ADUBANDO O JARDIM: A SEXUALIDADE - Parte 18
AMOR: UM CAMINHO EXCELENTE PARA CUIDAR E RESTAURAR UM JARDIM - I Co 13
Como dissemos acima: há poder no amor. Pedimos, portanto que preste atenção nessas histórias de amor.
“Não sou nem um cão” exclama Valjean, ex-presidiário da obra Os Miseráveis de Vítor Hugo, após ser rejeitado por todas as pensões e albergues da cidade, e ter sido expulso por um grande cão de um velho barraco, quando tenta refazer a vida depois de pagar sua pena. No entanto, apesar de toda rejeição, ainda achou abrigo na casa do Bispo Myriel. O clérigo dá roupa, abrigo e comida, e Valjean fica impressionado com a hospitalidade. Mas a noite o ex-presidiário rouba o sacerdote e foge. A polícia o prende e leva-o, com toda prataria furtada, a presença do Bispo. Ao ver o homem e ouvir a história da polícia o padre diz: “vocês o trouxeram de volta aqui, foi um engano, eu dei a ele”, e completa dizendo ao ex-preso, “amigo, antes de ir embora não esqueça os seus candelabros”. Este ato de amor mudou a vida daquele homem, que se transformou num caridoso e abnegado dono de fábrica, que passou a ser feitor de boas obras e a gozar de tão boa reputação que foi eleito prefeito da cidade.
“És tu porventura um dos discípulos dele? Ele negou, e disse: não sou. Um dos servos do Sumo Sacerdote... perguntou: não te vi eu no jardim com ele? De novo Pedro negou, e no mesmo instante cantou o galo”. (Jo18, 25a27)... depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais que estes outros? Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: apascenta os meus cordeiros. (Jo21. 15a17). Passado um tempo, após a ascensão de Jesus e o Pentecostes, Pedro discursa no templo, prega perante o Sinédrio, e sendo preso... “Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em o nome de Jesus. Mas Pedro e João responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus;”(At 3.18a20).
Estas são histórias do amor humano e do amor divino, e ambos nos mostram que o amor é capaz de transformar pessoas, e de gerar efeitos nas circunstâncias de nossas vidas, ou de nossos conflitos. Creio que isto ocorre porque muito mais do que uma emoção o amor é uma ação, e como ação, deve ser dirigida a Deus, a nós e aos outros, é o que nos aponta a bíblia ao dizer “amar ao próximo como a si mesmo”. Isto nos alerta para a existência de amor próprio, e que este deve redundar no amor ao outro. E daí seu poder para transformar a nós e aos outros. A simples emoção pode gerar desânimo, amargura, desesperança, carência, ou paixão, fixação etc. Mas a emoção dirigida por ações biblicamente positivas, pode influenciar pessoas e mudar circunstâncias. A visão de que o amor se refere a cuidar de nós e oferecer saídas ou oportunidades a nós e aos outros, através de atitudes efetivas, pode mudar nossas condições e sentimentos diante dos sofrimentos. Por exemplo, se ao perdermos alguém, por morte ou uma separação, entendermos que precisamos cuidar de nós e de outros que nós cercam; se nos conscientizarmos que a vida continua porque vivemos não apenas para aquele que perdemos, mas também para nós e para outros, estaremos nós amando e dirigindo nosso amor àqueles que também precisam de nós. Outro exemplo pode se dar no caso de conflitos de relacionamento, quando entendermos que uma ação efetiva de amor requer limites para estabelecer nosso amor próprio ou gerar responsabilidade no outro dentro de uma relação de controle ou chantagem emocional.
Para os conflitos de relacionamento, Gary Chapman, eu seu livro as cinco linguagens do amor, sugere que podemos comunicar amor através de – palavras de afirmação (elogios); tempo de qualidade (atenção e companheirismo); presenteando (símbolo de lembrança); servindo (demonstração de cuidado); e através do toque (isto é, acariciando, beijando). Para Chapman, crer no poder do amor e dizer “Escolho o cominho do amor porque seu potencial é muito maior que o caminho do ódio”.
Martin Luther King disse “decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo grande demais para suportar”.
Mas, acima de tudo, o que não podemos perder de vista o amor de Deus por nós. O poder do amor de Deus deve ser sempre nossa força e esperança diante dos conflitos e da necessidade de restauração.
Pedro, o apascentador de ovelhas diz : “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós”1Pe5.7. E ele sabe disso com certeza.
Foi Deus que nos amou incondicionalmente e está conosco, que nos auxilia nas nossas fraquezas (Rm 8.26), que nós concede o paráclito(consolador).
Assim, descobrimos que Deus nos ama, apesar de nossos erros, e que por isso nos oferece perdão e cuidado. Que amar é se oferecer e se respeitar. Que amar também é estabelecer limites. E que estas ações têm o efeito de transformar ou influenciar pessoas. Bem como tudo que é feito com base no amor, ainda que não produza os resultados que esperamos ou podemos suportar, nos dá sempre a condição de ter feito o melhor possível.
“Quando a necessidade emocional de ser amado é suprida, cria-se um clima onde as pessoas conseguem lidar com outras áreas da vida de forma muito mais produtiva”. Gary Chapman
Deus o abençoe!
Pr. Alex R. Carneiro
Visite nossa página - https://www.facebook.com/ministeriodialogocristao