ADUBANDO E RESTAURANDO O JARDIM DO CASAMENTO - Parte II

CUIDADOS E RESTAURAÇÃO DO CASAMENTO

ADUBANDO O JARDIM: A SEXUALIDADE - Parte 2
UMA VISÃO MAIS APURADA
É importante ressaltar que por séculos o sexo foi tido como pecaminoso e sujo. Pensamento surgido com a visão de que qualquer prazer nos afastava da contrição e santidade religiosa. Hoje chegamos a sua banalização e exploração desse tema pela mídia desde propagandas de produtos para cabelo e bebidas até clipes musicais e novelas para todas as idades.
O sexo é bom não só porque é um elemento natural do ser humano mas também porque é um fator da intimidade conjugal que pode contribuir para confiança e segurança do relacionamento e auto-estima pessoal. Seu interesse surge com o amadurecimento, quando se passa da adolescência para a maturidade.
Deus biblicamente nos dá orientação sobre sexo dentro e para a relação conjugal. Quando, quando fora dela Deus trata como indevida e pecaminosa, e estabelece limites e disciplinas. E Deus não o estabeleceu só para a procriação, pois não é sem motivo que temos em Cantares, como vimos, a relação e sexualidade tratados como alegria, prazer e instrumento de complementação da relação entre o noivo e sua noiva. Não foi a toa que Deus nos determinou no casamento ser “uma só carne”, do viver em intimidade.
O problema esta na forma errada que o sexo tem sido tratado e visto. Sendo conduzido para luxuria e lascívia e não para a benção e crescimento de duas pessoas que vivem debaixo do princípio de cooperação enriquecedora um do outro.
Hoje há um despertar precoce e uma sexualidade sem critérios ou um sexo focado única e exclusivamente no prazer (quiçá na lascívia). Sexualidade que atinge cônjuges, jovens e adolescentes por estímulos artificiais da mídia e da sociedade adâmica e sem qualquer respeito as pessoas e suas relações. Estes estímulos ou critérios não são propósitos bíblicos, mas distorções humanas de algo que foi criado por Deus para procriação, crescimento, complementação da personalidade e prazer dentro de um ambiente de confiança, fidelidade, alegria e segurança.
Biblicamente o sexo é para bênção. Humanamente na pós-modernidade tem sido difundido como mero instrumento de satisfação fisiológica. Uma erva daninha que tem levado a desgraça de muitos casamentos. Que não aproveitam do sexo como benção ou que tem no sexo um meio de dor e maldição.
Entretanto, mesmo com sua abordagem imprópria, afirmamos: sexo é algo abençoador para o casamento, pois foi Deus que criou o casamento nos tornando um e estabelecendo o sexo para o crescimento conjugal.
Como não queremos perder nosso foco, não falaremos da mídia e das distorções humanas para o sexo, mas desejamos que pelo menos despertemos nossa atenção sobre essa perspectiva.
Ao falar de conservação do jardim do casamento desejamos nos manter dentro do propósito de Deus para o sexo - abençoar o homem e a mulher em seu relacionamento conjugal.
Portanto, o sexo é um instrumento importante e abençoador do casamento. Daí termos vários versos e orientações sobre sexo na Bíblia, um livro poético inteiro (Cantares), de perfil romântico-emocional e um capítulo de uma Epístola (1Co 7) expondo sua importância. Sua essencialidade e santidade no casamento são tratadas também no livro de Malaquias (2.6 a 12) e na carta aos Hebreus (13.4). Demonstrando, portanto, não só seu valor emocional e fisiológico, mas também espiritual.
Já se comprovou cientificamente que o sexo faz bem para a saúde pelas enzimas e hormônios que liberam ou envolvem. Esta benção e importância levam muitas pessoas a procurarem conselho, a lerem revistas e livros sobre sexo.
Uma revista feminina mensal traz em todo número uma dica, pesquisa ou orientação sobre sexo. Além desses aspectos, autores e conselheiros, evangélicos e leigos escrevem sobre o trema e convergem num ponto comum: os grandes problemas conjugais em sua grande maioria estão ligados a sexo ou finanças. Desses dois, o mais sério ou difícil é o problema sexual. Pois maioria até aceita o problema financeiro se há um bom relacionamento sexual, mas o contrário, em regra, não ocorre. Se as coisas vão mal com sexo significa que vão mal com o relacionamento. E por isso em regra não é suportável ou é grande fonte de adultério.
Desta forma, é imprescindível tratarmos sobre aspectos da relação sexual ao falarmos de avaliação e conservação de nosso relacionamento conjugal. Para isso nosso próximo passo será pontuar alguns aspectos preliminares sobre esse tema.