LIDANDO COM OS CONFLITOS FAMILIARES E CONJUGAIS - Lição 4 A

COMO SOBREVIVER AS CIRCUNSTÂNCIAS DIFICEIS OU AFLIÇÕES?
LIÇÃO 4 - Tg 1.3-8; 12-18
As aflições podem nos fazer crescer, porém não são fáceis de transpor, principalmente por longo tempo ou de grande intensidade. Logo é preciso no mínimo sobreviver a elas. Mesmo porque, o crescimento e amadurecimento não são imediatos, e em regra não são notados no meio do furacão das aflições.
Hebreus nos declara que sem fé é impossível agradar a Deus, se achegar a Deus. Saber que ele existe, que é consolador e salvador. ( para sobreviver é preciso confiar Nele). Eis, portanto o primeiro passo neste processo: Entregar sua vida e lutas ao Senhor Jesus, que é o varão das dores; que sabe o que sofrer. Que foi transpassado pelas nossas transgressões; que merece toda nossa confiança.
A você que está em busca de respostas, Cristo é sua resposta, pois Ele é a verdade e a vida. A você que veio para sair do fundo do poço; que precisa aliviar sua dor; que deseja mudar sua vida e perspectiva; que precisa crescer e perseverar. O próprio Jesus o convida: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o seu jugo e aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. Porque mau jugo é suave, e o meu fardo é leve”(Mt 11.28). Com a promessa de estar conosco até a consumação dos séculos(Mt 28.20)
Há também outros passos, que tem este como premissa. O texto de Tiago nos propõe o seguinte para sobreviver:

1º) Não brigue com Deus.
Tendo consciência que a prova da nossa fé, neste caso não ocorre porque Deus quer nos testar, mas sim porque, como pai, ele quer nos fortalecer.
Hb 12 declara que as aflições ou disciplinas no momento não trazem alegria mas depois produzem seu fruto. Bem como nos traz como exemplo o próprio Jesus. Recomendando que nesta luta olhemos para o autor e consumador da nossa.
Deus não está contra nós, mas Ele é por nós, e estará conosco até a consumação dos séculos. Ele é o nosso refúgio e fortaleza (Sl 46). É nosso Pai. E não nosso inimigo. Um pai as vezes deixa o filho passar algumas dificuldades para que ele, filho, cresça. Como declara o v.13 Ele a ninguém tenta. Se brigarmos ou “ficarmos de mal” com Ele, seremos infantis e perderemos nosso maior e mais poderoso aliado. Além disso teremos menor tendência a negar o sofrimento quando aprendermos que Deus os usa para moldar-nos e nos atrair para perto Dele.
Precisamos deixar de ver as dores como interrupções para nossos planos ou sonhos, e vermos as lutas como instrumentos de Deus para fazer pronto a sentir sua providência e amor por mim.
Não brigue com Deus, deixe Jesus, que já sofreu na cruz por você, viver junto com você suas dores e aflições. (Max Lucado fal sobre isso de modo brilhante em seu livro “Aliviando a Bagagem” – um estudo do Sl 23).
Para Henry Nouwen “O segredo para entender ( ou sobreviver – grifo meu) o sofrimento é deixar de rebelar-nos contra os incovenientes da vida” ( ou contra Deus).

2º) Tendo clara visão de nossa condição.
Somos frágeis. E Tiago fala sobre isso quanto ao orgulho no v.9 e 10. E quanto nossa natureza adâmica, nossa fraqueza carnal nos versos 14 e 15.
1 Pedro 5.6 a 8 nós exorta a isto. Sua carta fala de tribulação e glória para a Igreja, no mesmo momento de perseguição de que fala Tiago. E neste caso sua observação é “humilhai-vos”; lance sobre Deus; sede sóbrios e vigilantes. O diabo .. anda em derredor.
Não podemos dar visão ao pior de nós nos momentos difíceis se não sucumbiremos na fé. Nosso olhos devem estar fitados em Cristo.
O livro de hebreus buscando nos incentivar a uma vida de fé nos determina a olhar para o autor e consumador da nossa fé.

3º) Peça auxílio a Deus.
O v.5 fala em “pedir sabedoria”. A oração nos põe em contato com Deus e declara nossa dependência. Criança
O v.16 fala em “dádiva”. Rm 8.26 declara que o ES nos auxilia na nossa fraqueza. Jesus orou por nós em João 17. O Salmo 46 diz que Deus é o nosso “socorro bem presente”. Portanto ponha suas lutas, dúvidas, medos, em fim tudo que as aflições nos traz, diante de Deus, com fé, sem nada duvidar v.6.
Filip Yassen fala deste auxílio divino em seu livro “Deus sabe que sofremos”. E Henry Nouwen também declara que “Ao convidarmos Deus para participar de nossas dificuldades, fundamentamos nossa vida – até mesmo seus momentos tristes- em alegria e esperança. Ao parar de querer apossar-nos da vida, receberemos mais até do que conseguimos agarrar por nós mesmos. E aprenderemos o caminho para um amor mais profundo pelos outros”.

4º) Peça auxílio ou compartilhe com as pessoas
Lembram da história de Luiza e Lourenço; a dor da perda de minha sobrinha me ajudou a entendê-los, a compartilhar com eles e a chorar com eles, podendo, talvez, consolá-los por um pouco. E mostrá-los que o funeral do pequenino Roberto pode fazer com que muitos ouvissem o evangelho.
Creio assim que dividir com irmãos ou amigos é uma boa opção. Bem como nos amigos e irmãos devemos compartilhar os sofrimentos. É a recomendação da Palavra de Deus em Tiago 5 e Rm 5. A Bíblia determina que carreguemos as cargas uns dos outros.

Mas não aja com comiseração. Precisamos aprender abandonar a autocomiseração e nos dedicar a viver com compaixão. A entrar nos momentos sombrios dos outros, sem recuar.
O sentimento de vitima nos faz dar explicações simples, ou a fazer afirmações esdruxulas quando ocorre uma tragédia na vida de alguém que conhecemos ou amamos, ou na nossa própria. Ao invés de buscarmos a razão e o motivo, ou de amadurecermos e crescermos ante as lutas. Muitas vezes é a palavra amiga que nos permite mudar de postura ou ver além da superfície. A autocomiseração nos faz vítimas abatidas e sem esperanças, coitadinhos que sofrem por amor, e não pessoas que sofrem mas podem amar e sobreviver as aflições.

Como sobreviver ? Sendo amigos de Deus; sendo ajudados por Deus; estando focados Nele é o modo melhor de passar pelo furacão. Compartilhando com as pessoas e tendo uma clara visão de nossa debilidade.
Pois a dor sofrida quando estamos sós é muito diferente de ...ao lado de alguém. Mesmo quando a dor persiste, sabemos como é diferente quando alguém se aproxima, quando alguém partilha conosco. Essa espécie de conforto mostra-se mais completa e poderosamente visível na encarnação, em que Deus veio ao nosso meio- em nossa vida- para lembrar-nos: “Estou com você em todo o tempo, em todos os lugares”. Em Cristo, deus aproximou-se de nós diante dos nossos sofrimentos: a dor das crianças e adolescentes, os ferimentos dos jovens, adultos e dos idosos, as aflições dos desempregados e daqueles que, repentinamente, ficaram solteiros. Não há sofrimento humano que não faça, de algum modo, parte da experiência de Deus. Esse é o grande e maravilhoso mistério de Deus tornando-se carne para viver entre nós. Deus torna-se parte do nosso pranto e convida-nos a aprender a dançar, não sós, mas com outros, compartilhando da própria compaixão de Deus, tanto dando como recebendo”. Bênçãos para crescermos nas aflições.

A paz de Cristo Jesus, nosso Salvador e a sustentação do Espírito Santo, nosso consolador seja com você.
Pr Alex Carneiro
Visite nossa página https://www.facebook.com/ministeriodialogocristao