Pr. Alex Ribeiro Carneiro Textos Chaves: Fp 2. 12, 13 e 1 Tm 4.7
Lição 4
A vida em Cristo surge pelo Espírito e deve se desenvolver gerando coisas boas pela operação desse Espírito, por isso o propósito da vida cristã é ser frutífera. Isto é ter a qualidade.
Nisso vemos que a vida que dá frutos produz bênçãos na formação de meu caráter e nos meus relacionamentos.
Além desses aspectos vimos que a vida cristã exige elementos essenciais para que possamos ter uma vida frutífera.
O primeiro fator essencial é a DEVOÇÃO - nossa dedicação intensa a Deus, como reverência a sua natureza gloriosa e por ação graciosa em nossas vidas. Daí o Senhor Jesus nos dizer:
“Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor” (Jo 15.8).
O segundo que apresentamos também como fator essencial para nossa produtividade, que temos chamado de adubo espiritual, é a DEPENDÊNCIA - nosso reconhecimento que todo fruto e poder está em Cristo e nos é concedido pelo Espírito. Dependência consagrada na Palavra do Senhor, que diz (Jo 15.5): “sem mim nada podeis fazer”. O que é bem lógico, pois nosso caráter deve ser o de Cristo. Nosso fruto deve ser o do Espírito. Logo, a natureza de nossos frutos e é Cristo.
Assim a dependência é uma ação fruição e substituição. Onde deixamos fruir as coisas de Cristo e substituímos nossa vontade pela de Cristo. Para que nossa devoção possa ser também uma canal por onde Deus vai fazer fluir a sua benção.
A RESPONSABILIDADE
Gostaríamos de trazer a tona hoje o terceiro fator essencial para nossa vida frutífera a nossa responsabilidade. Nossa resposta a ação graciosa de Deus. Nossa ação de agradecer pelos bônus da salvação e de arcar com os ônus da vida cristã.
Vejamos alguns pelo menos dois textos que nos conduzem a essa afirmativa:
Fp2.12 A 15 e 1 Tm 4.7
“De sorte que, meus amados, do modo como sempre obedecestes, não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência, DESENVOLVEI a vossa salvação com temor e tremor;porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo”.
Vejam que para que possamos ser frutíferos (irrepreensíveis e para resplandecermos) precisamos atuar correspondendo de modo ativo a salvação que Deus operou em nós.
Da mesma forma o Apóstolo Paulo ao falar com Timóteo sobre as lutas espirituais e as apostasias da vida recomenda que sua resposta a isso seja: “Exercita-te a ti mesmo na piedade” 1 Tm 4.7. Isto é, diante do mundo e de suas condições busca se dedicar de modo disciplinado com um atleta no amor e na aproximação de Deus. Pois piedade tanto pode significar nossa proximidade e reverência a Deus como o próprio amor semelhante a Deus.
Em ambos os exemplos a perspectiva é de que precisamos responder a nossa salvação ativamente. E em nosso caso esta responsabilidade está ligada a dedicação a temor de Deus e a substituição de nossa vontade pela vontade de Deus, pois esse é o processo produtivo que Deus opera em nós. Por isso junto com o desenvolver a salvação Paulo afirma é “Deus quem opera em nós” – substituição, dependência fazem parte desse desenvolvimento, mas requerem minha ação. Não é sem motivo que Ef 4.22 – 24 nos recomenda despojar do velho homem....
E nosso último encontro refletimos sobre:
- Quais traços de nosso caráter devíamos vencer e desenvolver?
A questão posta para nós hoje é:
- Que elementos devem ser exercitados em nossa vida para que possamos “desenvolver” adequadamente a nossa salvação?
- Que aspectos devem ser trabalhados para eu assumir a minha responsabilidade produtiva diante de Deus?