Vida Abundante - Parte 32b

Parte 32 - Os Cinco “Vs” da Vida Pessoal e Familiar Abundante
O TERCEIRO “V” – AS PEÇAS DO VESTUÁRIO
O PERDÃO (continuação)
Como comentamos, não há como separar o cristianismo do tema perdão e não há como um cristão deixar de fazer do perdão uma das suas práticas mais convictas. Se você quer amar de verdade, se você quer uma vida abundante de verdade, então a prática do perdão precisa ser uma das maiores evidências de sua vida.
Continuemos, então, a destacar algumas idéias, que consideramos importantes, e que são ensinadas neste texto que relaciona perdão à vida abundante.

B) No exercício do perdão é necessária a mutualidade. Todos nós precisamos dar perdão. Todos nós precisamos receber perdão. Neste texto de Paulo a Palavra de Deus está nos dando um mandamento recíproco. Primeiro é um mandamento, não se discute, só se obedece. Segundo ele é recíproco, exercido de maneira mutua, e o outro temos a mesma responsabilidade. Todos nós queremos o perdão, mas na hora de hora de ofertar perdão... A mutualidade, a reciprocidade, a atitude aberta e de espírito desprendido em dar e receber o perdão só é possível se buscamos viver o amor acima de tudo! Mas, é curioso que o espírito humano seja tão sensível às ofensas que uma pessoa ofendida se torna, por causa da mágoa, insensível, orgulhosa e inabordável. Por causa disto o perdão não é buscado, e como conseqüência não é dado, e então este mandamento recíproco é desobedecido e a comunhão começa a ruir. O pastor Renovato comenta assim este texto: “Se quisermos ser vitoriosos contra o maligno, contra o pecado e contra o mal, precisamos pedir perdão ao nosso próximo. É sinal de espírito elevado quando o esposo pede perdão à esposa, e vice-versa; da mesma forma quando o filho pede perdão ao pai e este, dando exemplo, pede perdão ao filho. Seja quem for que nos ofender devemos pedir perdão, e seja quem for que nos tenha ofendido [devemos oferecer perdão]”. (Brincar) Hoje os irmãos corintianos vão precisar perdoar muitos são-paulinos... e vice-versa...
Como este é um assunto difícil, continuaremos tratando dele em nossa próxima reflexão.

C) No exercício do perdão o padrão é Jesus. O perdão é, antes de mais nada uma oferta, um presente de Deus para os salvos. Jesus na cruz não falou, “se vocês pararem com estas agressões eu peço perdão ao Pai para vocês...”.
Theodore Steinway recebeu um diploma honorário por ter alcançado a marca de 342.000 pianos fabricados. Cada um desses pianos tem 243 cordas, que somadas exercem uma pressão de 40.000 mil libras. É muita pressão... Só para você ter uma idéia pense nas libras de pressão de um pneu de caminhão... Na sua diplomação estava escrito: Theodore Steinway. O homem que mostrou ao mundo que pode-se produzir harmonia a partir de grande tensão”. Na igreja e na vida é assim. Temos adversidades e sofremos pressão. Mas Deus, o Supremo fabricante de pianos, faz, através do perdão, que esta pressão se transforme em harmonia.

Como um grande problema do perdão esta relacionada ao adultério, gostaria de apresentar (Pr. Alex), ainda que brevemente, algumas sugestões diante da Infidelidade, pois, é muito triste mas o mundo tem pregado que a infidelidade é normal e isso tem causado grandes lutas.
Gostaria de afirmar de modo categórico a confiança, portanto a fidelidade é que faz parte de todo relacionamento, em especial, pelo grau de intimidade dos cônjuges (uma só carne), sua exigência é muito maior. Ao falar em casamento todos pensamos em cumplicidade fiel.
Nos casos de infidelidade, em geral, as pessoas traídas além da dor pensam o que estaria faltando nelas ou onde erraram. Se você passa por isso, gostaria, carinhosamente e com todo respeito a sua dor pedir:
Por favor não caia na armadilha de desvalorizar-se, a infidelidade, é um problema relacional e de valor pessoal.
Saiba que diante dessa realidade o que Deus deseja é restaurar suas vidas. Por isso temos que olhar para essa situação através da lente do amor-perdão. Estes são os principais aspectos para se tentar restaurar relacionamentos. Por isso segue algumas sugestões que em regra ajudam, mas que obviamente depende da gravidade de cada caso.
Primeiro, se você foi traído, cuide muito de você. Ore, não deixe de ir à igreja. Se arrume e cuide-se mais ainda. Trate de sua auto-estima e procure fazer coisas para evitar o pensamento constante do problema e de qualquer aspecto de desvalorização.
Segundo, tente trabalhar o perdão, mesmo que isto seja muito difícil. Minha sugestão é ore pedindo a Deus para abençoar ao cônjuge faltoso. Peça a Deus para ajudar você a mudar sua visão, mesmo que seja difícil pelas magoas que surgem, é uma boa estratégia para não transformar a magoa em amargura e para permitir trabalharmos o perdão.
Terceiro, quando tiver resolvido esta parte e achar que está bem para isso, sem cobranças ou acusações, tente conversar sobre o que vocês podem fazer para evitar que isso aconteça de novo ou para que isso destrua o relacionamento de vocês. Pois precisamos ter consciência que perdão e amor não excluem limites para evitar erros futuros e são necessários para ações de renovação da confiança.
Uma palavra é importante. Entendo que algumas vezes o problema está no caráter do faltoso ou no seu modo de viver; nesses casos, pode ser que você faça tudo isso mas não haja resultados esperados. Há melhoras,mas pequenas. Portanto não aja sem prudência e cuidado para não se machucar mais ainda. Faça tudo por sua vida virtuosa em Cristo, disso jamais nos arrependemos. E lembre que a Bíblia diz que devemos ser simples como as pombas mas astutos (prudentes) como as serpentes.
No mais creia no Senhor é um Deus que tudo pode restaurar e saiba que o melhor é fazermos tudo que Deus espera de nós, pois nesse caso Deus sempre nos abençoará.