ESPERANÇA NOS CÉUS, AÇÃO NA TERRA - Parte 1
Vivemos numa sociedade visionária. Temos muitas visões - perspectivas econômicas, sociais, científicas e místicas. É interessante como nossa natureza visionária pós-moderna cria em nós perspectivas (pontos de vista; expectativas) equivocadas que se transformam, muitas vezes em prospectivas (visão do futuro) desesperançadas. Pois do mesmo modo que dizemos: “não há mais o que se inventar”; dizemos, também: “é o fim dos tempos”. Quando não resumimos tudo isto com a xpressão: “onde este mundo irá parar”.
Em Atos dos Apóstolos 1.6 a 11 também temos visões e perspectivas distintas sobre o momento que se estava vivendo em Israel. A perspectiva sincera porém equivocada dos apóstolos, e a verdadeira e correta de Deus. Temos uma perspectiva humana - vertical, nostálgica e passiva. E a visão divina - horizontal, efetiva e ativa.
Creio que isto muito nos ensina hoje (e através dos tempos), pois nosso grande problema e que não vemos como Deus vê. E consequentemente, muitas vezes não pensamos com a mente e segundo a visão de Cristo bem como não agimos na força do espírito.
Qual então a resposta bíblica para tudo isto? Será que podemos ainda ter esperança? Qual deve ser nossa perspectiva e nossa prospectiva ? Ou seja, qual deve ser nossa visão e conduta presente diante da nossa expectativa futura.
Acredito que a resposta é que devemos ter:
ESPERANÇA NOS CÉUS ( em Cristo); AÇÃO NA TERRA ( no e pelo Espírito).
Como dissemos, o trecho citado nos põem diante de duas perspectivas a Humana e a Divina.
Ressalvando que a humana, dos apóstolos, era sincera contudo equivocada, pois foi incutida no coração e na mente dos apóstolos a partir de interpretações apocalípticas que surgiram no período intertestamentário, quando Deus calou as profecias, e os homens, doutores da lei, iniciaram suas elocubrações, escrevendo comentários da lei que tomaram o lugar da Palavra de Deus.
Muitas dessas afirmações ou suposições foram comentados por Jesus, através da expressão “está escrito”, onde o senhor buscou dar a interpretação correta para a visão equivocada do povo e de alguns “estudiosos da lei”.
Quanta coisa equivocada não é incutida em nossa mente e coração hoje. Há pelo menos dois equívocos proeminentes que gostaria de comentar : O da visão humana Política e da visão humana Pietista. Ambas equivocadas e diametralmente opostas, portanto erradas e radicais.
A PERSPECTIVA HUMANA
A Visão Humana POLÍTICA – o poder terreno é a solução, nossa capacidade de desenvolver as coisas de argumentar é o modo de Deus operar.
Este crêem num domínio terreno como forma de bênção. O que se espera é que Deus ponha seus filhos em destaque e a reinar sobre os opressores.
Ter poder, bens e bênçãos terrenas aponta nossa relação familiar e consuetudinária de filhos do Rei dos reis. Se nosso pai é rico senhor de tudo também seremos e devemos ser. Podemos e determinamos porque o poder é nosso.
A visão não de tratar das coisas da polis, da cidade celestial, mas dos benefícios que Deus pode nos dar. Temos Deus, nosso pai, e seu reino a nosso dispor, pois somos co-herdeiros com Cristo. Somos nação santa, sacerdócio real, povo de propriedade exclusiva de Deus. Nos somos poderosos e bons, somos filhos de Deus eleitos por Ele, somos salvos e os demais perdidos.
É claro que muitas dessas afirmações ou visões tem correspondência na Palavra de Deus, o problema é muitas vezes essas perspectivas excluem a verdade irrefutável de que mesmo sendo filhos fieis e firmes podemos ter lutas, dificuldades, falta de bens. A radicalização é que o problema. Jô era uma homem íntegro e fiel, mas sofreu. Nunca houve alguém como João Batista, mas sua vida não foi regada por benefícios e sua morte foi profundamente difícil.
Por outro lado há uma outra visão a que chamo de Pietista, mas essa trataremos em nosso próximo encontro.
Deus o Abençoe,
Pr Alex
