Vida Abundante - Parte 14

Parte 14 - Os Cinco “Vs” da Vida Pessoal e Familiar Abundante
- Vícios que Asfixiam a Alma (continuação)
UM POUCO MAIS DE DOSAGEM AMOROSA DA BOCA
Em segundo lugar, para verificar a dose do uso correto das palavras, sempre que eu estiver com algum problema, alguma dificuldade, alguma questão não resolvida com qualquer um dos meus irmãos, a prioridade é tratar com ele somente. Veja como NSJC é enfático: “Se teu irmão pecar contra ti, vai arguí-lo entre ti e ele só” (Mt. 18:15). Não é para reunir um grupo de amigos e ficar falando sobre alguém que está ausente. (Brincar) Nós crentes adoramos fazer sessões de malhação de Judas, e olha eu até ficaria tranqüilo se isto só acontecesse uma vez por ano, só no sábado de aleluia, mas alguns fazem isto todos os dias, de domingo a domingo para ele é sábado de aleluia! Se nós déssemos um tratamento privado e maduro aos nossos problemas de relacionamento, o inimigo de nossas almas perderia a capacidade de semear partidarismos, intolerância e disputas ideológicas dentro da igreja. (Pausadamente) O problema é que ao invés de procurarmos resolver as dificuldades com um diálogo franco, amoroso particular e exclusivo com a pessoa envolvida, nós falamos com nosso cônjuge, depois falamos com nosso melhor amigo... Geralmente nosso cônjuge e nosso melhor amigo não vão conseguir ser isentos... E, pior, nosso cônjuge também tem um melhor amigo e nosso melhor amigo também tem um melhor amigo, que por sua vez também tem um melhor amigo... Aquilo que seria para ser resolvido entre duas pessoas virou uma bola de neve onde as pessoas perderam a isenção e sem ao menos ouvir a outra parte já estão malhando o Judas... Não faça palanque, não junte rodinhas, não fique fazendo propaganda das suas diferenças, não dê oportunidade para o diabo semear desavenças.
O terceiro critério para discernir sobre o uso amoroso das palavras é saber que a Bíblia nos ensina a falar menos e ouvir mais. Este é um paradoxo da sabedoria bíblica: as pessoas mais sabias no uso da língua são aquelas que ao invés de falar preferem ouvir... Sabe quem é o sábio para Deus? É aquele que na dúvida entre falar ou ouvir, ele prefere ouvir. Sabe o que é que a palavra de Deus ensina sobre a verdadeira sabedoria que vêm de Deus? Que aquele que pensar mais vai falar menos. A Palavra de Deus lá em Pv. 13:3 ensina assim: “O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína”. A principal marca de um tolo é a sua incontinência verbal... e como tem gente na igreja com incontinência verbal... Quantos casamentos, quantas amizades, quantos relacionamentos não seriam salvos e abençoados se as pessoas falassem menos e ouvissem mais! Aqueles que querem a libertação deste vício, aqueles que desejam se livrar da maledicência, este terrível pecado que asfixia a alma, precisam orar todos os dias como o salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Sl. 141:3). Esta oração é a consciência que o crente tem que ele precisa de ajuda divina a fim de usar a boca apenas de maneira amorosa. Esta oração é uma declaração de dependência “Senhor, põe um zíper na minha boca e quando eu o abrir eu só o faça na tua dependência”. Que tal nós começarmos a orar assim irmãos, mas sério... (repetir o salmo e a oração). Observe a exortação da Palavra de Deus: “Não te precipites com a tua boca... portanto, sejam poucas as tuas palavras” (Ec. 5:2), e ainda: “Todos sejamos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para se irar” (Ti. 1:19). À luz deste texto sagrado o que é uma pessoa maledicente? Maledicente é o homem ou a mulher que é rápida para falar, rápida para se irar e nunca está pronto para fechar a boca e só ouvir...
Concluo com as palavras do apóstolo Pedro: “quem quer amar a vida e viver dias felizes refreie sua língua do mal e evite que seus lábios falem dolosamente... não pagando o mal com o mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança”.