PALAVRAS FINAIS Parte 31 -II.
Alex R. Carneiro Texto: João 15
POIESIS CRISTÃ:
um instrumento de louvor a Deus e benção para as pessoas.
Continuaremos refletindo sobre nossa questão:
Deus nos chamou para trabalhar ou construir?
Deus quer de nós um tripallium(trabalho) ou uma poesis (obra)?
Creio que a cooperação é tão valorizada na Carta ao Filipenses.
Essa atitude mental e espiritual gerou em Paulo e nos Filepenses um espírito que valoriza de tal forma o servir que leva-os a uma poesis cristã - a construção de uma obra que exige muito tripallium mas que será sempre vista como o estabelecimento de uma obra maior, cheia de dignidade e prazer. .
Poesis nos permite olhar nossa cooperação na obra de Deus possamos ver que estamos envolvidos em algo muito maior do que nós e que não só nos conduz a louvar a Deus, mas permite que muitos sejam abençoados.
Por isso Filipenses é uma carta rica. Não só por nos conduzir a uma vida de identidade com Cristo, mas por nos apontar a unidade como força propulsora do corpo de Cristo e sua obra.
Não só por nos alertar para os perigos podemos encontrar em alguns que estão em nosso meio e até dos perigos de nossas próprias vaidades, mas principalmente por nos mostrar que a obra de Deus é uma oportunidade de construirmos grandes coisas e fortes relacionamentos.
De que estamos diante de um grande tripallium, mas que resultará numa grande poesis.
Creio que o apóstolo Paulo tinha isso em mente quanto fala de si mesmo ao final de seu ministério, quando declara na Carta a Timóteo: combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé.
Ele sabia o sacrifício de seu tripallium, mas sabia também que estava envolvido em uma grande poesis, por isso continua e diz: Agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda. Todos os quanto estiverem envolvidos em sua poesis.
Se partirmos da ideia de trabalho e poesia, veremos que os dois primeiros porquinhos olhavam para sua casa simplesmente como um grande tripallium, mas o que construiu a casa de tijolos, mesmo com muito trabalho, sabia que estava envolvido em uma grande poesis. Que mais do que uma casa estava construindo um lar, um lugar seguro para ele e seus irmãos.
Assim, diante de nossa questão:
Deus nos chamou para trabalhar ou construir?
Deus quer de nós um tripallium ou uma poesis?
Creio que podemos responder: uma poesis. Uma história de graça.
Onde sabemos que teremos diante de nós uma jornada com muito trabalho, mas não podemos perder de vista que o Senhor nos chamou para construir uma grande obra, portanto, mesmo com muito sacrifício e pouco reconhecimento, devemos viver uma grande poesis, para que no grande dia em que o Senhor nos chamar podermos também responder: Combati o bom combate, completei a carreira e guardei a fé.
Pois, teremos construído uma poesis servindo amavelmente para Deus.
Por sabermos que construimos com poesis nossos relacionamentos quando amavelmente nos dispomos a servir e amar.
Assim, servir não será um peso, mais um desejo de abençoar, de fazer da vida uma bela poesia, que possa expressar sempre que: A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito,...
Pois todo cristão e igreja que crescem e se desenvolvem como corpo de Cristo viverão desejosos de que a graça de Deus seja presente e expandida na vida das pessoas.
Daí a riqueza dessa carta que nos ensina esta a humildade. O ter o mesmo sentimento que teve Cristo Jesus, de submissão a vontade de Deus. A disposição não para viver um tripallium (trabalho), mas para construir uma poesis (obra).
Pois só assim podermos gerar em nós e nos outros o maravilhoso sentimento de louvor e adoração a Deus e gratidão aos irmãos que caminham ao nosso lado.
E podemos entender a unidade desta carta que abre reconhecendo a poesis dos irmãos de filipo e conclui, depois de bênçãos e muito trabalho, com a poesis de Paulo nos faz entender a unidade da obra de Deus, dando toda a compreensão das palavras: “Sei que aquele que começou boa obra em vós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus...”
E me permitem dizer:
Por isso, meus amados irmãos, não percam a oportunidade de fazer o bem... “e sede firmes, inabaláveis e sempre abundante na obra do Senhor, sabendo que no Senhor o vosso trabalho não é vão”.
Sigam nessa grandiosa obra; e a graça de Deus seja convosco.
E se porventura há alguém que não vê razão em seu trabalho, aceite a Jesus como seu Senhor, Ele o chama para uma grande obra – ser um instrumento de sua graça.
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