Lidando com os Conflitos Pacionais nos Relacionamentos Familiares – Parte 4
Não estamos isentos aos infortúnios da vida. Não conseguiremos viver longe dos males do mundo. Não obstante essas verdades, a Bíblia, ramos da ciência como a psicologia, a antropologia, a sociologia, entres outros e a nossa própria experiência nos revelam que a principal fonte de conflitos é o próprio homem. Com sua natureza (adâmica) ao mesmo tempo o homem ama e maltrata, fala a verdade e mente, é sincero e engana, afaga e violenta.
A resposta pra isso vem do próprio Deus – a graça. A graça nos potencializa a mudar essa realidade, pois por meio dela podemos ter a ação do Espírito junto conosco e passamos a ter forças para buscar as coisas do espírito. Tomados pela graça podemos então viver em santidade, mas Deus em sua santidade e justiça requer de nós a nossa parte. Ele nos concede a graça para sermos santos como Ele é santo (Lv 11.45). Nos concede a graça para assumirmos com responsabilidade nossos papeis de cônjuges, pais, filhos, trabalhadores etc.
Temos falado em graça e santidade porque essas são as ferramentas de Deus para nossas lutas. A graça é a ação de Deus para solução de nosso conflito com Ele e santidade para solução de nossos conflitos com os outros. Santidade que não se obtém sem a vigilância e sem uma vida de caráter cristão. Vigilância e cristianismo que podem se resumir em nosso cuidado com as pessoas e com o cumprimento de nossos deveres (responsabilidade).
Creio que muitas vezes parte de nosso problemas esta no fato não só de nossa falta de responsabilidade cristã mas também de nossa falta de visão de conseqüências. Tenho visto e atendido pessoas que tentam consertar ações que foram continuadamente cometidas porque o agente ou achava que teria controle sobre os fatos ou não haveria conseqüências. Em regra isso ocorre porque esses agentes esquecem que nos relacionamos com pessoas que sofrem por nós e com nossas ações, que sentem e vêem as coisas diferente de nós. Mas isso não é só, esses são fontes pacionais de conflitos, principalmente porque se perdem no dever serviço e cuidado dos outros.
Quando vivemos sem a vigilância e fora do caráter cristão nos tornamos vulneráveis e somo fontes de conflitos, porque passamos a viver fora dos propósitos de Deus, passamos a ver e agir fora das perspectivas bíblicas. Portanto, vivemos sem responsabilidade, isto é, sem nos preocuparmos ou ocuparmos em cuidar de nossos relacionamentos. É importante ressalvar que a falta de vigilância faz com que muitas pessoas ajam assim não dolosamente ou propositadamente, mas porque vêem as coisas apenas segundo suas perspectivas ou desejos, e desta forma, acabam ignorando os outros e os limites que a santidade exige a nossas ações.
É preciso ter consciência que mesmo sem agir de propósito tais agentes se tornam responsáveis, pois a falta de vigilância os torna negligentes e a idéia de controle sobre as coisas ou pessoas os faz imprudentes. Bem como, é necessário entender que Deus poderá perdoar tais negligencias ou imprudências mas não afasta as conseqüências de nossos atos. Isso é outro grande problema na falta de visão das conseqüências, pois em regra achamos que o perdão afasta a justiça. Muitos acreditam que se arrependendo-se Deus não só so perdoará mas também vai impedir que soframos com nossos atos. A Bíblia mostra o contrário, já citamos o como exemplo o caso de Davi sua família.
Como então de modo prático podemos assumir nossos papeis dentro da perspectiva bíblica? Como assumir nossas responsabilidades em nossos relacionamentos?
1º) Como servos de Deus devemos viver dentro de Seu padrão e propósitos para nossa vida.
2º) Como cônjuges precisamos nos ocupar com uma vida conjugal que leve ambos ao crescimento. Um casamento que seja evidenciado pelo compromisso de amor, respeito e cuidado.
3º) Como pais precisamos nos ocupar em amar e cuidar de nossos filhos, sendo exemplo; impondo limites, conduzindo-os aos propósitos de Deus. Fazendo deles servos de Deus e pessoas melhores, cidadãos honrados e cumpridores de seus deveres (a suma de ensinar o caminho de Pv 22.5). Esta é nossa missão como guerreiros que usam usas flechas para atingir o alvo (de Deus para os homem) – Sl 127.3 a 5.
4º) Como filhos, honrando nossos pais dando-lhes o devido valor e tratando-os com toda dignidade e respeito. Alegrando-os com uma vida de serviço a Deus e as pessoas. E nos preparando para protegê-los ou abençoá-los.
5º) Como cidadãos, devemos cumprir nossas obrigações e contribuir com ações sociais que sejam instrumentos de proclamação da graça de Deus (ação social evangelhística).
Podemos sintetizar nossas reflexões em: : atingidos pela graça, por meio de nossa santidade e responsabilidade teremos as saídas bíblicas para vencer nossos conflitos pacionais tanto pessoais como em nossos relacionamentos.