ANO NOVO, ESPERANÇA DE UMA NOVA VIDA. – Parte 1

ANO NOVO, ESPERANÇA DE UMA NOVA VIDA. – Parte 1 - Números 13 e 14

Há momentos na vida pessoal, familiar e até de uma nação que temos perspectivas distintas sobre expectativas e resultados.
Um ano novo, em regra, sempre traz vários pontos de vista. Um bem conhecido é do copo pela metade. Para alguns as circunstâncias são como “um copo que está apenas ou só na metade...” ainda falta muito” para que possamos conseguir o suficiente; para outros, a momento é como “um copo que já está no meio... só falta metade para encher”.

Gosto muito da narrativa de Calebe, alguns até falam Josué e Calebe, pois ambos são protagonistas na missão dos espiões do Senhor do deserto de Parã para terra de Cannã (Nr 13). No entanto, para mim Calebe é a figura emblemática desse momento de crise do povo de Deus, de desafio de crescimento da Nação de Israel, pois pra ele não tem copo pelo meio, mas pela fé nas promessas e ação de Deus, Calebe, diante de gigantes, já via o copo cheio.

Para ele era um novo momento, a esperança de uma nova vida.
Curioso é que, se já não bastasse as lutas para a libertação do Egito, essa história começa dificuldades e lutas internas e culmina com desafios externos, como vemos de Números 10.11 até 14, com um conflito político religioso e social e se depara com a missão de reconhecimento da terra prometida, desde da marcha do Sinai até a região de Cades Barnéia, no deserto de Parã,.
Importante ressalvar que ainda não era a tomada de Canaã, mas já se podia ter uma visão da terra que manaria leite e mel.
Nessa conjuntura, o Senhor resolveu o conflito político religioso e agora se colocava para resolver o social e espiritual. Deus preparava o momento em que cada tribo teria divisão de terra e que se fortaleceriam sua fé vendo a cumprimento da promessa de Deus no Egito.
Por isso o Senhor ordenou a Moisés que enviasse homens para reconhecerem a terra que Ele os prometera.
Um grupo de homens escolhidos e que se tornariam príncipes de suas Tribos, que tinham a seguinte missão:
Moisés, pois, enviou-os do deserto de Parã, segundo a ordem do Senhor (v.3)...
Enviou-os, pois, Moisés a espiar: a terra de Canaã, e disse-lhes: Subi por aqui para o Negebe, e penetrai nas montanhas; e vede a terra, que tal é; e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito; que tal é a terra em que habita, se boa ou má; que tais são as cidades em que habita, se arraiais ou fortalezas; e que tal é a terra, se gorda ou magra; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. Ora, a estação era a das uvas temporãs. Assim subiram, e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de Hamate (v17 a 21)

Cumpriram a missão, e até trouxeram frutos da nova terra, o grande problema foi o ponto de vista ou perspectivas do grupamento de espias enviados a Canaã – isto é, o copo pela metade. .

Pois, subindo para o Negebe, foram até Hebrom, onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque (povo de grande estatura – chamados gigantes). Depois foram ao vale de Escol, e dali cortaram um ramo de vide (uvas) com um só cacho (que era muito grande e farto), o qual dois homens trouxeram sobre uma verga; trouxeram também romãs e figos. Chamou-se aquele lugar o vale de Escol (excelência), por causa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel.

Ao fim de quarenta dias voltaram de espiar a terra. E, chegando, apresentaram-se a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel, no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra.

E então surgi a questão de esprança e perspectiva. Dando eles conta a Moisés, disseram:
“Fomos à terra a que nos enviaste. Ela, em verdade, mana leite e mel; e este é o seu fruto.
Contudo o povo que habita nessa terra é poderoso, e as cidades são fortificadas e mui grandes. Vimos também ali os filhos de Anaque. Os amalequitas habitam na terra do Negebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam nas montanhas; e os cananeus habitam junto do mar, e ao longo do rio Jordão”.
Contudo - graças a Deus;
“Calebe, fazendo calar o povo perante Moisés, disse: Subamos animosamente (isto é, corajosa e animadamente), e apoderemo-nos dela; porque bem poderemos prevalecer contra ela” – já estamos aqui, o copo já está no meio, só falta a metade.

Entretanto, apesar do discurso motivador e cheio de fé, havia a fala da turma desmotivada pelas circunstâncias e momento difícil.
Entendamos, que não podemos ignorar que todos vinham de uma realidade de mais 400 anos de escravidão no Egito e do enfrentamento das pragas com Faraó e do exército Egipício. Não podemos desconsiderar que glorificar a Deus depois do Mar aberto é muito mais tranquilo do que enfrentar a escravidão e o risco de morte.
Mais desafios e mais batalhas era um grande obstáculo.

Contudo, também, aprendi que Deus, como pai, não nos dá as coisas de modo fácil para que cresçamos e reconheçamos sua bondade e providência em nossas vidas.

Dai a esperança que Deus está no comando, portanto, o copo, já está na metade. Lembrando que, se seguirmos o etiqueta de não encher muito o copo, falta pouco, não é mesmo? Menos que a metade.
Porque dizer isso? Há um fato interessante nessa história, um dos escolhidos foi Oséias, filho de Num (v.8), o qual Moisés chamou de Josué. Se um dos escolhidos já era Salvação (Oséias) a mensagem especial era que agora não era só isso, mas sim “Jeoshuá” – raiz de Jesus - “o Senhor Salva”.
Essa era a certeza e fonte de fé e motivação de Calebe, as circunstâncias não estavam na mão dos homens, mas não mão de Deus, o Senhor que Salva.

Esta história e reflexão não termina aqui, mas gostaria de terminar esta parte dizendo que uma novo ano se aproxima, com certeza temos vivido em nossa vida, casa e nação muitas dificuldades que nos desanimam e frustam, mas apesar de tudo, há uma grande promessa do Deus que Salva,
“ele estaria conosco sempre, até alcançarmos a terra prometida.
Assim, o novo ano é sempre esperança de uma nova vida.
Uma vida em Cristo, que dirigi os nosso passos, mesmo diante de desafios e cansaço e prove todas as coisas.
E se você ainda não tem sentido esta esperança, ore ao Senhor, entregue sua vida a ele e vá em frente, saia de Cades Barnéia e enfrente as batalhas para a tomada de Canaã, Deus já prometeu a grande vitória de habitar com Ele na terra que mana leite e mel. Foque nos frutos que já podemos ver e ter e siga, pois em Cristo, falta muito menos que a metade, o copo já está cheio e só beber da água da vida.