Lidando com os Conflitos Pacionais nos Relacionamentos Familiares – Parte
SANTIDADE E GRAÇA: ANTÍDOTOS PARA OS CONFLITOS PACIONAIS
A paixão da carne (ação pacional) atende ao ego adâmico sem se importar com o outro. Um reflexo disso está no fato de muitos acharem que determinadas ações não interessam aos outros. As expressões “isto é um problema meu” e “isso não interessa a ninguém”, ou atitudes de correr com um veículo sem se preocupar com o resultado disso para outros, são ilustrativas desse pacionalismo. Achamos que essas questões não têm influência sobre outros, e deixamos de lado a visão bíblica de vida em conjunto – não é bom que o homem esteja só e do princípio bíblico da reciprocidade - de amar o próximo como a si mesmo. Quando o poeta John Done declara m seu poema: ninguém é uma ilha, está fazendo uma afirmação acerca dessa verdade bíblica.
Manter um relacionamento saudável é o principio de Deus desde de Gênesis, entretanto, por ter se afastado desse propósito vivemos relacionamentos problemáticos, que, em regra, nos trazem muitas lutas. Assim, a resposta para a vida de conflitos pacionais do homem é se entregar a graça e viver na busca da santidade, para que se volte para os objetivos divinos de viver relacionamentos saudáveis.
Cremos que a origem de nossos conflitos tem um espectro variado, contudo podemos resumir em uma só fonte – as ações decorrentes de nossa natureza adâmica (Tg 4.1 a4). Não obstante, entendemos que seria simplório apenas apresentarmos essa resposta e não atenderíamos à necessidade das pessoas de ações para melhoria de nossos relacionamentos. Dizemos, melhoria por sabermos que por essa mesma natureza nunca teremos relacionamentos perfeitos, mas com certeza podemos alcançar relacionamentos saudáveis – relações que produzem benefícios e crescimento as pessoas. Contudo, antes de sugerirmos um caminho de melhoria, precisamos refletir sobre elementos que podem nos potencializar para nossos relacionamentos.
Primeiro, precisamos nos conscientizar que Deus deseja que vivamos e nos relacionemos segundo seus propósitos na criação, isto é, agentes aptas a cuidar e amar pessoas (Tg 4.7 a10), Ele nos convida a isto (I Sm 13.14 e Sl 37. 3 e 4).
Segundo, precisamos entender que esses também são propósitos de Deus para família (Ef 5 e 6; Sl 127 e 128). Uma vida fundada no amor sacrificial de Cristo.
Essas afirmativas nos apontam duas atitudes: vigilância e caráter cristão. É preciso vigiar (Gn 4.6 e 7 e II Sm 11.1) para que nossos pensamentos, ações e orações estejam voltados para isso. E, como conseqüência da vigilância, devemos buscar viver no padrão e propósitos de Deus (Tg 4.7 a10), isto é, devemos viver de modo a refletir nosso caráter cristão. Dentro dessa perspectiva proponho que sintetizemos essa atitudes na responsabilidade. Responsável é “aquele que responde por”, a saber, que cumpri suas obrigações, que responde por atos e pessoas. O que em nosso caso consiste em cuidar adequadamente das pessoas em nossos relacionamos e de nos apresentarmos como autênticos cristãos, pois esta é a razão de nossa redenção pela graça e a resposta que devemos dar a essa graça por meio de nosso santidade.
RESPONSABILIDADE: A RESPOSTA PARA OS PECADOS PACIONAIS
Como vimos, responsável é aquele que responde por deveres e, na visão bíblica, o que cuida adequadamente das pessoas em seus relacionamos. Por isso a Bíblia nos aponta o cuidado de Deus para com o casamento, a família e os diversos tipos de relacionamentos (incluindo até com autoridades e com o Estado).
Deus se coloca a disposição de cuidar da família (Sl 127. 1 e 2 e 128). Ele requer dos pais cuidar e dirigir sua família e filhos (Ef 5, Cl 3, Pv 22.6 etc). Determina aos filhos honrar e proteger seus pais (Ef 6 e Sl 127. 5 e 128. 3). Ele prescreve aos cônjuges cuidado e respeito mútuo (Gn 2.18 a 25; Ef 5. 25 a 31).
Quando isso não acontece vivemos grandes problemas familiares. DAVI – não assumiu sua responsabilidade e trouxe grande desgraça a sua casa ( II Sm 12.7; 13.6 e 7 e 13. 23 a 27). Amon - não honrou seus pai (II Sm 13.11 a 15) e Absalão - não alegrou ou protegeu sua família (IISm 13.23a 29e 15.1-6), e com isso vemos a desgraça sobre eles e suas famílias.
Toda responsabilidade é pessoal, portanto, mesmo que nossos entes queridos não façam seus papeis, isso não afasta nossa responsabilidade. O Rei Josias é um bom exemplo disso e dos resultados do cumprimento de nossas responsabilidades (2Rs 23.25); apesar de seus histórico familiar (2Rs 21.19e20; 21.1e 2). É disso que estamos falando. É isso que Deus espera de nós. Somos responsáveis por nossa santidade e relacionamentos.
Continuamos na próxima semana.