quer deixar claro que deve ser reverenciado e adorado só porque é Deus, e que seus filhos fiés não o amam por mera troca ou interesse, mas sim porque entendem e sabem quem Ele é, portanto para Deus Jó é um caso de fidelidade, de integridade na adversidade. Portanto muito diferente do que muitos santarrões e fariseus pensam Deus não tem obrigação de nos abençoar sempre, bem como o sofrimento nem sempre é disciplina;.pode ser muito mais um caso de fé.
- Assim sejamos amigos sinceros. Que os nosso discursos de ombro amigo sejam não de julgamento, mas de apoio, aconselhamento ou, se realmente necessário, exortação em amor, como bem recomenda a Bíblia.
Aos sofredores digo, busquem amigos, criem amizades. A dor deve e pode ser repartida, não é falta de fé ou fraqueza compartilhar mas é reconhecer nossas limitações e permitir a comunhão.
Irmãos, igreja dividamos nossos fardos.
Mas ainda assim se estivermos abandonados... , pela família (se a mãe for capaz de esquecer o filho que gerou). E se nos crentes não praticarmos o amor ao próximo, Jó deixa claro que não estamos só, ele anuncia o redentor, Jesus. Que em Mt 11.28 nos convida “vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei...”

4) ANSEIO PELA REDENÇÃO V. 25 a 27
Mas ainda assim se nos sentirmos ou estivermos abandonados pelos amigos, família. Se nós crentes não praticarmos o amor ao próximo, Jó deixa claro que não estamos só, ele anuncia o redentor, Jesus. Que em Mt 11.28 nos convida “vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei...”
Nos verso de 25 a 27 apesar das suas dores, do abandono, da opressão e desespero. Jó faz ressurgir em seu peito a fidelidade, a fé, a esperança, Jó consegue ver que em verdade ele não estava abandonado. De modo poético Jó anuncia sua esperança, seu anseio e certeza, profetizando o próprio Cristo.
Como declara F.Davidson ; “ Jó olha para o futuro para encontrar reacendida a esperança que o presente lhe nega”... Jó tem “a visão de alguém que defenderia a sua causa”. O anseio maior de Jó era que ainda que estivesse em grande sofrimento. Sendo justo e fiel sofria. Ainda assim Deus o daria alívio e seu justificador seria seu jubilo e descanso.
Amado a sua dor é grande creia em Deus, agarre-se a Jesus. Quando tudo lhe faltar. Quando estiver em busca de respostas, tenha esperança, apóie-se no redentor, como Jó, creia que nosso redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Creia, a dor do presente é grande. E por vezes nos sentimos sozinhos, mas o melhor estar por vir. A ressurreição. A glória dos céus onde não haverá choro, tristeza, nem dor. A vida pode ser difícil, as lutas são grandes mas nosso Deus nos permitiu por sua grande graça e misericórdia a bênção dos céus.
E é maravilhoso que Deus não se mantém calado para sempre. Os capítulos 40 a 42 trazem o diálogo de Deus com Jó e a revelação a Jó da grandiosidade e da bondade de Deus. ( 40.1 a 7; 42.1 a 7 e 42.10 e 11).
O QUE ISTO NOS ENSINA?
Que penetrar no livro de Jó é como invadir o sentimento do próprio homem.
Do homem que perde a benção material, a alegria dos filhos; o apoio dos amigos; o amor da esposa, o respeito dos servos. É viver a dor de se sentir só e sem saída.
Que entender e ler este livro poético é vislumbrar o drama da dor em sua mais vívida e sincera realidade. Jó nos traz: fidelidade; solidão; desabafo; desamparo. Jó mostra que os justos também sofrem. Que o justo também é difamado: “os amigos o declaram pecador”. E ele no seu íntimo o sabe de seu caráter e sofrimento. E por alguns momentos até titubeia achando que está sendo castigado.
Entretanto, o livro fala de drama e sofrimento; de dor física; da confusão emocional e da dúvida psicológica. Mas acima de tudo, este livro fala do próprio Deus como senhor provedor e soberano. Fala de um Deus que pode e deve ser adorado por si só; pela sua santidade e glória, acima de qualquer circunstância. Ainda quando estamos sem respostas.
E que este Deus não nos abandona ou castiga, mas que nos ama, e confia em nossa integridade e justiça. Por isto ele nos permite alívio através de legítimos anseios, que em verdade são refrigérios para o sofrimento
Irmãos dificuldade só será insegurança se não entendermos quem nos protege e como nos protege, e ainda assim está será humana, pois o que vem de Deus é absoluto e não está a mercê de nossa fé e entendimento. O senhor Jesus nos disse no mundo tereis aflição mas tende bom ânimo pois eu venci o mundo.
Bom é ressalvar também que o fato da proteção de Deus ser real, isto não nos dá o poder de brincarmos com as tentações e os perigos, pois desta feita o Senhor poderá nos proteger como filhos nos disciplinando, pois de Deus não se zomba e muito menos se tenta. Cristo não fez assim em Lucas 4 quando tentado por Satanás.
O Salmo 46 também nos traz estas verdades no V.1 e 2, e nos dá segurança maior no v.7. pois diz que o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Ressaltando-se que o verso traz o fecho de “Selá, que a expressão que exige ênfase na afirmação, que determina pausa para meditação, e que similar ao amém do NT, isto que significa: isto é verdade.

ILUSTRAÇÃO:
Caio Fábio em seu livreto “O privilégio de poder dizer: tá doendo!”, declara que “ter fé quando não há milagres é um milagre maior que ter fé para operar milagres”.
Ele dá um o relato interessante do sobre seu amado pai, o velho Caio, servo do senhor que; muitas obras fez em Manaus, inclusive sendo instrumento de cura de pessoas. Seu relato se refere ao fato de seu pai após ter orado pela cura do filho de um homem que havia sido ferido com um tiro olho e iria perder a vista, e ter sido curado através de sua oração. Estar diante da seguinte dor e ironia, ele Caio pai, poderia ficar praticamente cego de um olho por causa de uma pressão ocular excessiva após um grande desgaste emocional.
Relato o filho que o pai chegou a entrar em depressão, pois com poderia se dedicar tão profundamente a leitura e estudo da palavra como antes; como seria para ir por entre a mata amazônica para pregar o evangelho e cuidar dos ribeirinhos.
Conta ainda que estavam sentados no jardim da caso e seu pai lhe pediu a opinião quanto a arriscar o último recurso médico e poder perder o globo ocular.
O filho disse ao pai achava que ele não deveria tentar, mas aceitar os fatos. Seu lhe deu ouvidos, abandonou a tristeza e entendeu que Deus queria usá-lo em outra dimensão.
Assim também irmão era o espinho na carne de Roberti Reed. O qual tinha seus músculos degenerados, precisava de pessoas até para ir ao banheiro, mas isto não o impediu e amar a Deus e compadecer-se das pessoas sem Cristo, pois ele dizia sempre quando tinha sua cadeira de rodas colocadas no púlpito para pregar: “tenho tudo que preciso para ser alegre e servir a Deus”.
Ele irmãos tinha sua salvação e com ele a consciência que os anseios de nossa dor sempre nos levarão a Deus, e receberão o Seu amparo.

A paz de Cristo Jesus, nosso salvador e a sustentação do Espírito Santo, nosso consolador seja com você.
Pr Alex Carneiro
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