ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - Parte 4

ENFRENTANDO CONFLITOS FAMILIARES - PARTE 4

Como dissemos precisamos buscar uma visão objetiva da realidade é recusar como verdadeiras as expressões acima ou os ditos populares. É não deixar que, simplesmente, nossas emoções ou achismos conduzam nossas ações, ou seja, é não olhar para as circunstâncias e conflitos subjetivamente, apenas com nossas expectativas(que podem ser falsas ) ou com nossas emoções. Elias não estava só, pois mandou seu moço embora e ignorou a conversa que teve com (1Rs 18.13 e 14), no entanto por medo e pela dor de enfrentar os problemas pediu a morte, e depois declarou a Deus (1Rs 19. 10e14), “eu fiquei só”.

O que fazer então? Que posturas ou visões podem ser sugeridas para esta objetividade?

1) Devo ter fé e atitudes positivas diante dos problemas - O sofrimento e os problemas são invitáveis, mas se entregar, aceitar a miséria ou ser infeliz é uma opção. “Não vos inquieteis por coisa alguma; antes vossas petições sejam conhecidas diante de Deus...e a paz de Deus, que excede a todo entendimento guardará os vossos corações e os vossos sentimentos...Fp 4.6,7. Por isso falamos em esperança e graça de Deus. Sem esse sentimento acaba sendo difícil vermos a possibilidade de resultados positivos.

2) Minhas decisões podem afetar as atitudes – Não podemos controlar pessoas e situações, mas posso decidir viver de maneira que tome a direção de minha vida e ou ambiente. Uma mulher tem seu marido desempregado e diz, perdemos a TV a cabo, mas foi bom pois passamos a conversar mais. Outro, estando desempregado, pode dizer perdemos a TV a cabo, chegamos no fundo do poço, vamos perder tudo. Se decido agir vendo a mão de Deus e ajo positivamente, certamente o resultado será outro. Como vemos no encontro de José, governador do Egito, e seus irmãos, hebreus retirantes (Gn 45.1 a 9).

3) Não podemos mudar as pessoas, mas podemos influenciá-las – O ser humano é relacional, logo é influenciável pela atitude de outros. Atitudes e palavras adequadas, apaziguadoras, sensatas podem gerar respostas de mesmo padrão e valorizar o outro. Por a outro lado, dizer não ou adotar uma postura de limites pode informar nosso valor e decisão de não aceitar o conflito ou domínio do outro, bem como pode levar a todos assumirem suas parcelas de responsabilidades. Só não devemos confundir influenciar com manipular, pois devemos influenciar para que haja crescimento e não para que haja domínio.

4) As emoções não devem controlar nossos atos – O atos é que devem refletir boas sensações. Somos seres de emoções e que absorvemos parte delas pelos sentidos, contudo nossas sensações e emoções devem ser dirigidas por nossos pensamentos e decisões. Se vemos uma pilha de louça ou roupa suja em casa, podemos pensar que nosso cônjuge ou filhos são relapsos, ou podemos decidir pensar que eles não tiveram tempo, ou que já fizeram muito por nós, e seria bom demonstrar carinho e lavá-las. Façais aos outros o que gostariam que vos façam, são as palavras de Jesus. O fato é que nossos atos são mais fortes e importantes que nossas emoções. Se arrepender e deixar é muito mais forte e significativo que chorar de arrependimento. E assim nossas atitudes podem atingir as emoções e mente do outro positivamente. Portanto, as emoções não devem controlar nossos atos; mas os atos é que devem refletir boas sensações.

5) Devemos admitir nossas imperfeições, e entender que isso não nos torna um fracasso – admitir falhas e imperfeições não é assumir toda a responsabilidade pelos problemas, mas é conscientizar-nos de nossas limitações. É entender que não podemos exigir excessivamente de nós nem dos outros, não há relacionamentos perfeitos, mas há relacionamentos saudáveis. Admitir nossas imperfeições é não nos desculparmos pelas atitudes dos outros.