Lidando com os Conflitos Pacionais nos Relacionamentos Familiares – Parte 2
Como dissemos não ignoramos a contribuição das diversas áreas da ciência a nossa disposição. No entanto entendemos que nossa questão primordial está na natureza adâmica do homem. Naquilo que o colocou fora dos propósitos de sua criação, que não pode, muitas vezes, ser explicado cientificamente mas é sentido por nós em nossos relacionamentos e que a Bíblia trata com clareza e faz recomendação para não cedermos a carne, mas sim darmos lugar ao Espírito em nossa luta contra a carne, contra as paixões de nossa natureza.
Desta forma a nossa adamicidade é o ponto central de nossos conflitos. Conflitos só focados plenamente na Bíblia. Visão, que, como dissemos, não exclui necessariamente a psicologia, a sociologia ou a antropologia, mas que as tem como instrumentos para análise contextual, como ferramenta para trato da saúde emocional e, portanto, meio auxiliar do trato espiritual das pessoas.
O resumo de nossa proposta é: só Cristo e sua Palavra, por meio da ação do Espírito Santo pode nos atingir de tal modo a curar as mazelas e lutas de nossas vidas cotidianas.
Nossa humanidade é profundamente complexa. Precisamos entender que o homem não sofre apenas influência de elementos fisiológicos e/ou sociais em seus conflitos. Estes, na verdade, são efeitos ou contribuintes nos conflitos e não causa. É necessário, ainda, a consciência de que não somos simples corpo e alma-espírito (dicotômicos) ou corpo, alma e espírito (tricotomia), estas são posições teológicas de caráter cientifico e didático, haja vista que numa, mas numa perspectiva prática, no dia a dia de nossas vidas, não agimos separando nossos elementos de composição. Em nossas ações somos nós em corpo e alma-espírito que executam ou sofrem a ação. Não há como negarmos que se não estivermos bem fisicamente, muito provavelmente isso influirá em minha vida emocional (alma) e espiritual. Contudo, não podemos também negar que minha força espiritual pode me fazer ultrapassar barreiras emocionais e dores físicas, bem como minha fraqueza espiritual atinge minhas emoções e podem até me levar a somatização pelo estresses ou outra reação fisiológica. Daí nossa afirmação da importância dos ramos da ciência mas desde que estejam ligadas e sejam dirigidas pela eficácia efetiva da Bíblia, haja vista que a causa principal de nossas lutas está em nossa vida espiritual, que não é estanque dos outros fatores mas que pode reinar sobre eles. Eis a importância da visão bíblica.
Na Visão Bíblica o afastamento da santidade e a não assunção das responsabilidades são os principais fatos geradores dos “conflitos pacionais”, foi assim desde o Éden.
Gostaríamos de esclarecer que ao falarmos de conflitos pacionais estaremos tratando das lutas que resultam das ações de entrega aos desejos da carne, de nossa paixão carnal ou de nossa falta de habilidades de lidar com o pecado e que ferem as pessoas, que nos colocam em situações de vulnerabilidade, que nos expõem e chateiam, enfim, tudo que vai contra os frutos do Espírito. Esses são elementos destruidores dos relacionamentos que resultam de nossas ações pacionais. Pecado pacional, portanto é todo atendimento ao desejo da carne. Tiago é claro quanto em sua carta ao dizer: de onde vem vossas lutas e contendas se não de vossa cobiça...” ( Tg 4.1 a4). A própria carta de João reforça esta perspectiva ( I Jo 2.15 a 17).
Por isso a Bíblia traz tantas recomendações quanto a condutas no relacionamento conjugal, na relação pai e filhos, do lar e etc. Demonstrando, desta forma, toda a eficácia e efetividade da Visão Bíblica. Perspectiva que nos oferece a graça e nos dirigi à santidade e faz isso porque graça e santidade são os antídotos para os “conflitos pacionas”.
Esperamos em Deus que nossas reflexões até o momento possam ter dado luz e esperança as suas lutas e preocupações ligados aos relacionamentos diários, em particular o familiar.
Em breve continuaremos como a proposta de um antídoto para os conflitos resultantes de nossa difícil e complexa natureza adâmica.
Até lá, fique firme. Deus o abençoe.
Pr Alex.